30 setembro, 2006

Tempos Interessantes

TEMPOS INTERESSANTES



May you live in Interesting Times!/Que vivas Tempos Interessantes! é uma expressão geralmente associada a uma antiga maldição chinesa. Curiosamente, ainda não se conseguiu certificar a sua verdadeira origem, que até pode ser bem mais recente e originária do mundo Anglo-Saxónico, nomeadamente da Escócia ou dos Estados Unidos.

Seja como for, o sentido que lhe é atribuído é que os “tempos interessantes” são períodos de mudança, incerteza, riscos e conflitos, daí a subtil maldição.

É nesses tempos que vivemos e sobre eles que irei (com a vossa boa vontade iremos) escrever durante os próximos tempos…

28 setembro, 2006

The Long Goodbye

THE LONG GOODBYE
 

Tony Blair riding into the Sunset.
in "The Economist", 28 September 2006

Tony Blair é o estadista europeu de maior sucesso da última década. Está no poder há 9 anos, conquistou três vitórias absolutas consecutivas (feito inédito para o Labour) e vai retirar-se pouco depois de completar 10 anos no 10, Downing Street. Melhor do que ele em longevidade, só mesmo Lady Margaret Thatcher.

Para além da longevidade, Blair distinguiu-se por ser um político que destacou do cinzentismo e/ou incompetência de grande parte dos seus contemporâneos: Chirac, Schroeder, Berlusconi, para citar alguns, combinavam oportunismo com incompetência, por vezes roçando a desonestidade. França, Alemanha e Itália, marcaram passo, enquanto que o Reino Unido se destacava da Itália e ultrapassava a França para se tornar na 4ª economia mundial. Acrescente-se que, ao ritmo dos últimos anos, poderá mesmo ultrapassar a Alemanha na segunda metade da próxima década. Mesmo herdando uma economia em recuperação, Blair teve o mérito de manter o caminho das reformas e da liberalização, tornando o Reino Unido numa das poucas excepções de competitividade e crescimento sólido na Europa.

Na política externa e de defesa, pode-se discordar da linha seguida pelo Governo de Londres, mas o certo é que demonstrou coerência, coragem e determinação, que encontraram do outro lado do Canal o eco da tradicional diplomacia palavrosa, espalhafatosa, arrogante, mas inconsequente, sem substância e sem capacidade de agir e ter reais alternativas.

Actualmente, o Reino Unido é um país que tem capacidade de intervenção militar no exterior só superada pelos Estados Unidos, tem a melhor e mais próxima relação com a única Superpotência, é muito menos periférico na Europa, por força do seu sucesso económico e do alargamento, que levou ao enfraquecimento do Eixo Paris-Berlim e a maiores possibilidades de encontrar aliados, como foi patente nas cisões que antecederam a guerra do Iraque.

Curiosamente, os Trabalhistas parecem ansiosos por ver sair o líder mais bem sucedido da sua história. A vontade de se posicionarem para o pós-Blair e garantirem os melhores cargos, parece estar a dominar o pensamento, as emoções e as acções de muitos deputados do Partido. Visto de longe, parece-me um exercício auto-fágico, em que se anseia pela saída de um vencedor, para antecipar a entrada de Gordon Brown, um sucessor que carece do brilho e do carisma de Blair. É um caso raro em que os ratos querem permanecer no navio em dificuldades e urgem o capitão para que saia. Consequentemente, o mais provável é que Tony Blair saia em meados de 2007 pela porta grande e de pés enxutos, enquanto que os ratos gananciosos vão tomar conta do navio e, possivelmente, conduzi-lo ao naufrágio em 2009. Serves them right.

25 setembro, 2006

Un Français Différent

UN FRANÇAIS DIFFÉRENT

















George W. Bush e Nicolas Sarkozy na Casa Branca. in "Libération" http://www.liberation.fr/

Um político francês a visitar New York e Washington, a elogiar os EUA e o Presidente George W. Bush, a declarar-se amigo de Israel e defensor do seu direito a defender-se do “agressor Hezbollah”, a qualificar o Irão como uma nação “fora-da-lei” e considerar “teatral e estéril” a confrontação com os Estados Unidos sobre o Iraque protagonizada pelos Presidente da França e Primeiro-Ministro de França, Jacques Chirac e Dominique de Villepin, respectivamente, parece ser ficção científica.

