22 junho, 2006

Campeonato do Mundo 2006 - 9: Portugal e Alemanha: 9 Pontos

CAMPEONATO DO MUNDO ALEMANHA/2006

9- PORTUGAL E ALEMANHA: 9 PONTOS


Portugal e Alemanha fizeram o pleno de 3 vitórias e 9 pontos. A Alemanha fê-lo tranquilamente, Portugal fê-lo com sacrifício, mas ambos estão a crescer e parecem estar à altura dos desafios difíceis que se avizinham: Suécia e Holanda, respectivamente. Portugal enfrentou pela primeira vez uma equipa forte (não de 1ª linha) e o saldo foi razoável: jogou com garra e espírito de luta e objectividade no ataque; infelizmente recuou a partir do 2-0, o que se compreendeu ainda menos a partir do momento em que jogou contra 10. Houve “suplentes” que mostraram valor (Simão e Petit) e outros que falhram (Postiga, Tiago, Caneira e Boa Morte). Mesmo assim, Scolari pode contar com cerca de 15 jogadores que lhe dão garantias para os próximos desafios.


Portugal: Sem o brilhantismo de 1966 e com adversários bem mais fracos, mas Portugal repetiu as 3 vitórias de 1966 na fase de grupos. A seguir, o adversário mete bem mais respeito que o de 1966: agora a Holanda, então a Coreia do Norte. Esperemos que o desfecho seja o mesmo, mas não convém dar 3 golos de avanço, até porque o Eusébio já não joga.
Alemanha: Exibição tranquila mas convincente, que serviu para continuar a afirmação da Alemanha, detentora de considerável poder de fogo, como candidata aos lugares de honra. Ao virar da esquina está a Suécia, no horizonte dos quartos de final já vislumbra a Argentina…
Sérvia: Vai, certamente, terminar em 32º e último lugar neste Mundial. Uma prestação inacreditável de que não haverá memória numa equipa europeia. Na despedida, esteve a ganhar 2-0 e conseguiu perder 2-3 com a Costa do Marfim. Sofreu 10 golos no total. A selecção que representava o núcleo duro da antiga Jugoslávia, desmoronou-se ainda mais rapidamente que a Federação. Pelo menos, até ver, não morreu ninguém.
Holanda-Argentina: O jogo de maior cartaz da fase de grupos soube a muito pouco. Com várias estrelas ausentes, serviu para provar que Pekerman tem mais “banco” do que Van Basten, cuja Laranja ainda funciona muito a espaços. O 0-0 final, acaba por espelhar a escassez de inspiração e o menor empenho das duas selecções. Para a próxima, queremos mais.
 
 


Inglaterra-Suécia: Grande jogo, disputado a bom ritmo, com um estilo físico, mas bem jogado, domínio inglês na 1ª parte e sueco na 2ª, 4 golos e emoção, acabando com um justo 2-2. Do melhor que temos visto. Péssima, a lesão de Michael Owen: é uma grande perda.
Klose: Mais dois golos. Soma 4 e é o comandante provisório da lista de artilheiros. Tem estado muito activo e com bom ratio de aproveitamento. Veremos se continua a marcar quando vierem os grandes jogos.

Simão e Maniche: Os melhores de Portugal na vitória sobre o México. Simão Sabrosa carrilou o melhor do jogo ofensivo português, fez duas assistências e marcou um golo. Maniche (cuja convocação me mereceu reticências) jogou, correu, lutou, rematou muito e fez um bom golo.
Joe Cole: Marcou um golo fabuloso, porventura o melhor do Mundial 2006 até ao momento. Potência, espontaneidade, direcção, espectacularidade! Teve tudo. Congratulations!


21 junho, 2006

O Zombie Constitucional

O ZOMBIE CONSTITUCIONAL

 in "The Economist", 02/06/06

O famigerado Tratado Constitucional Europeu continua a gerar as maiores perplexidades. O Conselho Europeu reunido em Viena decidiu prolongar o período de reflexão por mais um ano (já serão dois). Reflexão sobre quê? Quanto tempo durará o velório?

Aparentemente há três ordens de problemas:

1- O Tratado já foi ratificado por 15 dos 25 Estados-Membros, três deles desrespeitando o dito período de reflexão, pelo que se sentiriam defraudados com a declaração de óbito do dito cujo. Será que não sabiam que o processo de ratificação é um requisito legal indispensável e que, sem ele, não há tratado nenhum; nem este, nem outro. Será que não sabiam que o Tratado só entraria em vigor quando fossem concluídos os 25 processo de ratificação?
2- O Tratado foi rejeitado de forma clara em referendo na Holanda e em França, e existem justificados receios que o mesmo possa acontecer em países como o Reino Unido, Dinamarca, Suécia, ou Polónia. Parece que há quem pense que o prolongamento do velório (ou reflexão) para depois das eleições em França e na Holanda, possa produzir o milagre da transformação do “Não” em “Sim”.
3- O Tratado deu uma trabalheira a fazer, demorou dois anos, movimentou centenas de pessoas, toneladas de papel, rios de saliva, incontáveis semanas de penosas negociações. Que peninha! Dá vontade de perguntar: “Alguém lhes encomendou o serviço?” Faz-me lembrar um episódio já com vários anos: uma aluna tinha preenchido 4 páginas de uma folha de teste e no final teve 1 (um)! Questionou-me: “Então eu tive tanto trabalho a escrever 4 páginas e só tenho 1 valor?” Retorqui, “Pois, mas não respondeste ao que te era perguntado.”

