O IMPÉRIO ONDE O SOL (RE)NASCE
O Japão é a 2ª potência económica mundial com um PIB de US$ 4.850 biliões (2,5 vezes maior do que o da Alemanha). No entanto, desde que foi derrotado na II Guerra Mundial em 1945, que tem uma Constituição “pacifista” que lhe limita drasticamente a utilização das forças armadas (convenientemente designadas por Japanese Defence Forces). Noutro plano, o Japão viveu em crise e estagnação económica durante a última década do século XX, apresentando um caso raro de deflação e taxas de juro negativas.
Junichiro Koizumi foi Primeiro-Ministro do Japão de 2001 a 2006 e conseguiu um conjunto de sucessos notável: quebrou o domínio que os clãs e facções exerciam sobre o LPD, partido hegemónico do Japão; começou a desmontar os monopólios estatais que permitiam e fomentavam a promiscuidade e a troca de favores entre políticos e empresários; reformou o sistema bancário; ajudou a criar condições para que o Japão retomasse a via do crescimento e dinamismo económico; foi, gradualmente, rompendo o espartilho em que a política externa e de defesa nipónica vivia há mais de meio século, enviando tropas para o Iraque (non-combat missions), estreteitando mais a cooperação com os EUA, “aumentando o “defence burden-sharing”, iniciando uma nova era no reequipamento militar japonês e, embora apresentasse desculpas peos crimes de guerra japoneses na II Guerra Mundial, não se deixou ficar refém da chantagem psicológica, hipócrita e oportunista da China e da Coreia do Sul.
Shinzo Abe é o novo Primeiro-Ministro do Japão. Era o Secretário do Governo de Koizumi e tem fama (e proveito) de ser nacionalista e reformador. Dele se espera que prossiga e aprofunde as reformas económicas e políticas que devolvam ao Japão a pujança de há 20 anos atrás. Deseja-se, também, que seja bem sucedido a implementar as emendas à Constituição Japonesa, que permitam que o mundo livre possa contar com um poderoso e activo aliado numa área do globo em que os perigos e as ameaças, latentes e patentes, são de primeira grandeza.
Junichiro Koizumi (Primeiro-Ministro do Japão, 2001/2006
)
5 comentários:
Era o que já desconfiava: a tradicional fábula dos "bons" e dos "maus". As "boas" armas nucelares de uns (devem espalhar flores quando rebentam...) e as armas nucleares demoníacas dos outros. Ah! e a soberania nacional é, afinal, um conceito relativo.
És capaz de te explicar melhor?
PVM
Não são as armas nucleares que são boas ou más. Quem as detém é que pode ser mais ou menos responsável e fiável. Parece-me evidente que o Japão preenche bem estes requisitos, enquanto que a coreia do Norte é um verdadeiro perigo público. Não obstante, eu não disse que o Japão devia munir-se de armas nucleares, nem penso que seria sensato fazê-lo nesta altura. Penso, também, que que não o fará, pelo menos enquanto que a escalada de tensão e armamentista no leste Asiático não atingir patamares mais perigosos.
Eu não disse que a soberania é um conceito relativo. A capacidade de a exercer é que é variável, principalmente quando se trata da prossecução do interesse nacional e tal envolve terceiros.
Alexandra, muito obrigado pelo elogio. É simpático e motivador, mais a mais vindo de quem vem. Quanto ao resto do comment, tomei a liberdade de o copiar para o post "Reino de Portugal" de 5 de Outubro (link: http://tempos-interessantes.blogspot.com/2006/10/bandeiras-do-reino-de-portugal.html) onde estrá melhor enquadrado. Volta sempre.
Pode parecer uma posição algo "troglodita" ou até desajustada dos tempos correntes,admito-o,mas existem paises e povos (mais estes do que aqueles) que quanto menos armas tiverem...melhor.
É que o histórico não é famoso !
O Japão é um desses casos,a Alemanha outro e naturalmente que qualquer ditadura como a Coreia do Norte,o Irão,a Siria e afins,desses nem se fala.
Agora é evidente que no extremo oriente,com a ditadura chinesa armada até aos dentes e com "carne para canhão" que nunca mais acaba,com a Coreia do Norte,o Vietname (que nao se sabe bem para onde cai),um Japão militarmente forte pode ter um importante papel de equilibrio e dissuasão...pacifica.
Mas sinceramente penso que não é nesse palco,mas sim no médio oriente,que se vai jogar muito da paz e da guerra dos próximos anos.
A ver vamos.
Eu penso que o Japão da primeira metade do século XX dificilmente poderá ressurgir, but one never knows... Quanto ao resto, Luís, estou de acordo: penso que o Médio Oriente será o grande palco definidor da guerra ou paz por mais uma década.
No entanto, a longo prazo, acho que será na região Ásia-Pacífico que os grande e ddefinidores confrontos poderão acontecer, envolvendo países como os EUA, China, Japão, Rússia, Coreia, Austrália, Canadá e, talvez, o Reino Unido e a França.
Enviar um comentário