Tratando-se do líder da UMP, o principal partido francês, e Ministro do Interior de França, parece algo a raiar a alucinação.

No entanto, é verdade. Trata-se de Nicolas Sarkozy, o mais que provável candidato presidencial da direita francesa nas eleições de 2007.

Das duas uma: ou se trata de uma grande jogada pré-eleitoral, o que não é impossível mas não é óbvio dado o tradicional anti-americanismo francês; ou então, Monsieur Sarkozy é efectivamente diferente e poderá ser um raio de esperança de que a França possa, finalmente, ter uma política externa e de segurança à altura da sua dimensão e importância internacional, que é grande, mas não é a mesma do tempo de Richelieu, Luís XIV, ou Napoleão.

Vamos esperar para ver, mas ter a França sem pejo de alinhar pelos interesses ocidentais, mesmo que isso implique estar no mesmo barco dos Anglo-Saxões e deixar-se de grandiloquências e arrogâncias despropositadas, seria uma boa novidade para 2007. On verra!


P.S. Un Français Déjà Vu: Jacques Chirac, mais de duas semanas depois do fim do prazo imposto (?) pelo Conselho de Segurança ao Irão para parar as actividades de enriquecimento de urânio, propôs que o assunto não regressasse ao CS da ONU e fosse prosseguida a via negocial, assim rompendo a frente unida que, até agora, EUA, Reino Unido, Alemanha e França vinham mantendo em relação a Teerão. Já lá vão 11 anos de poder e Chirac vai ser assim até ao fim: arrogante, desastrado, inconsequente, sempre diferente, sempre pior.

21 setembro, 2006

Crónica de Uma Morte Anunciada

CRÓNICA DE UMA MORTE ANUNCIADA 

Penso que para todos os leitores/participantes do Rosa-Laranja era evidente que o modelo original estava falido. Inclusivamente, já recebemos comments a questionar a “ausência” da Rosa. A verdade é que, já em Abril, Rosa falava na impossibilidade de prosseguir por manifesta falta de tempo. Insisti que permanecesse até ao Verão para ter a certeza de que não havia alternativa. Infelizmente, não havia.

Assim sendo, num jantar nos idos de Julho foi decretada a morte a prazo do Rosa-Laranja. Só não foi imediata, porque o tempo de férias não aconselhava a grandes mudanças e assim eu ganhava tempo para decidir o que fazer e continuava a ter um espaço para escrever.

Decidi continuar com um Blog individual que deverá surgir ainda este mês. Até lá, o Rosa-Laranja fica ligado à máquina, mas por uma questão de princípio e de honestidade perante os leitores, o Nome da Rosa foi removido hoje do Blog.

Devo dizer que a experiência do Rosa-Laranja em pleno foi gratificante para mim e, reunidas as condições, não me importava de retomar o projecto. No entanto, como Laranja que se preze, não o faria com uma Rosa qualquer. Por isso, escolhi a melhor. Obrigado Maria Luísa!

Laranja (Rui Miguel)

O Cretino Mentiroso

O CRETINO MENTIROSO

Foram divulgadas no passado Domingo gravações de um discurso proferido pelo Primeiro-Ministro da Hungria, Ferenc Gyurcsany, numa reunião política privada, realizada em Maio passado. Elas retratam de forma brutalmente franca, a falta de escrúpulos e total a ausência de princípios, a roçar a obscenidade, que vai minando inexoravelmente a credibilidade dos políticos e, consequentemente, da Política.

Para não deixar dúvidas, transcrevo as partes mais vergonhosas do discurso, retiradas do site da BBC NEWS:

These excerpts -which contain strong language - are translated from Ferenc Gyurcsany's official blog, Amoba.