Se o Tratado tinha de ser ratificado pelos 25 e se foi rejeitado por dois, podendo o número subir aos 6, 7 ou 8, que esperam para fazer as exéquias fúnebres?

Se o Tratado já foi rejeitado, o que é que há para reflectir? Sobre o sentido da vida? Ou será para fazer de tratantes com o Tratado? Até quando andará este zombie a assombrar as cimeiras europeias?

Tiveram muito trabalho e não o querem colocar no caixote do lixo da História? Compreendo-os, mas ainda compreendo melhor a frustração dos cidadãos que pagaram esse trabalho que se revelou tão grande inutilidade.

Que descanse em paz. Ashes to ashes, dust to dust…

19 junho, 2006

Campeonato do Mundo 2006 - 8: Luz Verde Para os Vermelhos

CAMPEONATO DO MUNDO ALEMANHA/2006

8- LUZ VERDE PARA OS VERMELHOS

 
Portugal e Brasil aumentaram para 7 os qualificados e o Irão elevou os precocemente eliminados para 6. O desaire da Rep. Checa frente ao Gana e o empate da Itália com os Estados Unidos, desmancharam a boa imagem que as duas selecções europeias haviam deixado na 1ª jornada e tornaram o Grupo E no mais interessante e imprevisível do momento. A França continua a arrastar-se pela Alemanha (sempre seria pior se fosse a Alemanha a irromper pela França) e os Sul-Coreanos continuam a beneficiar das arbitragens, tal como em 2002. A partir de terça-feira, passamos a quatro jogos por dia e tudo se tornará definitivo.

Portugal: Pela segunda vez na história, Portugal ultrapassou a fase de grupos de um Campeonato do Mundo. E fê-lo com justiça, jogando de forma bem mais convincente, controlando o jogo atacando e procurando o golo quase sempre. É evidente que Portugal defrontou, pela última vez, um adversário relativamente fraco neste Campeonato, mas atingiu os objectivos mínimos.

De Rossi: O Itália-EUA foi um jogo atípico, que terminou 10 contra 9, ou melhor, 9,5 contra 9, dada a inferioridade física de Perrota, mas a nota negativa é personalizada, porque a violenta cotovelada aplicada por De Rossi em Brian McBride é inaceitável e indesculpável. McBride saiu a sangrar mas jogou até ao fim. Itália foi penalizada e o único culpado, que até tinha actuado muito bem no primeiro jogo, talvez já não torne a jogar no Mundial.
Brasil: Poderá parecer estranho colocar nos negativos uma equipa que tem 6 pontos e que já se qualificou. Tal deve-se à pobreza exibicional dos Brasileiros, que se apresentavam como grandes favoritos, uma espécie de Dream Team condenado a ganhar o Campeonato. Podem ganhá-lo, mas até agora ganharam dois jogos com sorte, sem merecimento e jogando pouco. Contra a Austrália, o empate não ficaria mal e contra a Croácia acabaram com o credo na boca e mereciam ter perdido. Talvez a sorte não dure sempre…
França: Tem sido a pior das selecções a quem era atribuído algum favoritismo. Velha, lenta, cansada, triste e sem ideias, parece o reflexo da situação política, económica e social do próprio país. A continuar assim, dificilmente passará dos oitavos de final.
Figo e Deco: Os melhores de Portugal na vitória sobre o Irão, que parece ter mais êxito a enriquecer urânio do que a enriquecer a sua qualidade de jogo. Sem serem atómicos, Figo e Deco mostraram ser, neste momento as mais consistentes estrelas de Portugal.
Gana: Desafiou as probabilidades e bateu de forma convincente uma das selecções que melhor impressão tinha deixado na 1ª ronda. Beneficiou de um golo madrugador, de um penalty estúpido e de um vermelho duvidoso, mas jogou com uma qualidade global que até agora não se tinha visto em equipas africanas.

17 junho, 2006

"Explica-me Como Se Eu Fosse Muito Burro"

“EXPLICA-ME COMO SE EU FOSSE MUITO BURRO”


Por causa do Mundial Alemanha/2006, estamos em época de bandeiras, bandeirinhas e bandeirolas, mas hoje venho falar de outras bandeiras: as semafóricas, vermelhas, amarelas e verdes que se hasteiam nas praias para informar os banhistas do estado do mar.

