31 julho, 2006

Vincent, o Holandês Sonhador

VINCENT, O HOLANDÊS SONHADOR
Vincent Van Gogh, "Corvos Sobre Um Campo de Trigo", Julho de 1890 - Colecção do Van Gogh Museum, Amsterdam


Passaram 116 anos no passado Sábado sobre a morte de Van Gogh. Uma vida curta (47 anos), onde se misturaram o drama, a pobreza, a loucura, a amizade extrema com o irmão Théo e a tragédia final do suicídio. Acima de tudo, porém, a ARTE! Arte pura que perpassou toda a sua existência e que chegou até nós para deleite de todos.

Admirador confesso da pintura de raíz holandesa, tal como no caso de Rembrandt, deixo aqui a minha pintura preferida de Vincent, o Holandês Sonhador. Curiosamente, Wheat Field with Crows terá sido a última obra do mestre. A ser verdade, foi o final perfeito.

20 julho, 2006

Clemência para Agressor e Punição para Agredido

CLEMÊNCIA PARA AGRESSOR E PUNIÇÃO PARA AGREDIDO


Facto: na Final do Campeonato do Mundo Alemanha/2006 entre a Itália e a França, o capitão francês, Zidane, afastou-se do defesa italiano Materazzi e depois correu para ele e desferiu-lhe brutal cabeçada no tórax.

Consequência directa: Zidane foi expulso do jogo e Materazzi somou ao golo já marcado, um dos 5 penalties que levaram a Itália ao 4º título mundial.

O Day After no mundo: Itália aclamada pela vitória, condenação geral pela brutalidade de Zidane e lamento pela forma violenta como este acabou uma carreira de grande mérito.

O Day After em França e na Argélia: branqueamento da cabeçada de Zidane; o Italiano é um mau carácter mafioso e Zidane limitou-se a defender a honra ofendida (só foi pena não ter um sabre à mão!).

A FIFA: alertada para o facto inédito de poder ter havido algum insulto ou provocação de Materazzi, decide abrir um inquérito para apurar se Materazzi terá insultado a família Zidane ou se terá apenas dito que lasagna é muito melhor do que bouillabaisse. Para o caso, era indiferente se se tratava de um jogador francês, togolês, ou tobaguenho.

Post-Day After em Itália: os media italianos recordam os 140 (ou 14) cartões vermelhos mostrados a Zidane ao longo da carreira e o seu record de dois vermelhos directos em fases finais de Mundiais por agressão. Descobrem que Zidane terá mimoseado o árbitro uruguaio do Portugal-França com um insulto pouco abonatório para a mãe respectiva.

Post-Day After em Portugal: na sequência do ponto anterior, há portugueses que sonham com a repetição da final de Berlim, mas entre a Itália e Portugal. Providências cautelares para que Costinha e Pauleta não possam aproximar-se a menos de 50 km do Estádio Olímpico de Berlim.

Post- Day After no Reino Unido e em França: experts em leitura labial desdobram-se em descobertas sobre o que Materazzi terá dito a Zidane. Entre insultos à mãe, à irmã, a um primo do sogro, a terrorista islamita, até guarda-costas de Bin Laden, só conseguiu concluir-se que os insultos e provocações devem ter durado entre 17 e 22 minutos.

Conclusões da FIFA:

* Materazzi é um patife que, além de se ter atrevido a dizer algo de que Zidane não gostou, ainda teve a desfaçatez de não se desviar da marrada do Francês: 2 jogos de castigo para não poder marcar mais golos à França em Setembro e 5.000 Francos Suíços de multa.

* Zidane é uma vítima das provocações e aleivosias do Italiano, mas mesmo assim portou-se um pouco mal e por isso vai ficar sentado na barraca enquanto os amigos jogam os 3 primeiros jogos que costumam fazer na praia durante as férias e ainda tem de pagar uma multa de 7.500 Francos Suíços para despesas de expediente. Além da Bola de Ouro, também recebe a Bola de Chumbo e comprometeu-se com a FIFA a participar em acções de formação em agressões e cabeçadas junto de crianças e adolescentes desfavorecidos.