"[…] There is not much choice. There is not, because we have screwed up. Not a little but a lot. No country in Europe has screwed up as much as we have. It can be explained. We have obviously lied throughout the past 18 to 24 months. It was perfectly clear that what we were saying was not true.


We are beyond the country's possibilities to such an extent that we could not conceive earlier that a joint government of the Socialists and the liberals would ever do. And in the meantime we did not actually do anything for four years. Nothing.

[…] You cannot mention any significant government measures that we can be proud of, apart from the fact that in the end we managed to get governance out of the shit. Nothing. If we have to give an account to the country of what we have done in four years, what are we going to say?

[…] They can understand that it is worth being a politician here at the beginning of the 21st Century because we can create a different world. Only for this. Livelihood can be found in many other ways.

I know that this is easy for me to say. I know. Do not keep bringing it up against me. But this is the only reason it is worth doing it. I almost perished because I had to pretend for 18 months that we were governing.
Instead, we lied morning, noon and night. I do not want to carry on with this. Either we do it and have the personnel for it, or others will do it. I will never give an interview at the end of which we part with each other in argument. Never. I will never hurt the Hungarian left. Never."
Excerpts translated from the Hungarian by BBC World Service Monitoring
in BBC NEWS site.

Não é Sex, Lies and Videotape, mas será Stupidity, Lies, Hypocrisy and Audiotape. Para agravar a situação, o camarada Gyurcsany, não tem um pingo de arrependimento pelo que disse, acha tudo normal, não se demite e ainda vitupera a oposição e os populares que se manifestam exigindo que ele se demita. É mau de mais. Talvez a população da capital húngara devesse seguir o exemplo dos seus vizinhos de Praga em 1618, e efectuar a Defenestração de Budapeste, eliminando o cretino que assume que mentiu repetidamente ao longo de dois anos, enganou os Húngaros, reconhece que fez asneiras como nenhum outro governo europeu, acrescenta que nada fez e que conclui que é magnífico ser político no século XXI porque pode mudar o mundo. Além de cretino, é ridículo. Nunca tinha visto igual na Europa!
 
Por Bandeira, in Diário de Notícias de 19/09/06


 P.S. No entanto, convém ter presente que este egocentrismo de muitos políticos e a colocação do partido à frente do país, não é exclusivo da Hungria e o cinismo dos eleitorados em relação aos políticos também não. Este cartoon do DN ilustra bem esta lamentável realidade.

19 setembro, 2006

Quousque Tandem Abutere, Catilina, Patientia Nostra?

QUOUSQUE TANDEM ABUTERE, CATILINA, PATIENTIA NOSTRA?
“ATÉ QUANDO, CATILINA, ABUSARÁS TU DA NOSSA PACIÊNCIA?”

CÍCERO

Com este desabafo, em 63 A.C., Cícero mostrava-se exasperado com a desfaçatez de Catilina em comparecer no Senado de Roma, depois de se ter descoberto que havia conspirado contra a República Romana.

Embora não se trate de uma traição à pátria, confesso-me exasperado com a arrogância muçulmana face ao Ocidente, e mais ainda, com a facilidade com que este baixa a cerviz perante aqueles.

Muitos muçulmanos lembram constantemente os tempos do colonialismo, acusam do Ocidente de neo-colonialismo, de exploração, de agressão e de intolerância. Contudo, acham-se acima de todas e quaisquer críticas ou comentários.

Há 6 meses atrás, desenterraram umas caricaturas recessas num jornal dinamarquês para desencadear uma série de arruaças anti-ocidentais. Agora, desancam no Papa por causa de uma citação por este feita de um Imperador Bizantino no âmbito de um colóquio académico sobre a relação entre a razão e a fé. O exemplo reporta-se ao Islão e a Maomé, mas poderia reportar-se a outras religiões, incluindo a Católica.

No entanto, a máquina de propaganda islâmica tratou de inflamar a famigerada “rua árabe”, aproveitando a ignorância das pessoas e a descontextualização da citação para acirrar os ânimos da turba contra o Ocidente.

