24 outubro, 2006

Na Mouche

NA MOUCHE
 
Como é habitual, o cartoonista Bandeira, do “Diário de Notícias”, acertou na mouche. O que é que fazem com o meu/nosso dinheiro? Porque é que em Portugal parece não existir aquele maravilhoso conceito Anglo-Saxónico que se designa de Accountability. Ou seja, porque é que o Estado não presta contas de forma transparente, perceptível e exaustiva? Porque é que temos a sensação/certeza de sermos explorados/espoliados/esmifrados/gamados diariamente e indecentemente?

Tal como os arrumadores com a heroína, também o Estado Português se mostra irremediavelmente viciado no nosso dinheiro. E o pior é que não se contenta com a moedinha da praxe...


Por Bandeira, in "Diário de Notícias" de 21/10/06
 
 
P.S. O eleitor que passa 4 anos a resmungar contra um governo, que acusa os políticos de não cumprirem promessas e que nas eleições seguintes se abstém, ou vota nos mesmos, também é responsável por este estado de coisas. No fundo, está a branquear a irresponsabilidade e a mentira.

4 comentários:

PVM disse...

Não, o abstencionista não é o culpado. Ou será o abstencionista obrigado a "votar com os pés" (afastando do poder o partido que o detém), nem que isso signifique uma violação da sua vontade? Onde está a liberdade de escolha (ou mesmo de não escolha)?
PVM

Rui Miguel Ribeiro disse...

Não, o abstencionista não é o culpado. O abstencionista e o que reclama e protesta e depois repete o voto, são co-responsáveis pela eternização do estado de coisas. É claro que o Estado e quem o gere é que são os culpados de se desperdiçar tanto dinheiro.
Finalmente, é óbvio que as pessoas têm o direito de votar como querem (era o que mais faltava) e também de não votar, embora pense que se trata de uma demissão de um direito e dever cívico e democrático.

Diogo Mendes Silva disse...

Este post também acertou na mouche. Especialmente o Post Scriptum!

Rui Miguel Ribeiro disse...

Obrigado Diogo.