Obrigado à FIFA por nos mostrar que Portugal não está sozinho nas trapalhadas futebolísticas, nas decisões enviesadas, no tratamento desigual de jogadores e países, no comportamento politicamente correcto e interesseiro.

P.S. Conclusão sonhada: Zidane agradece publicamente os bons ofícios do impoluto Sr. Blatter dando-lhe uma marrada de reconhecimento.

Valentino Rossi, Italiano e Penta-Campeão Mundial de Moto GP, subiu ao podium depois de ter vencido o Grande Prémio da Alemanha na semana passada, envergando a camisola nº 23 da Squadra Azzurra... a camisola de Materazzi. O defesa do Inter não é nenhum santo, mas tem amigos bons, corajosos e patriotas.

17 julho, 2006

400 Anos de Rembrandt

400 ANOS DE REMBRANDT

Fez no Sábado 400 anos (15/07/1606) que nasceu, em Leiden , Holanda, um dos mais brilhantes pintores da História e o meu favorito, Rembrandt Van Rijn. Morreu a 4 de Outubro de 1669 em Amsterdam, onde se pode visitar a siua casa, repleta de quadros, desenhos e esboços. O melhor da sua vasta obra pode ser apreciada no Rijksmuseum de Amsterdam, um dos melhores que já visitei.

Para marcar a efeméride, partilho convosco o meu quadro preferido, "A Ronda Nocturna":



Rembrandt van Rijn, "A Ronda Nocturna", Colecção do Rijksmuseum de Amsterdam

14 julho, 2006

The Drums of War II

THE DRUMS OF WAR II


 
Kim Jong Il - The Rocket Man
in "The Economist", 08/07/2006

A Coreia do Norte testou há poucos dias 7 mísseis, sendo um deles, o Taepodong 2, de longo alcance, ou seja, com um raio de acção que atinge a costa oeste dos EUA. Entretanto, as estimativas dos especialistas apontam para que a Coreia do Norte já possa ter até 8 bombas atómicas.

O que há de novo? Não muito, excepto que:

1- É um problema gravíssimo de proliferação nuclear cuja resolução (?) se arrasta desde 1994, tempo demais para lidar com um regime perigoso, paranóico e imprevisível.
2- Se somarmos uma ogiva nuclear com um vector, ou seja, uma bomba nuclear e um míssil capaz de a transportar a longa distância, temos uma potência nuclear com capacidade para desencadear grande destruição num número significativo de países, nomeadamente o Japão e os Estados Unidos.
3- A Coreia do Sul está cada vez mais distante dos EUA e opõe-se a qualquer endurecimento da posição internacional.
4- A Rússia também se distanciou do Ocidente e não se empenha na resolução do problema.
5- A China é o país com maior capacidade de influência sobre a Coreia do Norte, mas prefere claramente a manutenção do statu quo, desde que se evite a rotura.
6- O Japão está com receio da capacidade balística e nuclear de Pyongyang e Tóquio já fala da possibilidade de efectuar um ataque preventivo, sugestão sem precedentes desde 1945.
7- Os Estados Unidos estão num beco sem saída: o único real aliado que tem nas conversações a 6 é o Japão; a imposição de medidas duras pelo Conselho de Segurança da ONU seria vetada por Moscovo e Pequim; um ataque surpresa que destruísse as instalações vitais do programa nuclear norte-coreano não é viável no contexto internacional actual e colocaria em risco Seoul.

Estando a Coreia do Norte confinada geograficamente por grandes potências, as possibilidades de guerra iminente são reduzidas. Porém, o carácter secretivo do regime e das suas intenções e a instabilidade de Kim Jong-Il não são susceptíveis de nos confortar. Os tambores da guerra soam mais suaves e distantes no Leste da Ásia, mas de quando em vez há uns mísseis que nos lembram que também não estão calados.

