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16 novembro, 2010

Alegria e Dor


ALEGRIA E DOR

 
 Um golo em nome do pai.

No Domingo, no Estádio da Luz, ao minuto 89, Nuno Gomes marcou um golo e fechou o score do jogo em que o Benfica venceu a Naval por 4-0. Poucas vezes tanto se comentou, escreveu e ilustrou um golo que se limitou a fechar uma goleada num simples jogo de Campeonato.

O mais marcante do golo (para além do mérito de Nuno Gomes ter acreditado, pressionado o guarda-redes e rematado para golo de ângulo difícil), foi a comemoração. À alegria natural de quem marca o golo, somou-se a dor de quem perdeu um Pai, a dedicatória apontada para o céu. A tudo isso, juntou-se a solidária e efusiva celebração dos colegas e a explosão de alegria de 30.000 espectadores (e ainda muitos telespectadores, como eu e o meu filho).

Foi um momento bonito e emocionante, em que o golo, por uma vez, foi menos o fim e mais o meio para conectar um filho com o pai, uma equipa com o seu Capitão e uma massa adepta com um dos seus ídolos.

Todos por um.

Post Scriptum: Jorge Jesus já fez muitas coisas boas no Benfica. Também fez algumas (poucas) más. Talvez a pior seja a marginalização a que tem votado o Capitão do Benfica. Nuno Gomes é o melhor artilheiro do Benfica em actividade (9º melhor de sempre), sente o Benfica como poucos, é uma referência do plantel, ídolo dos adeptos, com um comportamento pessoal e social irrepreensível e tem correspondido quando joga. Por tudo isto é incompreensível, até inaceitável, que seja remetido a 5ª ou 6ª escolha, que seja colocado a jogar 5 minutos (mesmo assim marca) e que nem em jogos resolvidos tenha oportunidade de jogar 20 ou 30 minutos. Nem se trata de caridade, mas sim de justiça. Basta ver o rendimento e a qualidade apresentada por outros suplentes como Weldon, Jara ou Meneses.

A este propósito, parece-me oportuno citar um texto de Alexandre Pais, Director do “Record” no seu blog no jornal online:
Nada do que se passou no domingo, com o último golo do Benfica, me pareceu fugir à normalidade. Desde logo, o lance e a sua difícil concretização, próprios de um goleador que sabe do seu ofício.
Depois, a recordação do pai de Nuno Gomes, desaparecido em Agosto, mas presente no coração dos que o amaram, como é o caso dos filhos.
A seguir ainda, a emoção do capitão encarnado, num pequeno momento de descontrolo resultante não só da dedicatória ao progenitor, como da própria obtenção do golo, apenas 3 minutos após ter entrado em campo para jogar meia dúzia e não mais.
Mas particularmente significativa para mim foi a reacção dos companheiros de equipa, que imediatamente correram para Nuno Gomes, o rodearam e abraçaram, no mais genuíno e afectuoso dos festejos dos golos do clube da Luz – dentro e fora de campo.
Se parasse para pensar, Jesus veria neste sinal o gelo que o espera se não puder evitar que a casa venha abaixo. A “morte” de um símbolo, sem motivos entendíveis, é um “crime” que os adeptos o farão expiar.

 Um golo em nome do Pai.

06 outubro, 2008

Nuno 150 Golos


NUNO 150 GOLOS


Nuno Gomes celebra o 2-0 contra o Nápoles na Taça UEFA e o seu 150º golo pelo Benfica
in www.maisfutebol.iol.pt


Nuno Gomes atingiu mais uma marca histórica ao serviço do Benfica: 150 GOLOS em jogos oficiais.* O golo da efeméride aconteceu no melhor palco (Estádio da Luz), perante 57.000 espectadores e num jogo importante: Benfica-Napoli para a Taça UEFA. Minuto 83, centro de Carlos Martins, duas desmarcações sucessivas do nº 21, defesa fora da jogada e remate de cabeça cruzado e imparável a fazer o 2-0 e a confirmar a presença do Benfica na fase de grupos da Taça UEFA.

