Mostrar mensagens com a etiqueta Independência. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Independência. Mostrar todas as mensagens

30 dezembro, 2017

Viurem Lliures O Morirem



VIUREM LLIURES O MORIREM*

 
Viurem Lliures o Morirem (vivemos Livres ou Morremos) era o mote e a bandeira dos Catalães na fase final da Guerra da Sucessão de Espanha, quando combatiam os exércitos de Espanha e França.


Os Catalães lá voltaram a votar e, mais uma vez, a corrente independentista saiu vencedora com maioria absoluta dos mandatos e maioria relativa dos votos. Isto apesar de toda a pressão e chantagem feitas.

As eleições na Catalunha validaram as forças políticas que estavam no poder, realizaram o referendo e proclamaram a independência. Por outro lado, infligiram uma pesada derrota a Mariano Rajoy. Quando este pensava que tinha posto as grilhetas e a mordaça nos Catalães, eis que estes votaram em quem ele não queria e reduziram o seu partido a uma expressão residual (7º lugar com 4% dos votos e 3 deputados).


Não obstante os resultados, estou muito pessimista quanto às perspectivas futuras da saga independentista catalã. Os líderes políticos da Catalunha demonstraram determinação e contenção no seu propósito, mas para enfrentar a besta castelhana é necessário também ter coragem física e capacidade de sacrifício para lhe fazer frente e resistir. Ninguém é obrigado a tê-la, mas perante a ameaça, tal é um ingrediente indispensável, especialmente na ausência de apoios externos.

É relativamente fácil dizer e é muito difícil fazer, mas há casos em que o grito "Liberdade ou Morte" é ingente.


* VIVEMOS LIVRES OU MORREMOS

28 agosto, 2015

Aljubarrota - 630 Anos

ALJUBARROTA – 630 ANOS

  

Aljubarrota, 14 de Agosto de 1385: D. João I em combate.
Iluminura de Jean de Wavrin na “Chronique d'Angleterre”


Passaram, no dia 14 de Agosto, 630 anos da gloriosa Batalha de Aljubarrota.

Nessa tarde de Verão, o Exército Português, com apoio de arqueiros ingleses, defrontou e derrotou um poderoso exército castelhano apoiado por cavalaria francesa.

Nesse dia, um Rei determinado e um General notável, à frente de um povo corajoso, deram o sangue para defender a independência de Portugal, vencendo um exército poderoso e bem mais numeroso (os inesquecíveis 1 para 5, ou 6.000 para 30.000).

Aljubarrota, 14 de Agosto de 1385: Exército Português e arqueiros Ingleses derrotando a cavalaria francesa ao serviço de Castela.
Iluminura de Jean de Wavrin na “Chronique d'Angleterre”
in British Library at

Desse dia 14 de Agosto de 1385 podemos destacar D. João I e o Santo Condestável D. Nuno Álvares Pereira pela liderança política e militar que conduziu à afirmação do Portugal soberano e à derrota da potência hegemónica estrangeira.

Estes personagens, parte da nobreza e a maioria do povo rejeitaram o conforto da resignação perante a ameaça do mais forte, preferindo correr sérios riscos em defesa da dignidade, do interesse e da independência nacionais.

Na Batalha de Aljubarrota de certa forma refundou-se Portugal e assegurou-se a independência por mais dois séculos, durante os quais se sedimentou a ideia e a realidade de Portugal como um Reino independente.

Revisitar Aljubarrota é ainda mais importante 630 anos depois, quando os valores aí defendidos e praticados se encontram cada vez mais rarefeitos nas elites hodiernas.