31 janeiro, 2013

Cameron Turning Tables

CAMERON TURNING TABLES

 
 
United Kingdom’s Prime Minister David Cameron’s with his speech on Europe last week seems to have turned the tables on most if not all of his domestic political opponents.

Let’s check:

Labour: The opposition is in a quandary. Actually, Labour is in a loose-loose situation. If it opposes Cameron’s plan, it will run counter the feelings of most British people who feel they’ve got too enmeshed in the and by the EU. If it goes along with Cameron, it will be reduced to the role of chaperon and unable to effectively oppose the ruling party.


Liberals: If the Liberals were not able to influence the Conservatives stance on this issue in 2013, now that they are a coalition partner, their leverage in 2015 should be close to naught, since it is a statistical improbability that there will be another hung-Parliament. Furthermore, it is hard to oppose a referendum, even if you hate the eventual consequences.


UKIP: Well, the best they could come up with was a question of timing: 2015 is too late. I do not think that the electorate will give much importance to that. Actually, this referendum hangs like a death sentence over the UKIP. If Cameron can present to the electorate a palatable relationship between London and Brussels (or Berlin) and win the vote, half of UKIP’s platform will be null and void….


Conservative backbenchers: This lot is outright happy. And so is David Cameron who guaranteed a fully unified Conservative Party heading for the election.


David Cameron’s speech was a smart and well-timed move that should help him secure a more robust victory in the next election. However, certain ifs must materialize for the plan to be fully successful:


1-   The British economy must improve.

2-   He must reach a decent and substantial arrangement with the EU.

3-   He will have to prevail in the referendum.


If David Cameron can pull this off, he will go down in History. If he does not, he risks going down… the drain.

22 janeiro, 2013

E Se Acabássemos Com as Reformas?

E SE ACABÁSSEMOS COM AS REFORMAS?

 
Ponto prévio 1: as reformas são algo a que temos direito. Descontamos toda uma vida de trabalho e temos direito a elas. Pouco importa se o dinheiro das nossas reformas advém dos nossos descontos, dos nossos pais ou dos nossos filhos. Descontamos, ponto.


Ponto prévio 2: os descontos e, consequentemente, as reformas, não são escolha nossa. São-nos impostos pelo Estado. O montante, a forma e a consequência, tudo resulta do exercício do poder coercivo do Estado.


Ponto prévio 3: está claro aos olhos de todos que o Estado não pode e não quer pagar e não paga mesmo as reformas a que os reformados actuais têm direito. E fá-lo no exercício unilateral e arbitrário do seu império.

O que resulta desta análise prévia?

Resulta que:

1-   Descontamos para que nós, os nossos familiares, os nossos concidadãos possam usufruir de um conjunto de apoios sociais, maxime as reformas.

2-   O Estado, que nos obriga a fazer esses descontos, não quer ou não pode cumprir a sua parte do pressuposto do desconto que é a posterior compensação.

3-   Fazemos figura de otários, pagando por algo que cada vez menos recebemos até ao ponto em que deixaremos de receber.

4-   Ainda somos maltratados por um energúmeno que lidera (?) o governo e que ataca verbalmente os pensionistas como se eles roubassem o Estado e como se receber uma reforma de 1350 ou 2000 euros fosse uma ofensa e um absurdo.


Perante este cenário, pergunto:
 
Não seria melhor abdicarmos de receber as reformas que porventura nunca receberemos?
 
Não seria melhor deixarmos de descontar e ficarmos entregues a nós próprios neste âmbito?
 
Vantagens:
 
1-   Teríamos mais rendimento disponível mensalmente.

2-   Deixaríamos de atirar tanto do dinheiro ganho com o nosso esforço para esse sorvedouro sem fundo que é o Estado.

3-   O governo ficava livre desse encargo com as reformas. Teria, é claro, o inconveniente de passar a ter menos oportunidades de roubar os cidadãos.

4-   O governo poderia aliviar substancialmente a máquina burocrática estatal e, consequentemente, a prazo, a despesa.

5-   Cada um poderia planear e dimensionar a sua reforma como lhe aprouvesse, ciente de que o seu futuro dependeria da sua competência a executar tal tarefa.

6-   Todos faríamos um pequeno desconto para a Segurança Social (2%/3%) para que o Estado pudesse dar apoio àqueles mais desprotegidos e vulneráveis que não tivessem comprovadamente meios para o fazer por si mesmos.

Et voilá!

Mais dinheiro na carteira.

Mais responsabilidade.

Menos interferência/incompetência/irresponsabilidade/má-fé estatal. Mais certeza e escolha sobre o que, o quando e o como receberemos.

Sem Reformas. Sem Descontos.

18 janeiro, 2013

Tempos Interessantes 2012


TEMPOS INTERESSANTES 2012

Pelo segundo ano consecutivo e em contra-ciclo com o clima económico, social e político recessivo de Portugal, o “Tempos Interessantes” registou um enorme acréscimo de visitas. Na verdade, TRIPLICÁMOS de 2011 para 2012: de 16.827 para 48.351!!!


Foi um ano impressionante:

* 11 meses de 2012 tiveram mais visitas que o melhor mês de 2011.

