08 novembro, 2014

Who Are the Bad Guys?



WHO ARE THE BAD GUYS?


The Islamic State flag: the Sunni radicals.

War is a vicious thing. Accordingly, I have come to expect vicious actions to happen in the course of a war, regardless of the sides engaged in the fight. That notwithstanding, one tends to have higher expectations from the “good guys” and lower ones from the “bad guys”.

In the latest Middle East war, the “Bad Guys” award was almost unanimously given to the Islamic State. Apparently reinforcing this status, one can read the statements given to the Washington Post’s Sarah Margon* by an unsuspected Kurdish peshmerga field commander: “They don’t respect human rights, they arrest anyone,” he said. “They kill, they behead, they burn houses.”


Gruesome? Indeed. The only itch here is that this is the description of the action of Shiite militias. Yes, you read well: Shiite militias. The very ones that are supposed to be an instrumental boots-on-the-ground supplement to the Coalition’s air campaign.


The Asaib Ahl al-Haq flag: one of the radical Shiite militias

Pushing the moral questions aside, there are other serious issues at stake. Let us take a look at some common assumptions:

1- The Islamic State is jeopardising the territorial integrity, or even the survival, of Iraq and Syria. TRUE.

2- The Islamic State could spread to countries like Lebanon, Turkey, Jordan and Saudi Arabia. Actually, it already causes turmoil in the former two. TRUE.

3- The Islamic State is a brutal and unforgiving organisation characterised by its extremism and beastly behaviour. TRUE.

4- Support for the Islamic State is fuelled by the discrimination, disenfranchisement and persecution bestowed upon the Iraqi Sunnis by the Shiite-dominated Baghdad regime. TRUE.

5- Therefore, it is a vital US/Coalition objective to have a new government in Baghdad (done) and to pursue policies of inclusiveness and empowerment towards the Sunnis, acknowledging this might be the only way to actually decouple the majority of the Sunni tribes and groups form the Islamic State. TRUE.

This (unsurprising) description of this savage behaviour by the Shiite militias begs the question? What is the Coalition doing? What does it expect to accomplish?

It is clear that, if continued, this pattern will only aggravate the sectarian nature of the fight, making the Shiite forces the Islamic State’s best recruiter. And a deeply entrenched sectarian conflict will be relished by the IS, because sectarian strife is embedded at the core of its ideology and beliefs.

It is time for the United States government and its Western allies to acknowledge they are dealing with two rattlesnakes and leveraging one to strike at the other will likely bring a strong backlash in the near future.

There is a serious risk of deepening and perpetuating the sectarian hatred which will result in an ever more divided Iraq, with the Islamic State wreaking havoc in the North and the West, plus in neighbouring states, and the Shiite assuming even more absolute control of the central state and increasing its dependence on Iran.

The Middle East wars currently rage to the beat of the Sunni-Shiite confrontation and the Saudi-Iranian rivalry. The United States opted for the easy target (the IS) but she will in time find out that fighting the Sunnis with the help of the Shiites in Iraq and fighting the Shiites with the help of the Sunnis in Syria is an impossible balancing act. Especially when the Bad Guys abound and there is a severe shortage of Good Guys.



* “The Washington Post”, For Iraq’s Sunnis, sectarian militias pose an extra threat at http://www.washingtonpost.com/opinions/for-iraqs-sunnis-sectarian-militias-pose-an-extra-threat/2014/10/24/ed53540e-5b75-11e4-b812-38518ae74c67_story.html


4 comentários:

Joaquim de Freitas disse...

Pobre Portugal ... Não tem um euro para fazer cantar um cego, e joga "aos grandes" na fronteira russa , com os F16 , com a protecção do Tio da América ! Os russos tiverem muito medo dos pilotos Portugueses! Bastou um contacto visual para que regressassem imediatamente donde vinham : 600 metros mais longe, do enclave russo de Kaliningrado....

O IL-2O russo fazia na sua fronteira, exactamente o que fazia o piloto americano Powers a bordo do seu U-2 por cima da Rússia em 1977 : obter informações!

Pobre Portugal, que para poder vender os seus 12 velhos F16 a mais pobre que ele, a Roménia, precisou da autorização dos mestres, os EUA ....

Esta historia faz-me pensar nos anos da guerra em Guimarães, tinha eu 15 anos, quando via, aos domingos, encostados à muralha do Toural, homens do povo fazer engraxar os sapatos a outros homens do povo, mas mais pobres que os engraxadores ! Só que, por vezes, as solas dos sapatos estavam furadas mas não havia dinheiro para mandar deitar meias solas!!!!