13 julho, 2006

The Drums of War I

THE DRUMS OF WAR I


Desde o início de 2006 que se intensificavam os sinais: It was as if you could hear the drums of war ruffling in the distance. Agora já não são só os tambores da Guerra: é mesmo o ribombar dos canhões, o flash dos caças e dos mísseis, as lagartas dos carros de combate.














 
Viatura blindada israelita destruída em emboscada do Hezbollah: 8 soldados mortos, 2 feridos e 2 capturados.
in
http://www.bbcnews.com/

As peças começaram a mover-se no complexo tabuleiro do Médio Oriente (e não estou a falar sequer do Iraque, nem da crise iraniana). Israel foi razoavelmente bem sucedido no isolamento e encurralamento do Hamas na Palestina. O Hamas e outros grupos terroristas islamitas conseguiram elevar as provocações a Israel a patamares demasiado elevados até desencadearem a retaliação israelita. Esta veio com uma violência porventura inesperada, mesmo para quem vive na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.

Agora, o Hezbollah decidiu escalar a sua participação no conflito, entrando na onda de rapto e liquidação de militares israelitas. Estava o caldo definitivamente entornado. Israel não podia deixar de responder e, ao fazê-lo, envolve o Líbano na refrega.

O Hezbollah é um dos maiores factores de instabilidade do Médio Oriente: é a única facção libanesa que recusou o desarmamento após as sucessivas retiradas israelita e síria do Líbano; continuou a desencadear periódicas acções de provocação e atrito na fronteira norte de Israel, nomeadamente lançando rockets para a Galileia; é patrocinado pelo Irão e pela Síria, países que têm diferentes interesses na manutenção de um clima de instabilidade, até de afrontamento, na região, especialmente se envolver Israel directamente e os EUA, nem que seja indirectamente.

Desta forma, o Irão distrai a atenção que tem estado focada no seu programa nuclear e a Síria tenta sair do estado de isolamento e ostracismo a que tem estado votada desde que se viu obrigada a abandonar o seu feudo no Líbano em 2005. Finalmente, ambos ganham em centrar a atenção internacional em Israel e colocar os Israelitas a resolver dois problemas complicados em simultâneo.

Concluindo, se a crise não for rapidamente controlada, a escalada de violência ameaça alastrar, podendo envolver a Síria e o Irão, o que arrastaria necessariamente outros actores, como a Jordânia.
 

















Artilharia israelita bombardeia o sul do Líbano.
in http://www.cnn.com/


11 julho, 2006

Campeonato do Mundo 2006 - 19: The Best

CAMPEONATO DO MUNDO ALEMANHA 2006
19- THE BEST

Hoje apresento a minha selecção do Mundial Alemanha/2006, designada por A, mais duas alternativas, B e C. Poderão ter um ou outro desequilíbrio táctico, mas nem sempre os 11, 22, ou 33 melhores permitem gerar equipas totalmente equilibradas. Tentei, portanto, seleccionar os melhores jogadores, respeitando a necessidade de haver guarda-redes, defesas, médios e avançados em proporções razoáveis. Devo dizer que, ao contrário da FIFA, não me cingi aos semi-finalistas, pelo que além de jogadores de Itália, França, Alemanha e Portugal, também os há de Inglaterra, Argentina e Holanda.
Mas antes, vamos aos melhores jogadores. é uma tarefa difícil e eu tentei facilitá-la duplicando as Bolas de Ouro e de Bronze. Confesso que não consegui decidir entre Pirlo e Cannavaro; se tal não me fosse de todo permitido, talvez me inclinasse para Pirlo, mas como não era o caso, premiei: o rigor e inteligência táctica de Pirlo, a sua capacidade de gestão do jogo e da bola, a qualidade de passe, assistência e remate, o perigo dos seus livres e cantos; e a espantosa segurança defensiva de Fabio Cannavaro, que nem se resentiu da ausência do seu parceiro natural, Alessandro Nesta, e a quem não recordo um único erro comprometedor em 7 jogos exigentes, varrendo, destruindo, iniciando jogadas de ataque, comandando o sector defensivo, parecendo omnipresente na zona da área italiana.