Francamente, devo ter menos paciência do que Cícero. Já não tenho pachorra para a auto-vitimização daqueles que professam a intolerância, a violência, a imunidade à crítica, à análise, ao comentário e que se arrogam o direito de criticar, insultar, enxovalhar todos aqueles que lhes desagradem, como acontece agora com o Papa Bento XVI.

Também já não tenho pachorra para um Ocidente timorato, carregado de sentimentos de culpa, subjugado ao politicamente correcto e amedrontado perante quem fala mais alto, ou mais grosso.

Regressando ao tempo do brilhante Cícero, “em Roma sê Romano”, ou seja, quem não está bem a viver em liberdade e democracia na Europa, que se mude. Consta que na Mesopotâmia, na Península Arábica e no Norte de África ainda há muito espaço livre e terrenos disponíveis – sem Internet, nem liberdade de opinião, nem jornais e caricaturas, nem Católicos, nem livre mercado, nem mulheres livres, nem coisa nenhuma. Nem sequer televisão (livre), para divulgar os números do queimar de bandeiras e gritar slogans, ameaças e insultos. Too bad: nothing is perfect.

17 setembro, 2006

Portugal no Afeganistão

PORTUGAL NO AFEGANISTÃO


in "The Economist"

Após ter expressado, há poucos dias, a minha discordância em relação ao envio de tropas portuguesas para o Líbano, hoje venho defender o reforço do contingente português no Afeganistão.

No Afeganistão, distante dos olhares e atenção do grande público, desenvolve-se o mais importante combate entre o Ocidente e o terrorismo islâmico radical, no caso, a NATO contra os Taliban e a Al-Qaeda.

Até este ano, exclusivo de tropas especiais dos EUA, a NATO tomou este ano a cargo a luta directa contra os Taliban no Sul do país, num esforço para trazer segurança e estabilidade social e política a todo o Afeganistão, requisitos para o desenvolvimento económico e para uma erradicação mais consolidada do radicalismo islâmico que prolifera nas zonas remotas entre o Afeganistão e o Paquistão.

Até agora, para além dos EUA, só o Reino Unido, a Holanda e o Canadá, tiveram a coragem política de reforçar os seus contingentes no Afeganistão e de movimentar tropas do relativo conforto de Cabul e outras cidades, para desenvolver uma acirrada caça aos terroristas na zona meridional do país, nomeadamente nas províncias de Helmand e Kandahar.

Este mês, a NATO solicitou aos 26 Estados-Membros um reforço de 2.500 tropas de combate para somar a um contingente de cerca de 20.000. Até agora, só a Polónia disponibilizou uma generosa oferta de 1000 soldados a partir de Janeiro de 2007. A Dinamarca informou que ponderava reforçar o seu contingente. Dos restantes, excluindo-se aqui aqueles que já estão fortemente envolvidos, apenas o silêncio. É lamentável.

A estabilização do Afeganistão e o seu desenvolvimento, pode significar muito para o mundo:

· a erradicação de um ninho de terroristas perigosos;
· um rude golpe na maior produção mundial de ópio/heroína;
· a edificação de um estado responsável encaixado entre dois dos maiores produtores de radicais islâmicos xiitas (o Irão a Oeste) e sunitas (o Paquistão a Sul e a Leste).

Entre o medo de perder soldados, o terror de perder votos e a habitual distracção com coisas menores, a maioria dos líderes políticos europeus vai assobiando para o lado. Claro que, quando as bombas rebentarem à porta de casa, ou os índices de consumo de heroína dispararem, levarão as mãos à cabeça e correrão para Bruxelas à procura de uma política comum milagrosa que, se não resolver os problemas, lhes permitirá deles lavar as mãos.

Portugal tem, no Afeganistão, uma excelente oportunidade de mostrar que é diferente para melhor, alinhando com os corajosos e descolando dos medíocres. Acredito eu nisso? Infelizmente, não.

15 setembro, 2006

The Drums of War III

THE DRUMS OF WAR III


Entre 125 e 220 ogivas nucleares. Esta é a estimativa do livro “Deadly Arsenals”, publicado em 2005 pelo Carnegie Endowment for International Peace dos arsenais nucleares existentes na Ásia do Sul: 75 a 110 na Índia e 50 a 110 no Paquistão.
 
