13 março, 2017

No Máximo, Uma Vitória Simbólica



NO MÁXIMO,

UMA VITÓRIA SIMBÓLICA



PVV – Partido da Liberdade
Dentro de dois dias, os Holandeses irão a votos. Ao contrário de muitos, não espero uma bomba eleitoral que abale a Holanda e a Europa. É evidente que uma eventual vitória do Partido da Liberdade (PVV) será um momento marcante, pois tratar-se-á da primeira vez que um partido da direita pura e dura (não, não é fascista) ganharia umas eleições legislativas na Europa desde a década de 1930. Contudo, o cordão sanitário estabelecido à volta do PVV pelos restantes partidos concorrentes, que recusam entrar numa coligação com aquele, limitará o impacto de tal vitória.

Não obstante, a ascensão do PVV e do seu líder Geert Wilders tem e terá efeitos práticos na política holandesa. A posição dura da Holanda face à atitude arrogante e prepotente da Turquia (essa sim, liderada por um partido numa rota fascizante) e a posição defendida pelo Primeiro-Ministro Mark Rutte de que os imigrantes recebidos na Holanda devem respeitar e integrar os valores holandeses, “the Dutchness”, têm um claro input do PVV e significam a adopção/aceitação de elementos da sua agenda por partidos do mainstream.

O que nos espera no dia 15 de Março na Holanda, é um novo governo de coligação com uma composição dependente da geometria eleitoral saída de umas eleições disputadas com 6 partidos colocados entre os 11% e os 16% nas sondagens com a vitória disputada entre o PVV de Gilders e o VVD de Rutte. A única novidade poderá ser a vitória simbólica do PVV e de Geert Wilders. Nada mais do que isso.

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