Sempre tomei essas bandeiras como uma indicação/informação ao banhista mais distraído que não distinguisse as vagas das marés vivas das pocinhas da baixa-mar.
 
Não é essa, contudo, a visão do estado tentacular que temos: as bandeiras são autênticos semáforos balneares. Quem não respeita a sinalética é…multado. Como diria a outra, “explica outra vez como se eu fosse muito burro!” Ok. Mergulhas no Atlântico quando a bandeira do Benfica, perdão, a bandeira vermelha estiver hasteada e eis que a BT, perdão outra vez, a Polícia Marítima aplica-te uma valente multa que pode chegar a 1000 euros. A multa deve aumentar com o grau de envolvimento com o oceano: molhas o dedo grande do pé – 50 euros; molhas os calções – 100 euros; engoles água do mar da bandeira vermelha – 250 euros; mergulhas frenética e repetidamente e a seguir nadas – 900 euros; afogas-te miseravelmente – 1000 euros.
 
Estou tão contente. Já não preciso que o meu Pai me leve à praia, o Afonso também já pode ir sem mim, os Pais estão todos dispensados dessa maçada, porque o grande Estado socialista vela por nós e pelos nossos filhos em cada palmo de areia deste jardim à beira mar plantado. E cada afogado, deixa de receber subsídio de desemprego, pensão de reforma, ou abono de família e ainda paga uma multa: o futuro da Segurança Social apresenta-se menos vermelho; pode-se hastear a bandeira verde.
 
Mal posso esperar que chegue o Verão de 2007. Já se prevê multas para quem: pisar a areia quando está demasiado quente; fizer castelos na areia quando estiver nortada (risco de derrocada); não tiver um guarda-sol do Vinho Gazela ou do Óleo Fula; e quem levar um farnel mais informal do que um arroz de cabidela, ou um cozido à portuguesa.


P.S. Será que vou poder sair de casa quando estiver a chover?

16 junho, 2006

Campeonato do Mundo 2006 - 7: Inglaterra, Argentina, Holanda, Alemanha e Equador



CAMPEONATO DO MUNDO ALEMANHA/2006

7- INGLATERRA, ARGENTINA, HOLANDA, ALEMANHA E EQUADOR

 

Inglaterra, Alemanha e Holanda: A presença nos destaques positivos deve-se ao facto de, somando 6 pontos em 2 jogos, terem garantido com antecedência a esperada qualificação. Vantagem para os Ingleses a quem o empate basta na última jornada para vencerem o Grupo B. As três selecções mostraram-se sólidas e com bons momentos, mas precisam de jogar mais e melhor para ir longe no Mundial. Houve demasiada contenção demasiado cedo quando em vantagem.
Argentina: Em princípio estaria emparelhada com os outros 3 favoritos referidos acima, mas a goleada de 6-0 à Sérvia, torna-a a equipa com melhor classificação no momento e merece um destaque exclusivo. Este esmagamento seria dificilmente repetível, mas foi obtido contra uma equipa que concedeu apenas um golo em 10 jogos
de qualificação. Deu gosto ver Crespo, Saviola, Maxi Rodriguez, Riquelme, Messi, Tevez, Cambiasso, combinarem o virtuosismo individual com o sentido do colectivo. Se continuarem assim… são bem capazes de chegar ao topo.
Equador: Igualmente qualificada com duas vitórias em dois jogos, figura à parte porque constituiu a boa surpresa destes dois grupos: goleadora, sem sofrer golos, ganha com clareza e parte para o confronto final com a Alemanha bastando-lhe um empate para ganhar o Grupo A. Se o fizer, regressa aos destaques.
 
Polónia: É a segunda vez que entra pelo lado negativo desta rubrica. Melhor do que contra o Equador (pior era difícil), voltou a mostrar um jogo inconsequente e pouco perigoso. Desperdiçou numa prova realizada praticamente em casa a possibilidade de se aproximar minimamente da performance do anterior Mundial realizado na Alemanha (3º em 1974 na RFA). Resta-lhe vencer o 3º jogo para não voltar a figurar aqui.
Sérvia: Este não está a ser o Mundial das equipas da antiga Europa de Leste (excepto a Rep. Checa). Depois de um bom jogo com a Holanda perdido por 0-1, a Sérvia foi positivamente arrasada por uma Argentina demasiado forte. O Mundial para os Sérvios é como a Jugoslávia: já é passado.
Costinha: Já é um pouco cansativo referenciar membros da equipa portuguesa nesta coluna quando Portugal nem sequer joga, mas, depois da insolência de Scolari, levar com o enfado de Costinha é dose que os Portugueses não merecem. Tal como já havia acontecido com outros (Pauleta, por exemplo) são os jogadores que mais devem favores ao seleccionador que mais pressurosamente o vêm defender. Pudera! Convocado para um Mundial depois de 8 meses sem jogar à bola! Se eu tivesse sido convocado e usufruído do prestígio, dinheiro e mordomias correspondentes, talvez também elogiasse o Scolari! Será condição para serem convocados e titulares crónicos? Costinha, tido nos meios futebolísticos como sendo dotado de um intelecto superior, veio declarar que Portugal não merece Scolari e mais uma vez vem questionar o direito dos Portugueses à crítica. Haja decoro. É pena não ter sido tão lesto a jogar contra Angola como foi a falar para a imprensa.