Para se ter uma ideia da dimensão da proeza, é preciso recuar 32 anos para se encontrar um Benfiquista mais goleador, no caso, Nené com 362 golos; é preciso recuar 14 anos (Rui Águas com 104 golos), para encontrar o último jogador do Benfica a atingir os 100 golos. Nuno Gomes apresenta um registo invejável: 10º melhor marcador de sempre do Benfica, 4º melhor nas competições da UEFA, 9º melhor de sempre no Campeonato!

Esta marca foi conseguida por Nuno Gomes ao longo de 10 épocas, muitas das quais jogando no sistema que menos o favorece, actuando como único avançado da equipa e raramente tendo o privilégio de marcar penalties (embora não falhe quando é chamado a marcá-los), isto para não falar das lesões que lhe roubaram longos períodos de actividade em várias ocasiões.


Nuno Gomes festeja com Miccoli o 0-3 em Leiria, 100º golo pelo Benfica
no Campeonato Nacional in
www.maisfutebol.iol.pt

Finalmente, refira-se que o Capitão do Benfica e da Selecção de Portugal (29 golos – 4º maior goleador de sempre) não é um goleador puro e duro. Porventura se fosse mais egoísta na grande-área, já teria marcado mais, mas quem o vê jogar, sabe que se trata de um jogador de equipa, que cria espaços para os colegas, faz assistências e não regateia esforços na hora de defender. A prova da sua utilidade, é que as grandes contratações se sucedem e Nuno Gomes encontra sempre o seu espaço no onze encarnado.

Os 150 golos de Nuno Gomes são a sua imagem de marca, o selo com que marca o seu lugar na História do Sport Lisboa e Benfica! Espero ver ainda muito mais golos com a marca “Nuno Gomes”.

* Os 150 Golos de Nuno Gomes

Campeonato Nacional - 113 (9º da História do SLB)
Competições Europeias - 22 (4º da História do SLB)
Taça de Portugal - 14 (23º da História do SLB)
Supertaça - 1 (4º da História do SLB)
TOTAL - 150 (10º da História do SLB)


Nuno Gomes festejando um dos dois golos marcados na vitória 0-2 do Benfica
no Estádio do Dragão.

02 novembro, 2006

Festa, Vitória e Fair-Play

FESTA, VITÓRIA E FAIR PLAY

Nuno Gomes festeja o 2-0 contra o Celtic no Estádio da Luz.

Aproveitando o feriado, fomos (eu, o Afonso Duarte e dois amigos - o João Carlos e o Fernando Daniel) a Lisboa ver pela segunda vez este ano um jogo da Liga dos Campeões (o primeiro foi o Benfica, 3 – Áustria Viena, 0). Desta vez, com grandiosidade acrescida por já se estar na fase de grupos; 55.000 espectadores no Estádio da Luz, 10.000 dos quais Escoceses. De longe a maior falange de adeptos visitantes que eu já vi na Luz; quase que diria que em Lisboa, poucas vezes se terá visto tantos adeptos de futebol vestidos de verde e branco.

Ambiente de festa, muito fair-play (notável a iniciativa dos supporters do Celtic de homenagear Miklos Fehér exibindo uma gigantesca camisola nº 29 do Benfica ao som do “You Will Never Walk Alone”.

Bom também ver o Benfica a fazer um bom jogo e a vencer outra vez por 3-0 (podia ter sido 4-0), resultado que aconteceu nas 4 vezes que os dois clubes se defrontaram e sempre a favor dos visitados.

No final, festa, fair-play, sã convivência entre os adeptos (nisto os Britânicos são inigualáveis). Tudo muito diferente, o oposto mesmo, do que se passa no plano interno. Assim dá mais gosto ir ao futebol.

15 outubro, 2006

100 Golos

100 GOLOS

Nuno Gomes festeja com Miccoli o 0-3 em Leiria, 100º golo pelo Benfica no Campeonato Nacional.

Numa época em que os golos rareiam, é justo destacar a marca que Nuno Gomes atingiu no fim-de-semana passado: 100 golos com a camisola do Benfica só no Campeonato Nacional (123 se somados os marcados pelo Boavista). Para além da relevância da marca, esta foi obtida com um golo verdadeiramente espectacular digno do grande avançado que ele é.

