Em 1982, na Guerra das Falkland, um submarino britânico torpedeou e afundou o cruzador argentino General Belgrano, um dos dois maiores vasos de guerra da marinha de Guerra da Argentina. A partir daí, o almirantado argentino decidiu manter o outro, o porta-aviões Vinte e Cinco de Maio, resguardado no Mar da Prata, não fosse a Royal Navy afundá-lo também!!!
Perguntar-se-á: mas então o porta-aviões não era para utilizar em situações de guerra e, consequentemente, de risco? Ou servia para abrilhantar os desfiles militares e encher de bazófia os almirantes argentinos? A resposta é: devia ser a primeira hipótese, mas a realidade mostrou que era a segunda.
Avançando 24 anos e deslocando-nos para o Afeganistão, verificamos que lá se trava um combate sem tréguas pela pacificação do Sul e do Leste do país e pela erradicação dos Taliban ressurgidos, de restos da Al-Qaeda e ainda da cultura da papoila»ópio»heroína. Nessa missão, a cargo da NATO estão envolvidos 37 países e 33.000 soldados. Tal como acontece em muitos casos, cada contingente tem os seus “rules of engagement”, ou seja, a tipologia de missões que podem levar a cabo, a tipificação das situações em que podem usar a força (e em que grau) e de quem é que podem receber luz verde para actuar.
Como se refere no post anterior, “O Comboio dos Duros” , vários países de grandes, médias e até pequenas dimensões, estão envolvidos em missões de combate contra os Taliban, enquanto outras estão disponíveis como reserva, prontas a ser utilizadas quando, onde e se necessário. Tal é o caso de Portugal.
Porém, um grupo de grandes (?!?) potências europeias, nomeadamente a França, a Alemanha, a Itália e a Espanha, recusam terminantemente: flexibilizar as possibilidades de actuação das suas tropas, não permitindo que possam acorrer em auxílio de aliados em dificuldades (a não ser com equipas médicas e humanitárias); permitir que as tropas sejam deslocadas das zonas relativamente calmas e confortáveis do Norte e do Oeste para as zonas de combate; em suma, envolverem-se em situações de combate e de risco. Esta posição foi reafirmada na recente Cimeira da NATO realizada em Riga.
Para países com este potencial económico, político, tecnológico, demográfico, militar (supostamente), não está mal: encaram as suas tropas da mesma forma que os Argentinos tratavam o porta-aviões, guardando-as com cuidado não se vão estragar. Curiosamente, a maioria destes estados, nos últimos 200 anos, foi cilindrada em grande parte das guerras em que participaram. E queriam alguns destes países liderar uma alternativa de poder aos EUA e esvaziar a importância da NATO! Risível!
É evidente que, com isto, não quero dizer que vidas humanas sejam postas em risco de forma aligeirada, irresponsável e desnecessária. O que se trata aqui é de um conflito muito importante, no qual o sucesso é vital para o Ocidente e para o mundo, e de tropas profissionais que se supõe estarem bem treinadas, bem armadas e preparadas para combater.
Infelizmente, a guerra implica riscos, coragem e baixas, mas a história mostra-nos sobejamente que a cobardia, a fraqueza e a incapacidade de assumir posições firmes em tempos de crise, podem conduzir a resultados bem piores a prazo.
No Afeganistão, enquanto uns arriscam a vida pela segurança dos seus países e dos outros, este autêntico “Comboio dos Fracos” vai criticando os outros de palanque, enquanto que se esquiva da acção como o diabo da cruz.
Perguntar-se-á: mas então o porta-aviões não era para utilizar em situações de guerra e, consequentemente, de risco? Ou servia para abrilhantar os desfiles militares e encher de bazófia os almirantes argentinos? A resposta é: devia ser a primeira hipótese, mas a realidade mostrou que era a segunda.
Avançando 24 anos e deslocando-nos para o Afeganistão, verificamos que lá se trava um combate sem tréguas pela pacificação do Sul e do Leste do país e pela erradicação dos Taliban ressurgidos, de restos da Al-Qaeda e ainda da cultura da papoila»ópio»heroína. Nessa missão, a cargo da NATO estão envolvidos 37 países e 33.000 soldados. Tal como acontece em muitos casos, cada contingente tem os seus “rules of engagement”, ou seja, a tipologia de missões que podem levar a cabo, a tipificação das situações em que podem usar a força (e em que grau) e de quem é que podem receber luz verde para actuar.
Como se refere no post anterior, “O Comboio dos Duros” , vários países de grandes, médias e até pequenas dimensões, estão envolvidos em missões de combate contra os Taliban, enquanto outras estão disponíveis como reserva, prontas a ser utilizadas quando, onde e se necessário. Tal é o caso de Portugal.
Porém, um grupo de grandes (?!?) potências europeias, nomeadamente a França, a Alemanha, a Itália e a Espanha, recusam terminantemente: flexibilizar as possibilidades de actuação das suas tropas, não permitindo que possam acorrer em auxílio de aliados em dificuldades (a não ser com equipas médicas e humanitárias); permitir que as tropas sejam deslocadas das zonas relativamente calmas e confortáveis do Norte e do Oeste para as zonas de combate; em suma, envolverem-se em situações de combate e de risco. Esta posição foi reafirmada na recente Cimeira da NATO realizada em Riga.
Para países com este potencial económico, político, tecnológico, demográfico, militar (supostamente), não está mal: encaram as suas tropas da mesma forma que os Argentinos tratavam o porta-aviões, guardando-as com cuidado não se vão estragar. Curiosamente, a maioria destes estados, nos últimos 200 anos, foi cilindrada em grande parte das guerras em que participaram. E queriam alguns destes países liderar uma alternativa de poder aos EUA e esvaziar a importância da NATO! Risível!
É evidente que, com isto, não quero dizer que vidas humanas sejam postas em risco de forma aligeirada, irresponsável e desnecessária. O que se trata aqui é de um conflito muito importante, no qual o sucesso é vital para o Ocidente e para o mundo, e de tropas profissionais que se supõe estarem bem treinadas, bem armadas e preparadas para combater.
Infelizmente, a guerra implica riscos, coragem e baixas, mas a história mostra-nos sobejamente que a cobardia, a fraqueza e a incapacidade de assumir posições firmes em tempos de crise, podem conduzir a resultados bem piores a prazo.
No Afeganistão, enquanto uns arriscam a vida pela segurança dos seus países e dos outros, este autêntico “Comboio dos Fracos” vai criticando os outros de palanque, enquanto que se esquiva da acção como o diabo da cruz.