A Bola de Prata a Miroslav Klose é, antes de mais, o reconhecimento a quem melhor cumpriu, e não foram muitos, o principal objectivo do futebol: marcar golos. Foram só 5, mas ninguém fez melhor. E revelou-se um avançado mais completo do que no Mundial/2002: além do bom jogo de cabeça, marcou a maior parte dos golos com os pés, assistiu, segurou a bola, participou na construção das jogadas de ataque, esteve muito mais em jogo.

A Bola de Bronze para Buffon é o reconhecimento pelo melhor dos que desempenham a mais específica e difícil função no futebol: a de guarda-redes. Embora protegido por uma grande defesa, Buffon esteve impecável em todos os aspectos do jogo; aliás praticamente imbatível - apenas sofreu 2 golos, um auto-golo e outro de penalty. Gianluigi Buffon é o melhor, sucedendo a Oliver Kahn. A Bola de Bronze de Zidane resulta de uma segunda metade de campeonato de grande nível, na qual foi o motor e o cérebro da ressurreição da França (embora também possa haver quem diga que no final foi o seu coveiro). De qualquer forma, ressurgiu a sua qualidade de gerir, pensar e executar o jogo, coordenando todas as acções ofensivas da França, distribuindo, assistindo, marcando golos, dinamizando uma equipa moribunda, epecialmente nos jogos com a Espanha e o Brasil.


OS MELHORES JOGADORES DO MUNDIAL 2006

OURO:

ANDREA PIRLO E CANNAVARO
PRATA:

2- KLOSE
BRONZE:

3- BUFFON E ZIDANE


SELECÇÕES DO MUNDIAL 2006

A

1- BUFFON


2- ZAMBROTTA

3- RICARDO CARVALHO

4- CANNAVARO

5- PHILIPP LAHM

6- ANDREA PIRLO

7- MANICHE

8- GERRARD

9- KLOSE

10- ZIDANE

11- MAXI RODRIGUEZ


B

1- VAN DER SAAR

2- MIGUEL

3- THURAM


4- JOHN TERRY


5- ASHLEY COLE


6- GATTUSO
 

7- FIGO

8- VIEIRA

9- PODOLSKI

10- BALLACK


11- JOE COLE


C

1- RICARDO


2- SORIN

3- MATTERAZZI

4- FERNANDO MEIRA


5- FABIO GROSSO


6- FRINGS

7- VAN PERSIE


8- HENRY

9- LUCA TONI


10- CRISTIANO RONALDO

11- ROBBEN

10 julho, 2006

Campeonato do Mundo 2006 - 18: Itália, Uma Justa Campeã

CAMPEONATO DO MUNDO ALEMANHA/2006

18- ITÁLIA, UMA JUSTA CAMPEÃ


Pirlo, Buffon, Cannavaro, Toni, Grosso: Um conjunto de boas exibições a confirmar o que haviam feito ao longo do campeonato. Estes, mais Del Piero, Totti, Gilardino, De Rossi, Zambrotta, Nesta, Iaquinta, Inzhaghi, Perrotta, Camoranesi, são os principais conquistadores do Tetra para a Itália.

Thuram, Makelele, Ribbery, Malouda: Foram os principais protagonistas da de uma França que se bateu de igual para igual com a Itália e que caiu com dignidade (não me refiro aos mergulhos de Malouda).