Numa semana em que subiu (juntamente com Rui Costa) ao 4º lugar dos goleadores da Selecção Nacional, Nuno Gomes vai firmando o seu nome na história do futebol português, mesmo tendo de lutar contra incompreensões e enquadrar-se em sistemas de jogo que muitas vezes não o favorecem. Eu prefiro lembrar-me dele no Euro/2000, do golo de calcanhar em Viena, dos fantásticos golos que marcou nalguns jogos do campeonato passado, enfim dos 130 golos marcados no Benfica e dos 26 por Portugal nas mais variadas competições, somados à forma inteligente de jogar e assistir os companheiros. Espero ver ainda muitos mais golos com a marca “Nuno Gomes”.

10 julho, 2006

Campeonato do Mundo 2006 - 17: Portugal - O Balanço Final

CAMPEONATO DO MUNDO ALEMANHA/2006

17- PORTUGAL: O BALANÇO FINAL



Muito do que penso da prestação de Portugal no Campeonato do Mundo Alemanha/2006, foi sendo vertido neste Blog ao longo do último mês. Para encerrar o Capítulo Português no Mundial, segue-se a apreciação individual dos jogadores e do seleccionador e o da própria selecção.

***** Maniche: Foi, para mim, o melhor jogador português no Mundial. Joga, ataca, defende, circula a bola, desmarca-se, remata muito e bem de meia distância e marcou 2 golos. Devo admitir que superou as minhas expectativas.***** Ricardo Carvalho: Dificultou a escolha do melhor Português. Classe, segurança, liderança, confirmou-se como um dos melhores centrais do mundo. Nem o penalty cometido na meia-final hipoteca aquele que foi um grande campeonato liderando uma defesa que com ele em campo, sofreu 2 golos em 6 jogos.***** Ricardo: Fez bons jogos, exibindo sempre grande segurança e confiança, não cometeu falhas, excepto no jogo com a Alemanha, e teve o seu momento de glória ao defender 3 dos 4 penalties que os Ingleses lhe marcaram.***** Figo: Esteve em grande nível. Tecnicamente esteve impecável, fintando, passando, centrando, assistindo; como capitão, foi um líder e uma referência para a equipa em campo; fisicamente, paracia ter recuado uns anos. Deixa a selecção da melhor maneira, com bom deempenho individual e colectivo. Tal como Rui Costa em 2004, vai deixar saudade.***** Miguel: A reprise de 2004: saiu lesionado e a equipa ressentiu-se. Importante nos desequilíbrios atacantes e consistente a defender. Esteve ao seu melhor nível.**** Fernando Meira: Foi titular por força da lesão de Jorge Andrade e estava, por, isso, sob suspeita. Após a tremideira dos jogos com Angola e Irão (felizmente os mais fáceis), Meira ganhou confiança e foi um baluarte da defesa portuguesa, mormente contra o México, Holanda e Inglaterra.**** Nuno Valente: Outra boa surpresa, a começar pela boa condição física, grande regularidade exibicional e somou ao bom trabalho defensivo boas iniciativas atacantes.**** Cristiano Ronaldo: Era, juntamente com Figo, a estrela da companhia. Fez bons jogos, mas não foi regular. Alternou boas acções individuais com sentido colectivo com outras inconsequentes por exageradas. Parece ter um íman para a confusão e a polémica. A culpa não é só sua, mas também não está inocente. Mesmo assim, uma boa estreia.**** Simão Sabrosa: saltitou entre a titularidade e o banco e também alternou as boas exibições com outras menos conseguidas. Foi, no entanto, genericamente, um valor acrescentado numa equipa onde não abundaram as boas performances no ataque.