A conjuntura recente na Ásia do Sul não é propriamente animadora: atentado com trademark da Al Qaeda em Bombaim, instabilidade no Baluchistão, dificuldades em controlar os movimentos de talibans entre o Paquistão e o Afeganistão, tensão latente em Cachemira e a memória de uma quarta Guerra Indo-Paquistanesa, iminente no final de 2001, quando os dois países já eram potências nucleares assumidas há três anos.

Entretanto, vai avançando o Acordo Nuclear entre os EUA e a Índia, que poderá possibilitar a New Delhi um incremento da sua produção anual de ogivas nucleares para cerca de 100.

Entretanto, o Paquistão avança paulatinamente com a construção de uma nova central nuclear que lhe dará acesso à construção de bombas de plutónio (mais leves e manuseáveis do que as de urânio) e aumentar significativamente a produção anual de ogivas nucleares.

Afigura-se, também, como provável, que em resposta ao acordo entre Washington e New Delhi, a China intensifique a cooperação nuclear com Islamabad.

Tais desenvolvimentos podem conduzir, a prazo, a uma rivalidade sino-americana pela hegemonia na Ásia do Sul e Central, por interpostos Paquistão e Índia.
Porém, ao contrário dos afilhados regionais dos EUA e da URSS durante a Guerra Fria, Indianos e Paquistaneses são mais dificilmente instrumentalizáveis e já não combatem só com morteiros e espingardas automáticas.
Os tambores da guerra ainda não se ouvem no Sul da Ásia, mas quando e se começarem a soar, mesmo que em surdina, podemos estar a contemplar um apocalipse.


11 setembro, 2006

Remember 9/11

REMEMBER 9/11


I know I shall never forget it!

Rui Miguel Ribeiro

Portugal no Líbano

PORTUGAL NO LÍBANO


Embora essa posição me coloque em má companhia político-partidária (embora as razões sejam bem diferentes), sou da opinião que Portugal não devia integrar a UNIFIL, ou seja, não deveria enviar tropas para o Líbano.

Portugal não tem qualquer tradição de intervenção na região, nem tem nenhum interesse estratégico ou político para estar presente. A missão da UNIFIL destina-se ao fracasso (oxalá me engane) e não será por acaso que só não se escapuliu quem não pôde, quem foi atrás do prestígio dos comandos e/ou por obrigação não tinha escapatória, ou ainda, quem por impulsos ideológicos difusos ou por ingenuidade avançou de forma mais voluntarista.

Penso que Portugal decidiu avançar por um motivo diferente: sempre sensível às vontades das potências continentais, o PS achou que devia ser solidário com o esforço europeu (?!?). É claro que o esforço não é europeu, no sentido de União Europeia, e depende da vontade, capacidade e interesse dos Estados-Membros, mas há quem goste de se iludir com estes devaneios. Paciência!

É evidente que o cerne do problema libanês está na existência de um Hezbollah que funciona como um estado dentro do estado e que, nem o Líbano, nem a UNIFIL têm vontade/capacidade/coragem para desarmar o movimento xiita. O que significa que o problema continuará a larvar e a corromper o tecido político e nacional libanês e a provocar urticária em Israel.

Creio que o Hezbollah não terá nenhum interesse em provocar os Israelitas nos próximos tempos, mas se isso vier a acontecer (até por pressão da Síria ou do Irão), vamos lá ver o que a “robusta” UNIFIL vai fazer no campo de batalha israelo-libanês…


P.S. Para cúmulo, o contingente português poderá ficar sob comando espanhol! Eu sei que já passaram uns anos desde Aljubarrota e a Restauração, mas a verdade é que este é um assunto sensível. Senão fosse, nem sequer era notícia. Também não é um acaso, e muito menos agradável, a sobranceria com que o MNE espanhol deu por adquirido que as tropas portuguesas ficariam sob comando espanhol. Por favor, ponham os soldados de Portugal sob comando italiano!