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17 novembro, 2006

When The Going Gets Tough...

WHEN THE GOING GETS TOUGH…


Poucos dias passaram sobre as mid-term elections nos Estados Unidos e aí temos os primeiros sinais exteriores de irresponsabilidade de Congressistas Democratas. Pedem a retirada das tropas americanas, alvitram/exigem deadlines, reclamam a redução do contingente no Iraque.

E não se trata de figuras menores acabadas de chegar a Washington D.C. Falamos, por exemplo, de Harry Reid, Senador Democrata do Nevada e futuro líder da maioria que anunciou que iria pressionar o Presidente Bush a anunciar uma rápida e faseada retirada das tropas americanas e também de Carl Levin, Senador Democrata do Michigan e futuro Presidente do Comité para as Forças Armadas do Senado exige que aquelas comecem a retirar num prazo de 4 a 6 meses. Se a estes acrescentarmos os personagens do cartoon: os Senadores John Kerry e Edward Kennedy (Massachussets) o Presidente do Partido Democrata Howard Dean e a futura Speaker da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi (Califórnia), o cenário torna-se potencialmente aterrador. Pelosi apoiou (em vão) o Congressista John Murtha (Pennsylvania), apesar de um comportamento eticamente duvidoso, porque este foi dos primeiros a reclamar a retirada do Iraque.

Ora, um dos problemas que têm afectado a actuação e os resultados da coligação no Iraque, é a insuficiência de homens no terreno. Isso mesmo foi admitido pelo Comandante do Central Command dos EUA, General John Abizaid, perante uma Comissão do Senado. Há quem vá mais longe, como o Senador Republicano do Arizona, John McCain, defende mesmo um substancial incremento do contingente americano no Iraque. Tal não será, porventura, viável.

É, porém, evidente que uma retirada iniciada prematuramente e o anúncio de um calendário de retirada é um exercício de demagogia totalmente irresponsável e mostra o desastre que pode constituir a gestão democrata no Congresso. Esta atitude só iria motivar todas as facções combatentes no Iraque e conduziria inevitavelmente a uma guerra civil generalizada, pautada com uma violenta limpeza étnica, à medida que os diversos grupos tentavam definir o controle da sua etnia/religião/partido sobre o maior e melhor território possível. Felizmente, o próprio Partido Democrata é um mosaico diversificado e nem todos os Congressistas alinharão por este diapasão.

Não pretendo ignorar os erros cometidos no Iraque durante o pós-guerra. Mas a partir do momento em que os EUA, o Reino Unido, a Austrália, a Itália, a Polónia e outros lá estão, bater em retirada quando a situação se torna mais complicada, revela cobardia, oportunismo e falta de sentido de estado.

Como os Anglo-Saxónicos costumam dizer, “when the going gets tough, the tough get going”, que é como quem diz, quando as coisas se complicam, os durões põem-se a milhas. Não é disso que os Iraquianos precisam neste momento.
 



P.S. Ontem, 16/11/06, o "Tempos Interessantes" registou a sua 1000ª entrada. Não sendo algo de vital e muito menos de notável, aproveito o pequeno landmark para agradecer o interesse de todos os que contribuiram para estas 1000 visitas em mês e meio.