*** Petit: Começou bem, mas teve o pior jogo no final, contra a Alemanha. Mesmo assim, foi o mais consistente e fiável médio defensivo português. Não fora o último jogo e teria mais uma estrela.*** Nuno Gomes: Três estrelas podem parecer um exagero, mas estamos perante o mais eficaz e produtivo ponta de lança da Selecção: jogou 10% do tempo de Pauleta e ambos marcaram um golo; aquele marcou à Alemanha e este a Angola. A não utilização de Nuno Gomes, especialmente contra a Inglaterra e a França, é incompreensível, mais ainda quando se verifica que marcamos dois golos nos últimos 4 jogos! Nuno Gomes prometeu deixar a sua marca no Mundial e cumpriu; se mais não fez, é porque Scolari não quis.*** Paulo Ferreira: Regular, cumpriu quando chamado a substituir Miguel, mas percebeu-se bem porque era ele o suplente.** Deco: Um desapontamento. Para quem apostava nele como um dos fulcros da selecção, foi uma desilusão total. Um bom jogo e um bom golo contra o Irão é muito curto para o que se esperava dele. A sua magia resumiu-se ao truque de se fazer desaparecer.** Tiago: Outra desilusão. Fez uma grande época no Lyon e teve bastantes oportunidades na Alemanha. Não soube aproveitar nenhuma e fez falta.** Hélder Postiga: É um jogador fetiche para Scolari, mas o seu rendimento não o justifica. Os golos contra a Inglaterra no Euro/2004 e contra a Eslováquia na qualificação para o Mundial foram importantes, mas são fogachos de um jogador inconstante. Deste Mundial, no qual jogou 120 minutos e marcou 0 golos, recordo o seu salto à frente de Figo quando este tentava cabecear para o que poderia ser o golo do empate contra a França.** Marco Caneira: Foi titular contra o México: não esteve bem, nem comprometeu.** Ricardo Costa: Foi titular contra a Alemanha e acusou a responsabilidade. Apesar de constituir uma das convocatórias estranhas, não foi por causa dele que perdemos.

* Costinha: Um flop total. Um dos casos em que não me enganei: a sua convocatória roçou o nepotismo. Excepto a 1ª parte contra o Irão, jogou sempre mal, fisicamente inapto, pouco esclarecido, violento (campeão dos cartões do Mundial juntamente com um Ganês), foi mesmo infantil contra a Holanda. Mesmo assim voltou a ser titular e foi-lhe perdoada nova expulsão contra a Alemanha.
* Pauleta:
Outro flop. Alheio da equipa na qual parecia um corpo estranho. Poucas bolas ganhou, menos ainda segurou, remates ainda menos. Conseguiu marcar um golo a Angola, oferta de Figo sem guarda-redes na baliza. Inacreditável ter sido sempre titular. Teimosia, estupidez, ou nepotismo? Escolham. É um pouco injusto, mas apetece dizer, que depois do jogo com Angola, não havia mais Liechensteins ou Andorras.* Hugo Viana: Erro de casting. Teve oportunidades contra Angola e Inglaterra e nada fez que justificasse a viagem à Alemanha. * Boa Morte: Jogou 10 minutos contra o México o que é insuficiente para avaliar, mas conseguiu fazer tantos disparates em tão pouco tempo…
 
- Quim: Não jogou, por isso não é avaliado, mas foi vítima de uma grande injustiça ao não jogar contra o México. Com Portugal já qualificado, não havia motivo nenhum para Scolari não lhe dar a oportunidade de jogar num Mundial. No Euro/2000 na Holanda, em circunstâncias idênticas, Humberto Coelho conseguiu que até o 3º guarda-redes (ironicamente, à época o mesmo Quim) jogasse uns minutos contra a Alemanha.- Paulo Santos: Não jogou, o que é quase uma fatalidade para o 3º guarda-redes, por isso não é avaliado.

**** Scolari: Apontou os quartos de final como objectivo, no que foi realista e ambicioso e chegou às meias-finais, superando a meta traçada. Confesso que eu, até pensei que Portugal ganharia o Grupo D e cairia nos oitavos de final e por isso estou muito contente com o 4º lugar alcançado. Porque é que não dou 5 * a Scolari? A leitura das apreciações aos jogadores dá a resposta. Scolari tem capacidade de liderança e de criação de um espírito de grupo forte, coeso e ambicioso. Não é tão talentoso como treinador, especialmente no banco: o que lhe sobra em teimosia, falta-lhe em flexibilidade. Isso vê-se na repetição interminável das convocatórias, na manutenção do mesmo onze independentemente dos adversários ou da forma dos jogadores, na incapacidade para aproveitar 1 hora de vantagem numérica contra a Inglaterra e em fazer uma tentativa convincente de virar o resultado contra a França, na manutenção de um ataque que não marcava golos. Scolari conseguiu chegar muito longe e tem muito mérito nisso. No entanto, fica-se com o travo agridoce de com ele termos ido tão longe e de, por causa dele, não termos ido mais além.