Mal começou a segunda jornada da fase de grupos do Mundial (Grupos A, B e C) e já há 5 qualificados (Inglaterra, Argentina, Holanda, Alemanha e Equador), um outro (Suécia) que está quase e quatro que já estão knock out (Polónia, Costa Rica, Sérvia e Costa do Marfim). Numa jornada onde poucos foram os factos salientes, excepção à estrondosa goleada da Argentina (6-0 à Sérvia) e aos grande golos de Stephen Gerrard e de Van Persie, vou limitar-me aos destaques positivos e negativos.

14 junho, 2006

Campeonato do Mundo 2006 - 6: Aussies, Azzurri e Checos

CAMPEONATO DO MUNDO ALEMANHA/2006

6- AUSSIES, AZZURRI E CHECOS

 
Tomas Rosicky: Fantástica exibição: força física, grande capacidade de organização do jogo juntamente com Nedved e dois golos, um dos quais espectacular. Rivaliza com Robben para a melhor exibição individual da 1ª ronda.
Austrália: E tudo a força e a determinação dos Aussies levou. A perder 0-1 a 6 minutos do fim, os Australianos porfiaram incansavelmente, mas com cabeça e fulminaram o Japão com 3 golos em 8 minutos. Bem merecida a primeira vitória da Austrália depois da estreia em 1974, na … RFA.


Só falta o grupo H para terminar a 1ª jornada e já todas as grandes potências do futebol entraram em cena. Nestes últimos dois dias, ao contrário das expectativas, o destaque não foi para o Brasil, mas sim para Rep. Checa, Itália e Austrália.

Os Cangurus realizaram o mais espectacular e fulminante volte-face do Mundial, mostrando determinação, persistência e capacidade realizadora (3 golos). Italianos e Checos mostraram bom futebol, grande consistência defensiva, capacidade de controle do jogo e poder concretizador.

Já o Brasil, vencedor perante a Croácia, fez uma exibição pouco mais do que sofrível e acabou tendo sorte na segunda parte em que os Croatas podiam ter feito o empate. Foi apenas o primeiro jogo, mas os Brasileiros ficaram longe da imagem de rolo compressor invencível que trouxeram para a Alemanha. A rever. O fiasco do dia ficou reservado à França, que empatou 0-0 com a Suíça e, também ela, esteve perto de sofrer piores dissabores na segunda metade. Mais uma vez, um jogo é pouco, mas se Henry não estiver inspirado o caso deve estar mal parado.


Tim Cahill: Simboliza a raça e o querer da Austrália. Potência física aliada a capacidade concretizadora, permitiram-lhe saltar do banco e virar o resultado com 2 golos, um dos quais de grande qualidade.
Andrea Pirlo: Inúmeros desarmes, boas transições defesa-ataque, capacidade organizativa e disponibilidade física e um golaço a quebrar a resistência ganesa. Bravo!
Rep. Checa e Itália: Exibições seguras, consistentes, com qualidade, pinceladas com momentos de muito bom futebol Fica a promessa. Aguarda-se a confirmação.


França: Desinspirada, lenta, amorfa. É uma equipa cujo zénite já passou há muito. O núcleo duro dos gauleses está velho e cansado e a maioria dos sucessores (ainda) não tem a qualidade daqueles. Até agora, o pior dos principais candidatos.
Scolari: Portugal não jogou, mas o seu treinador continua a meter golos na própria baliza. Agora veio dizer que os comentadores não sabiam o que era uma bola, quantos gomos tinha e quanto pesava. Acrescentou que, assim, nunca seriam treinadores. Terminou o arrazoado, dizendo que Portugal tinha perdido o primeiro jogo no Mundial 2002 (2-3 com os EUA) e nos Europeus de 2000 (é mentira! Ganhámos 3-2 à Inglaterra num jogo fabuloso) e de 2004 (de quem será a culpa?).
Será preciso saber o peso da bola, a altura da relva e a cor das bandeirolas de canto para se perceber de futebol? Será que Scolari pensa que todos os comentadores sonham ser treinadores? Porque que é Scolari foi incapaz de admitir que a exibição de Portugal contra Angola foi fraca e que devíamos ter marcado mais golos (ninguém pediu 5, 6 ou 7 golos!)? A palavra é forte, mas somadas às anteriores declarações do mesmo estilo, só apetece dizer: tanta imbecilidade e arrogância!
 

