20 outubro, 2006

O Cretino

O CRETINO
 
Gerou compreensível revolta e celeuma o arrepiante aumento de 15,7% das tarifas de electricidade para os consumidores domésticos, proposto pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos para o ano de 2007.

O Secretário de Estado da Indústria e da Inovação, António Castro Guerra, resolveu imputar aos consumidores este extraordinário aumento, “acusando-os” de aumentarem o consumo. É extraordinário! A electricidade nos anos anteriores não aumentou mais nem menos do que o previsto na lei, ou seja, ao ritmo da inflação. Aquilo que os consumidores consumiram, pagaram ao preço estipulado (que não é negociável). E agora, Sua Excelência tem a insolência de culpar os Portugueses pelos prejuízos acumulados. Provavelmente também somos culpados dos aumentos da gasolina (até foram os consumidores que exigiram novo aumento do ISP), do café (porque bebemos muitos), das portagens (porque não queremos circular por estradas antigas e congestionadas), do gás (porque não temos aquecimento a diesel), do diesel (porque não temos carros a gás) e por aí fora.

No dia seguinte, disse que teve um dia mau (acontece a qualquer um) e pediu/exigiu… paciência. Desculpas? Zero! Retratação? Nada. Arrependimento? Nenhum. Conclusão: não só foi cretino, como, provavelmente, é mesmo cretino.

5 comentários:

Luis Cirilo disse...

É !

Anónimo disse...

Definitivamente, É!!! Há tipos que só mesmo à chapada!!!
E nós que os aturemos...

Rui Miguel Ribeiro disse...

Pois bem, está eleito por unanimidade: é cretino!

Anónimo disse...

Apesar de tardio (e já com aparente unanimidade até agora)aqui vai o meu comentário.
Podem chamar-lhe cretino, mas esse era o aumento necessário!
Não pagamos agora... pagaremos no futuro... e com juros! Apenas não foi feliz na expressão usada!

Rui Miguel Ribeiro disse...

Eduardo: Saberás melhor do que eu o aumento que o preço da electricidade deverá ter. O que está em causa aqui é a petulância do Secretário de Estado, somada à sua falta de arrependimento. No entanto, também não acho correcto que essa "correcção" seja feita de uma vez: num ano em que somos espremidos de todas as formas, impôr um aumento de 16% num bem fundamental como a electricidade não me parece justo, nem tampouco razoável.