***** Portugal: Selecção, jogadores, técnicos, adeptos, todos se podem orgulhar da carreira portuguesa. O espírito de união da equipa e dos Portugueses, o orgulho na bandeira, no ser Português e em fazer uma prova de sucesso, é o mérito e orgulho de todos. E, por esse prisma, todos merecem 5 estrelas.

09 julho, 2006

Campeonato do Mundo 2006 - 16: Portugal em 4º Lugar

CAMPEONATO DO MUNDO ALEMANHA/2006

16- PORTUGAL EM 4 º LUGAR

 A Alemanha conquistou com a naturalidade que havíamos previsto o 3º lugar e Portugal ficou num honroso 4º lugar que prestigia a selecção e supera as expectativas, mormente as minhas. A Alemanha justificou o lugar com o jogo de hoje e com a carreira feita no Mundial, tendo o melhor ataque da prova (14 golos) e arriscando-se a somar mais pontos que a França se a Itália não perder na Final. Num jogo interessante, a Alemanha mostrou que tem várias soluções para chegar ao golo: hoje foram os remates de longe e, na falta de Ballack, foi a vez de Schweinsteiger brilhar. Portugal esteve mais solto do que nos dois jogos anteriores, mas continua a ser pouco concretizador (metade dos golos dos Alemães). Valeram Figo (a assistir) e Nuno Gomes (a marcar) para atenuar o resultado.

Schweinsteiger: Três potentes remates e 2,5 golos, com realce para o 3º que entra na galeria dos bons golos da Mundial 2006. Foi um bom prémio para um dos mais trabalhadores e talentosos jogadores da Alemanha.

Nuno Gomes: Finalmente voltou a ter uns minutos de jogo e tornou-se o pivot de um ataque mais móvel, menos previsível e mais difícil de travar pela defesa alemã. Ah! E marcou um bom golo, cumprindo a promessa de deixar a sua marca no Mundial

Klose & Podolski: Não marcaram, mas jogaram bem, confirmando ser a melhor dupla de ataque do Mundial, somando 8 golos entre eles. Mesmo não marcando, Klose ficou a um passo de conseguir o que falhou em 2002: a Bota de Ouro.

Fernando Meira: na ausência de Ricardo Carvalho, fez uma exibição segura e autoritária, tendo ainda de tentar compensação as oscilações do colega de sector.

Figo: O seu 127º e último jogo pela Selecção de Portugal tem um travo agridoce. Foi suplente (por motivos físicos) e Portugal perdeu. No entanto, despediu-se num grande palco do Campeonato do Mundo na consagração de Portugal no 4º lugar. Coroou a sua carreira na selecção com uma assistência perfeita para o golo de Nuno Gomes.

Oliver Kahn: Provavelmente outra despedida. Foi bom rever o melhor jogador do Mundial Japão/Coreia do Sul 2002 e ver que conserva a agilidade e eficácia que marcaram a sua carreira. Para mim, continua a ser melhor do que Lehmann…
 

Pauleta: Mexeu-se mais e teve mais bola do que contra a Inglaterra e a França, mas tornou a falhar, especialmente quando se isolou frente a Kahn. Não saiu tarde porque nem devia ter entrado.

Costinha: Outro crónico de Scolari que foi um flop. Sem pedalada para acompanhar os médios e avançados alemães, tornou a ver o amarelo e, pouco depois, a escapar do segundo e consequente vermelho. Antes que repetisse a proeza do jogo com a Holanda, ficou no balneário.

Jansen: A lesão de Friederich levou Lahm para o lado direito da defesa e valeu uma oportunidade para Jansen. Não a justificou: desastrado, fraco no controle de bola, ineficaz na condução do jogo de ataque, aflito com os extremos (Simão, Ronaldo e Figo) que lhe foram aparecendo, acabou batido por Figo no lance que culminou no golo português.

Ricardo e Petit: Deram uma ajuda preciosa aos Alemães nos primeiros golos. Isso, só por si, não invalida o Mundial que fizeram, mas este jogo não lhes correu de feição.