Mas, se retirassem as quimeras aos homens, que prazer lhes restava?

Joaquim de Freitas disse...

Boa analise, Senhor Rui Miguel Ribeiro! Exactamente isso. Essa política estrangeira a geometria variável de Obama, custou-lhe a maioria no Senado e no pais.

Mas a história foi Bush, pai e filho que a começaram. O sonho da hiper potência de dividir o Iraque em três zonas, que já existem de facto, ou de o confiar a um regime forte, por exemplo um novo Saddam ( mas pró americano) fracassou completamente. Foi o gigantesco fracasso dos EUA. Uma aventura neo-colonial que deu para torto! Um fiasco que, primeiro o Iraque e os Iraquianos, mas também o mundo inteiro, não estão prestes de acabar de pagar.

Os EUA "missed every thing" no Iraque. All wrong!

Creio que é o drama mais terrível da história do Ocidente ( sim do Ocidente, porque nos Açores havia muita gente!) . Antes de passar a corda no pescoço de Saddam, recordemos as fotos de Donald Rumsfeld e do Pai Bush recebidos braços abertos por Saddam. O Ocidente visitava facilmente Saddam. Mesmo o mundo Árabe, os reis e reizinhos da época. Estes encontros foram filmados e fotografados, mas dos quais os habitantes do Missouri ou do Kansas nunca ouviram falar.

Saddam já era um bom cliente do Ocidente, para os produtos químicos. Que a Alemanha, O Reino Unido e os EUA forneciam e eram pagos em dólares ou em petróleo. Não se falava ainda das AMD. ...

Anos mais tarde, vimos George Bush pegar na corda à volta do pescoço de Saddam. Um criminoso que segura a corda doutro criminoso. Mas não pelas mesmas razoes.

Saddam, na base do direito internacional tinha razão: a corte que o julgou estava sob influência estrangeira pois que o pais estava sob ocupação estrangeira. Indiscutível.

Bush , em contra partida, mentiu ao mundo inteiro, no templo dos valores da Democracia : a ONU. As AMD, os frasquitos de Colin Powell, estavam vazios!

Hoje, o drama é pior. O Senhor Professor explica-o muito bem: O Próximo e Médio Oriente que conhecemos desaparece todos os dias. A Síria e o Iraque atingiram o ponto de "non retour". A Jordânia e o Líbano estão ameaçados. O Iémen será um novo Iraque. Daesh não será destruído.
O problema não é de destruir Daesh no terreno de batalha, de o afastar de Kobané ou de Bagdade. A evolução política recente desde a invasão americana de 2003 passando pela guerra civil síria, tudo isso plantou os germes da violência e da divisão para, pelo menos duas gerações, entre as confissões e etnias diferentes: chiitas, sunitas, curdos, wahhabitas, djihadistas.
Assistiremos à decomposição dos Estados e ao seu regresso a uma espécie de tribalismo.

O tribalismo, o etnicismo e o confessionalismo são os três motores de Daesh. Criar o caos, destruir o Estado e semear o ódio entre comunidades na base das religiões! Se necessário , com muito sangue. E enfim, a tomada do poder. A vingança e contra -vingança. Isto é a norma cruel . Assim, após cada atentado, há o .... atentado!

A desumanização do individuo não corresponde à visão do Islão, mas aqui o Islão é instrumentalizado politicamente para aceder ao poder.

Merci l'Amérique. Vivemos Tempos ...Perigosos !

Cumprimentos

Freitas Pereira

Joaquim de Freitas disse...

Sorry : Pus o comentário precedente no "post" errado. Mil desculpas, Senhor Rui Miguel.

Rui Miguel Ribeiro disse...

Não há problema Sr Joaquimd e Freitas.
Eu também acho que o Médio oriente como o conhecemos corre perigo de dissolução. Já escrevi este ano vários posts que a isso aludem.
Como diz e bem, o problema não é apenas o Estado Islâmico que medra num terrno que lhe é favorável mas que não inventou. Como já disse antes. Nouri Al-Maliki foi o melhor recrutador e dinamizador que o EI poderia ter arranjado. E essas milícias xiitas continuam o seu trabalho.
Podemos dizer que os extremistas de ambos os lados e alguns outsiders se vão alimentando mutuamente. DE sangue e violência...