Insulto Gratuito

INSULTO GRATUITO

As generalizações podem ser perigosas e injustas. Esta é, além do mais, grosseira pelo conteúdo e surpreendente pela origem.
 
Em entrevista ao Diário de Notícias de 07/06/06, Maria Filomena Mónica declara que “Os Deputados são preguiçosos, incultos e eleitos de forma errada.”
 
Curiosamente, compara os actuais deputados e sistema eleitoral com os do século XIX, preferindo estes. Não sou um expert como Maria Filomena Mónica (MFM), mas sei que muita da actividade parlamentar oitocentista se pautava por uma retórica gongórica inconsequente e que muitos dos círculos uninominais eram controlados por caciques locais.
 
Quanto às acusações aos Deputados actuais, revelam ignorância, má fé, má educação e arrogância. Fui Deputado durante 3 anos, mas em relação à qualidade dos Deputados, limitei-me a confirmar o que já pensava: como em todos os meios sócio-profissionais, há os bons, os médios e os medíocres. Há Deputados cultos, competentes, empenhados e esforçados e que fazem o melhor que o sistema político-partidário lhes permite. É lamentável que uma investigadora e universitária, alinhe no coro populista e demagógico que desqualifica a praxis política e os seus agentes, como se estes fossem uma selecção dos piores.
 
No que respeita o sistema eleitoral, parece partilhar da ingenuidade de acreditar na panaceia dos círculos uninominais. Como se tal impedisse a escolha dos candidatos pelas máquinas partidárias (ou pelos caciques locais) e como se esses deputados, com os poderes que, individualmente, detêm, pudessem decidir, fazer, ou executar promessas eleitorais referentes ao seu círculo eleitoral.
 
O sistema precisa de alterações e melhorias, mas as ideias sobre as quais se possa fazer uma boa reforma não irão, concerteza, surgir da ignorância, da arrogância, ou do insulto gratuito.

12 junho, 2006

Campeonato do Mundo 2006 - 5: Boa Laranja e Pouco Portugal

CAMPEONATO DO MUNDO ALEMANHA/2006

5- BOA LARANJA E POUCO PORTUGAL

Arjen Robben: A melhor exibição individual até ao momento: golo, assistências. Sprints, dribles em progressão e durou o jogo todo.Merecia mais um golo que esteve perto. Brilhante!
Figo: Grande jogo. Assistência para o golo de Portugal, jogou para a frente com velocidade e técnica, fez a diferença numa selecção um pouco amorfa.
Holanda-Sérvia: O melhor jogo até agora. Pecou por ter tido só um golo, mas vimos duas boas equipas que atacaram, criaram oportunidades e disputaram bem o jogo. Assim, vale a pena.

Portugal e a Holanda ganharam ambos por 1-0. Infelizmente, essa foi a maior similitude entre as duas selecções.

A Holanda realizou um bom jogo contra uma boa equipa (a Sérvia), com bom toque e troca de bola, ataques bem planeados e emoção. Foi, até agora o melhor jogo do Campeonato e merecia um resultado final com mais golos: 3-1 ou 2-1.

Portugal realizou uma exibição pouco convincente frente a uma selecção notoriamente fraca para os standards mundialistas. Devo dizer que concordei em absoluto com o onze inicial que Scolari apresentou, mas a equipa revelou falta de inspiração individual, de imaginação e, principalmente, de velocidade. Arriscaria mesmo dizer que não teve a ambição para, em vantagem aos 4 min. cair em cima de Angola e desferir-lhe os golpes fatais que permitiriam, aí sim, gerir o jogo com tranquilidade na segunda parte. Duas das substituições foram flops (Costinha joga parado e Viana não pertence ali) e a condição física não me parece a melhor. Salvou-se o essencial (os 3 pontos), mas os Portugueses tinham o direito de querer também somar 3 golos. Aguardemos o Irão.

Cristiano Ronaldo:Simboliza a falta de inspiração geral. Figura aqui porque foi o mais desinspirado de todos.Costinha: Devagar, devagarinho e parado, foram os seus registos durante os 30 min. Que esteve em campo. Fez-me lembrar dois jogadores de má memória que passaram pelo Benfica (Michael Thomas e Paulo Almeida). Espero enganar-me, mas agravaram-se as suspeitas de que não devia ter ido à Alemanha

10 junho, 2006

Campeonato do Mundo 2006: 4- Boa Entrada dos Colossos



CAMPEONATO DO MUNDO ALEMANHA/2006

4- BOA ENTRADA DOS COLOSSOS


 
Philipp Lamm: Lateral esquerdo da Alemanha, marcou o primeiro golo do Mundial 2006 e foi um verdadeiro golão.
Torsten Frings: O médio alemão não marcou o 1º, mas também marcou um golo colossal e jogou muito no meio campo.
Colossos: Sem terem siderado, Alemanha, Inglaterra e Argentina entraram com pé direito e confirmaram candidatura ao 1º lugar dos Grupos A, B e C.
 

