SAIU O ELO MAIS FORTE
Eu leio, vejo, ouço e custa-me acreditar. O PSD atirou pela janela fora a maioria que, com o CDS, detinha na Câmara Municipal de Lisboa, quando o Presidente da Câmara resolveu retirar os pelouros a Maria José Nogueira Pinto, vereadora do CDS.
Eu não vivo em Lisboa, mas Maria José Nogueira Pinto parece ser um dos melhores membros da vereação: calma, ponderada, com ideias e capacidade de realização e de pensar pela sua cabeça.
Esta decisão de Carmona Rodrigues segue-se a uma votação em que Nogueira Pinto votou contra uma proposta dele para a administração da Sociedade de Reabilitação Urbana. Realmente, parece mal. O estranho é que entre a feitura da lista e a sua ida a votação, um dos três nomes que a integrava, desapareceu. Pior é saber-se que tal terá acontecido por imposição do Presidente ou da Direcção do PSD. A ser tudo isto verdade, e os indícios são muito fortes, as leituras que se podem retirar do episódio são lamentáveis:
1- Carmona Rodrigues que tanto gostava de apregoar a sua qualidade de independente, portou-se como um qualquer amanuense do Partido.
2- Marques Mendes parece estar mais empenhado numa espécie de “limpeza étnica” interna do que em realizar uma oposição eficaz e intransigente ao governo do PS.
3- A Presidente da Distrital do PSD de Lisboa, Paula Teixeira da Cruz, também não fica bem na fotografia, dado que teve uma desavença pública com Maria José Nogueira Pinto, após a qual disse que o assunto seria resolvido no sítio próprio. Seria através do tribunal ou de uma vendetta?
4- A Câmara Municipal de Lisboa perdeu uma boa vereadora, porventura o elo mais forte do executivo.
Os Lisboetas têm realmente motivos para estar mesmo “satisfeitos”: entre as depurações do PSD, a guerra civil no PS e os desvarios do vereador do BE, quem saiu foi o elo mais forte. Triste sina.
Eu não vivo em Lisboa, mas Maria José Nogueira Pinto parece ser um dos melhores membros da vereação: calma, ponderada, com ideias e capacidade de realização e de pensar pela sua cabeça.
Esta decisão de Carmona Rodrigues segue-se a uma votação em que Nogueira Pinto votou contra uma proposta dele para a administração da Sociedade de Reabilitação Urbana. Realmente, parece mal. O estranho é que entre a feitura da lista e a sua ida a votação, um dos três nomes que a integrava, desapareceu. Pior é saber-se que tal terá acontecido por imposição do Presidente ou da Direcção do PSD. A ser tudo isto verdade, e os indícios são muito fortes, as leituras que se podem retirar do episódio são lamentáveis:
1- Carmona Rodrigues que tanto gostava de apregoar a sua qualidade de independente, portou-se como um qualquer amanuense do Partido.
2- Marques Mendes parece estar mais empenhado numa espécie de “limpeza étnica” interna do que em realizar uma oposição eficaz e intransigente ao governo do PS.
3- A Presidente da Distrital do PSD de Lisboa, Paula Teixeira da Cruz, também não fica bem na fotografia, dado que teve uma desavença pública com Maria José Nogueira Pinto, após a qual disse que o assunto seria resolvido no sítio próprio. Seria através do tribunal ou de uma vendetta?
4- A Câmara Municipal de Lisboa perdeu uma boa vereadora, porventura o elo mais forte do executivo.
Os Lisboetas têm realmente motivos para estar mesmo “satisfeitos”: entre as depurações do PSD, a guerra civil no PS e os desvarios do vereador do BE, quem saiu foi o elo mais forte. Triste sina.
P.S. Dias depois da publicação deste post, Carmona Rodrigues deu uma entrevista à Antena 1, parcialmente reproduzida no Jornal de Notícias de 25/11/06. Nela, registam-se contradicções, manifesta-se uma total ausência de sensibilidade política e confirma-se que Marques Mendes o pressionou a deixar cair o nome de Pedro Portugal Gaspar. Para além de tardia, fica-se com a sensação que a franqueza resulta mais da falta de jeito do que da vontade de ser transparente. Resultado: credibilidade ao fundo.