Zidane: Fez três jogos medíocres na fase de grupos, mas produziu duas grandes exibições contra a Espanha e o Brasil, jogando razoavelmente contra Portugal e Itália. Futebolisticamente, não foi o melhor jogador do Mundial, mas foi dos melhores. Figura aqui nos destaques negativos por ter protagonizado a mais aberrante e violenta cena que eu me lembro de ter visto numa Final de um Mundial: minutos depois de uma cabeçada (na bola) que obrigou Buffon a fantástica defesa, resolveu marrar (é o termo) violentamente contra o peito de Matterazzi! Não vale a pena desculpabilizá-lo com a sua grande carreira, com o cansaço, ou coma pressão: tudo isso só agrava o seu acto, porque se trata de um jogador experiente, literalmente em final de carreira e que devia ter auto-controle. A isto acresce que é reincidente, tendo-se tornado um de dois jogadores a verem vermelhos directos em Mundiais. Shame on you!

Domenech: O jornal “Record” chamou-lhe ridículo homenzinho e realmente não mostrou estatura nem qualidade para estar neste palco. Não soube ganhar a Portugal e não soube perder com a Itália e não manteve a compostura na cerimónia de encerramento. Este nem para a História fica.

FIFA: A atribuição da Bola de Ouro a Zidane é uma piada de mau gosto. Primeiro, ele não foi o melhor, talvez esteja entre os 5 ou 6 melhores. Em segundo, este prémio ridiculariza as constantes campanhas pelo fair-play que a FIFA promove. A Bola de Ouro de um Mundial não devia servir para prémios de carreira e para premiar uma federação poderosa.

Para terminar, desta vez fiz o pleno: 100% de acerto nos resultados das Finais. Tal como escrevi no Sábado de manhã, a classificação final ficou assim ordenada.

1- ITÁLIA

2- FRANÇA

3- ALEMANHA

4- PORTUGAL
 
 
 

 
 
 




Itália: Teve a melhor defesa, exceptuando o caso atípico da Suíça, teve o melhor ataque (15 golos, mais do dobro de Portugal) contrariando a ideia de que os Italianos só jogam no cattenaccio e alguns dos melhores jogadores. A Squadra Azzurra conseguiu produzir um futebol mais agradável e ofensivo (poucas equipas jogaram frequentemente com dois avançados – Alemanha, Argentina, Inglaterra, Brasil, Suécia), sem perder o rigor táctico e a consistência defensiva (2 golos sofridos).

Marcello Lippi: Já se sabia que era um grande treinador. Teve a justa consagração. Pôs a Itália a jogar diferente e melhor, ganhando ainda mais eficácia, geriu bem os recursos, soube adaptar a táctica e os jogadores às incidências dos jogos e teve sempre um comportamento e fair-play irrepreensíveis (só igualados por Sven Eriksson).

Matterazzi: Foi um dos heróis, visto que marcou o golo (validado) da Itália e apontou um dos 5 penalties (Andrea Pirlo, De Rossi, Del Piero e Grosso marcaram os restantes) e defendeu impecavelmente. No fim tentaram torná-lo no mau da fita porque foi agredido por Zidane. Os Franceses tentaram crucificá-lo para branquearem a agressão do capitão francês. Ridículo!


A Itália conquistou o seu 4º Campeonato do Mundo com inteira justiça, pois foi a melhor equipa ao longo do torneio, nunca tendo quebras fatais, fazendo bons jogos (Gana, Rep. Checa, Ucrânia, Alemanha) e apresentando um estilo de jogo agradável sem ser exuberante.

A Final, sem ser um grande jogo, foi bem disputado, teve bons lances, emoção, incerteza e até polémica. Embora só tenha prevalecido nos penalties, a Itália podia ter ganho nos 90 minutos, não fora o penalty inventado a favor da França (não são só os Portugueses que mergulham) e um offside muito duvidoso assinalado a Luca Toni no que poderia, então, ter sido o 2-0 para os Italianos. No entanto, os penalties trouxeram um grau de emoção extra e não violentaram a justiça do vencedor. Enfim, glória aos vencedores, honra à maioria dos vencidos e vergonha para outros.