Polónia: Que saudade da Polónia dos 3º lugares nos Mundiais de 1974 e 1982!

Porras: Guarda-Redes da Costa Rica, sofreu 4 golos da Alemanha e deve ter passado o jogo a gritar o próprio nome. P****!
Suécia: Jogo todo ao ataque, muito tempo contra 10 e nem um golito.

Trinidad e Tobago: Todo o jogo na retranca ainda se poderia compreender se estivéssemos nos play-off, agora no primeiro jogo de um mini-campeonato? Mesmo
conseguindo o 0-0, foi mau.


Uma última nota: amanhã entramos nós em campo. Contra Angola só a vitória interessa e Scolari esteve bem ao colocar aí a fasquia mínima. O tempo de debater e contestar as opções de Scolari já passou, mas quero estar à vontade para dizer de minha justiça quando a prova acabar e por isso deixo uma síntese do que penso sobre o assunto: não sou anti-Scolari, mas não aprecio a personagem (demasiado inflexível, teimoso, autoritário e popularucho) e não concordo com uma parte significativa da convocatória, nem com algumas ausências, nem, principalmente, com algumas presenças. Ponto final.

E agora vamos ganhar a Angola. FORÇA PORTUGAL!

09 junho, 2006

Campeonato do Mundo 2006 - 3- Let the Game Begin

CAMPEONATO DO MUNDO ALEMANHA/2006

3- LET THE GAME BEGIN


Hoje começa finalmente o Campeonato do Mundo Alemanha/2006 com o jogo inaugural, Alemanha-Costa Rica em Munique, seguido do outro jogo do Grupo A, Polónia-Equador, em Gelsenkirchen. Portugal entra em campo no Domingo frente a Angola, em Colónia.

Para além do impacto mediático do jogo de abertura e dos jogos de Portugal, permito-me destacar, nesta fase de grupos, meia dúzia de jogos que, pela valia e prestígio dos oponentes ou pela história do confronto, poderemos considerar os grandes jogos a não perder. Por ordem de importância:

1- Holanda-Argentina (21/06/06)
2- Inglaterra-Suécia (20/06/06)
3- Itália-Rep. Checa (22/06/06)
4- Alemanha-Polónia (14/06/06)
5- Brasil-Croácia (13/06/06)

Ao nível dos Grupos, o C, com a Argentina e a Holanda à cabeça e o B (Inglaterra e Suécia) são, claramente, os de maior grau de dificuldade.

Cumprindo a promessa feita, concluo agora o exercício de alto risco das previsões:

FINAL DOS VENCIDOS:

HOLANDA - BRASIL

FINAL:

INGLATERRA - ITÁLIA

LUGARES DE HONRA:

1- ITÁLIA
2- INGLATERRA
3- HOLANDA
4- BRASIL

CAMPEÃO DO MUNDO 2006: ITÁLIA

And now, let’s get the ball rolling! Let the game begin!

Go To Hell al-Zarqawi

GO TO HELL AL-ZARKAWI




















Al-Zarkawi após o bombardeamento.
Photo downloaded from CNN at www.cnn.com


É comum e normal dizer-se que não se deseja a morte a ninguém. No entanto, devo confessar que, apesar de ser Cristão e Católico, há escumalha a quem não consigo desejar nada de diferente.

Abu Musab al-Zarqawi, natural da Jordânia, era o líder da al-Qaeda no Iraque e o responsável directo ou indirecto de milhares de mortos no período que se seguiu ao derrube do regime de Saddam Hussein. Matou alvos específicos com a mesma vontade e crueldade com que assassinou civis inocentes, a maior parte das vezes Iraquianos cujos interesses proclamava promover. Não teve mesmo dúvidas em rebentar com um hotel em Aman onde decorria um casamento muçulmano, com o pretexto de que o local era frequentado por Ocidentais.

O ódio e a cegueira assassina de al-Zarqawi, só poderiam conduzir a este desenlace. Foi pena que não tenha sido mais cedo. Os milhares de vítimas que causou, devem garantir-lhe um lugar cativo no inferno. Apetece mesmo desabafar: “Go to hell al-Zarqawi!”




















Esquadrilha de F-16's dos EUA em espaço aéreo japonês.


P.S. Curiosamente, al-Zarqawi foi morto com duas bombas lançadas de F-16s da USAF. Sim, F-16, os tais que Portugal pode dar-se ao luxo de não usar e de dispensar porque não servem para nada no século XXI. Portugal não é os Estados Unidos, mas o actual cenário geoestratégico não dispensa uma boa capacidade de defesa e ataque aéreos. Este é um assunto abordarei com mais detalhe.

07 junho, 2006

Campeonato do Mundo 2006 - 2- Previsões

CAMPEONATO DO MUNDO ALEMANHA/2006

2- PREVISÕES

Eis um exercício que tem tanto de sedutor como de complicado e arriscado. Primeiro, pelo sortilégio do jogo; em segundo lugar, pela tentação de confundirmos previsões com wishful thinking.

Vou avançar dois tipos de previsões: dividir as equipas por 3 patamares de favoritismo e perspectivar e arriscar as 16 equipas que se qualificarão para os oitavos de final, as 8 dos quartos de final e as 4 que estarão nas meias finais.

FAVORITOS:

1- Equipas com possibilidades de vencer e de quem se espera que ocupem um dos 4 lugares de honra: Itália; Inglaterra; Holanda; Brasil; Argentina; Alemanha.
2- Outsiders: equipas de quem se espera que cheguem aos quartos de final e que poderão, uma ou outra, chegar um pouco mais longe: Suécia; Rep. Checa; Portugal; Polónia; França; Espanha.
3- Surpresas: equipas que deverão chegar à segunda fase e parar aí; dar um passo à frente já seria ganho de monta. Ucrânia; México; Jugoslávia; Croácia.

Por aqui se conclui, que, sem excluir uma ou outra excepção (até de África – Costa do Marfim? Gana?), espero um Campeonato do Mundo onde impere a tradição do Campeonato da Europa reforçado com o Brasil e a Argentina.

OITAVOS DE FINAL:

ALEMANHA - SUÉCIA
INGLATERRA - POLÓNIA
HOLANDA - MÉXICO
PORTUGAL - ARGENTINA
ITÁLIA - CROÁCIA
BRASIL - REP. CHECA
FRANÇA - ESPANHA
UCRÂNIA - SUÍÇA

Admito que nos grupos C e D, os dois primeiros lugares possam ficar invertidos, o que até poderia resultar nos mesmos jogos.

Arriscando um pouco mais:

QUARTOS DE FINAL:

ALEMANHA - HOLANDA
ITÁLIA - UCRÂNIA
INGLATERRA - ARGENTINA
BRASIL - FRANÇA

MEIAS FINAIS:

HOLANDA - ITÁLIA
INGLATERRA - BRASIL

Antes de começar o Campeonato, publicarei a parte final das minhas previsões.

06 junho, 2006

Dia D








DIA D

Já passaram 62 anos que as tropas aliadas dos Estados Unidos e do Reino Unido, desembarcaram aos milhares nas praias da Normandia, dando o passo decisivo para a vitória na II Guerra Mundial.

 
Ironicamente, esta efémeride calha no dia que alguns apontam como sendo o Dia da Besta (ou demónio) pela coincidência do triplo 666 (6 do 6 do 06). Na realidade, por uma vez, estas especulações esotéricas têm razão de ser: faz 62 anos que aqueles bravos soldados começaram a libertação definitiva da Europa do jugo da Besta Nazi. E por cá ficariam mais 50 anos para nos proteger da Besta Comunista. Bem hajam pelo que fizeram por todos nós.

Esperemos que quando tivermos de enfrentar a próxima besta, os seus sucessores estejam à altura dos feitos dos protagonistas do Desembarque na Normandia no dia 6 de Junho de 1944: the D Day.

05 junho, 2006

Campeonato do Mundo Alemanha 2006 - 1- Introdução

CAMPEONATO DO MUNDO ALEMANHA/2006 1- INTRODUÇÃO



Está a chegar o mês do futebol. De 4 em 4 anos, os adeptos do pontapé na bola, nos quais me incluo, desligam alguns dos seus chips rotineiros para focar uma parte significativa da sua atenção, tempo e existência no fenómeno da World Cup.

Resolvi, por isso, editar regularmente (não necessariamente todos os dias) posts sobre o Campeonato do Mundo Alemanha 2006, com impressões, opiniões, sensações, ALEGRIAS e frustrações, destaques bons e maus, enfim, tudo o que pareça relevar.

Normalmente, as pessoas gostam de saber as preferências/tendências de quem comenta. Eu farei o possível por ser racional e isento, mas o futebol envolve paixão e emoções, por isso entendo que é bom que os bloguers saibam qual é o meu leque de preferências e de embirrações, para saberem com o que podem contar.

Primeiro, it goes without saying, PORTUGAL, PORTUGAL, PORTUGAL. When and if Portugal’s out, my personal winners are: England and Holland! Desde sempre que a Inglaterra e a Holanda congregam as minhas paixões nestes Campeonatos, especialmente nos longos anos em que Portugal nem lá chegava.

Continuando, a seguir vem a Itália, até por especial deferência para com o meu filho Afonso Duarte, para quem a Squadra Azzurra vem logo a seguir a Portugal, por motivos pessoais fortes. Depois, simpatizo com a Suécia, Alemanha, República Checa, Polónia e Croácia. To cut a long story short, gostava que ganhasse uma selecção da Europa (excepto a Espanha e a França). Se tal não for de todo em todo possível, fora da Europa as minhas preferências resumem-se aos Estados Unidos e à Austrália.

Penso que está tudo clarificado. Sei que estou em franca minoria em Portugal com o meu ranking de preferências, mas é assim que sente este Laranja, vestido de Vermelho & Verde.

04 junho, 2006

Cavaco Silva, 1 - Maioria de Esquerda, 0

 
 
CAVACO SILVA, 1 – MAIORIA DE ESQUERDA, 0

O Presidente da República devolveu ao Parlamento a lei sobre a paridade entre os géneros (que tinha como medida mais controversa a imposição de um mínimo de 33% de candidatos de qualquer um dos dois sexos nas listas candidatas à Assembleia da República, ou aos órgãos municipais.

Se não tivesse votado no Prof. Cavaco Silva com convicção, estaria agora a começar a dar por bem empregue o meu voto. Este Governo de esquerda reciclada, para disfarçar políticas económicas e sociais pouco socialistas (exceptuando o aumento da carga fiscal), tenta esquerdizar-se no plano dos costumes, esperando manter satisfeito certo eleitorado mais ideologicamente marcado e sensível às medidas sociais de natureza fracturante, para recorrer à fórmula de um antigo Secretário-Geral da JS.

As quotas para as mulheres na política são uma temática já antiga, que colhe bastantes apoios na vanguarda intelectual estabelecida na capital e não tem custos (orçamentais). Infelizmente para o PS e para Portugal, é uma má ideia: em primeiro lugar, as mulheres já são claramente maioritárias em áreas vitais como a frequência do ensino superior e ocupam lugares que poucos imaginariam há 20 anos atrás, tudo indicando que este é um trend sustentado que nos permite supor que a esfera política também irá mudar nesta área; em segundo lugar, porque as quotas lançariam um manto de suspeita de falta de mérito por parte de mulheres que hoje em dia ascendem na carreira e ocupam cargos importantes em função do seu valor técnico-profissional e não porque lhes foi disponibilizada uma benesse legal; em terceiro lugar, porque o Estado tem de permitir que as pessoas e as organizações respirem e tenham margem de manobra para evoluir dentro dos seus ritmos, capacidades e necessidades em vez de se imiscuir de forma sufocante na nossa vida diária.

Foi bom ver um Presidente da República a agir sem estar condicionado a preocupações com o politicamente correcto e a actuar fora das balizas ideológicas de uma certa esquerda cujo prazo de validade já terminou, mas que mantém o seu acesso privilegiado ao espaço mediático. A bem da política e do país, espero que o Parlamento reflicta bem sobre o destino a dar a esta embrulhada que, nem sequer responde a nenhum dos principais preocupações dos Portugueses.


03 junho, 2006

A Pipoca e o PSD

A PIPOCA E O PSD
Ouvi na Antena 1 e não acreditava. O PSD acabava de apresentar um novo projecto legislativo. Coisa forte. De arrasar! Portugal não mais será o mesmo. Aguardei expectante: o Grupo Parlamentar do PSD acabava de propor a instituição do Dia Nacional do Cão!?! Confirmei mais tarde no Diário de Notícias: o PSD propõe a criação do Dia Nacional do Cão.

Fiquei lívido! Eu até gosto de cães e tenho um, ou melhor, tenho uma cadela: a Pipoca! Mas o Dia Nacional do Cão? E porque não do gato ou mesmo do porco? Será isto o melhor que a alternativa ao poder socialista em Portugal consegue propor? Ou será uma homenagem encapotada ao grande número de Portugueses que leva uma vida de cão?

Não haverá ninguém no Grupo Parlamentar ou na Direcção do Partido que não perceba o ridículo disto? Até às férias, pelo menos, o PSD (e eu que não tenho culpa nenhuma!) vai ser alvo do anedotário nacional à conta desta ideia peregrina. Já estou a imaginar os sketches na Contra-Informação e os trocadilhos nos debates parlamentares. E a silly season ainda nem chegou!


Confesso que no fim, já nem sabia se devia ficar deprimido ou se devia ter um ataque de riso. A Pipoca, essa sim, latia de alegria, pensando que haveria um dia por ano em que eu lhe teria de oferecer um cheque-livro, perdão, um cheque-talho, para ela se poder regalar com lombinhos e escalopes no magarefe mais próximo.

 
P.S. Para cúmulo, o dia proposto assinala uma das efemérides mais importantes do século XX: o Dia D; o dia do desembarque dos Aliados Britânicos e Norte-Americanos nas praias da Normandia.

01 junho, 2006

Avaliação dos Professores

AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES


 
O cartoon é, por natureza, um exagero, uma caricatura da realidade. Este, da autoria de Bandeira e publicado no Diário de Notícias de 30 de Maio de 2006, faz-me pensar se estará para além da realidade, ou se, pelo contrário, retrata uma importante e lamentável realidade.