* 6 países ultrapassaram as 1000 visitas acumuladas (2 em 2011).

* 16 países ultrapassaram as 100 visitas acumuladas (8 em 2011).

* 94 países e 5 territórios dos 5 continentes constam da lista de visitantes.

* 10.000 visitas oriundas do Brasil.

* 317 visitas no dia 17 de Outubro.

* 106 dias consecutivos com mais de 100 visitas (17 de Setembro a 31 de Dezembro) e que se prolonga até hoje (124 dias).

Eis a evolução mensal:

Janeiro -              2043
Fevereiro -            3084
Março -                3323
Abril –                  3488
Maio -                  4584
Junho -                4134
Julho -                 3532
Agosto -                2644
Setembro -           3552
Outubro –            6707
Novembro -          5869
Dezembro -          5391

TOTAL -               48.351 (16.827)

ACUMULADO -    68.087 (20.025)           »»» + 240%


Finalmente, a distribuição geográfica das visitas (entre parênteses os valores em 31/12/2011):


1-   Portugal              45814 (13652)   »»» + 236%

2-   Brasil                 11475 (3037)     »»» + 278%

3-   EUA                    2045 (477)          »»» + 329%

4-   França                 1604 (692)          »»» + 132%

5-   Alemanha            1150 (374)          »»» + 207%

6-   Rússia                 1001 (200)          »»» + 400%

7-   Holanda               664 (319)            »»» + 108%

8-   Reino Unido       655 (279)            »»» + 135%

9-   Itália                    338

10- Ucrânia              249

11- Israel                 193

12- Angola               145 (59)              »»» + 146%

13- Suécia               120

14- Suíça                 108 (28)              »»» + 286%

15- Austrália           105

15- Canadá              105

17- Japão                 95
18- Polónia               94
19- Dinamarca         89
20- Noruega              84
21- Coreia do Sul     79
21- Burundi             79
23- Irão                     78
24- Tailândia            68
25- Índia                   59


O “Tempos Interessantes” continuou a crescer e isso deve-se a si. A vocês todos. Bem Hajam!

 
P.S. A “frustração” com o menor nº de comentários foi parcialmente superada em 2012, ano em que se assistiu a um incremento dos ditos e a algum debate. Para 2013 gostávamos de ter muitos mais….

09 janeiro, 2013

De Cócoras

DE CÓCORAS

Já se sabia que o país está de cócoras, ou melhor, que os governos de Portugal (o actual e o anterior) se tinham posto de cócoras. Era, contudo, escusado fazê-lo de forma tão acintosa.

Ciente de que a despesa pública tem de ser cortada, nem vou discutir aqui e agora os méritos e deméritos da receita do FMI.

Agora pergunto, que espécie de governo é este que recebe recados, instruções, indicações e palpites de tudo quanto é funcionário e burocrata de 1ª, 2ª e 3ª linha de instituições internacionais?

Por alma de quem é que este governo miserável precisa de se rebaixar ainda mais e pedir ao FMI que lhe dê a cartilha dos cortes?


Para que servem os políticos e os funcionários indígenas, se têm que ser uns técnicos estrangeiros a discernir quanto é que deve/pode ganhar um coronel ou um cirurgião?


Para que servem os órgãos de soberania e a administração pública se são organizações internacionais que vêm dizer que se corte x% na educação, y% na segurança social e z% na administração interna?


Q: Quem são, então estes políticos e estadistas que nos governam?


R: Ah! Não são políticos. Tampouco são estadistas.


Q: Insisto, quem são? Tenho direito de saber!


R: Se não sabes, eu digo-te. Não têm coluna vertebral. Não fazem ideia do que é o interesse nacional. Ignoram o sentido de estado. Desconhecem o conceito de bem comum. Agem como marionetas. Rapinam as carteiras e devoram as almas. Vivem de cócoras para o exterior. Mas espezinham os cidadãos.


Q: Mas que seres desprezíveis são esses?

R: São vermes. São uns meros vermes.

03 janeiro, 2013

A Encruzilhada/Alhada do CDS

A ENCRUZILHADA/ALHADA DO CDS

 

 
O CDS-PP está numa encruzilhada. Com mais propriedade, poderia mesmo dizer que está numa alhada.


O CDS está no governo. O CDS quer estar no poder. O CDS é vítima de bullying no governo. O CDS quer cada vez menos estar neste governo.


O CDS está no governo. Está. Mas às vezes põe um pé de fora e faz de conta que sai. Depois recolhe o pezito e volta para dentro. Mas há sempre algo ou alguém que se põe de fora. Isto significa que o CDS não está de corpo inteiro no governo.


O CDS quer estar no poder. Pois, todos os partidos querem, mas o CDS é o único, para além do PSD e do PS que tem aspirações verosímeis a lá estar. E os partidos existem para, em última instância, exercerem o poder e aplicarem o seu projecto. E os partidos precisam do poder para sustentar e aumentar a sua estrutura de apoio, assim alargando e consolidando o seu poder. Para um partido que esteve no poder 9 dos 38 anos da III República, estar no poder é particularmente importante.


O CDS é vítima de bullying no governo. Os episódios em que Passos Coelho desrespeita o CDS e aqueles em que Gaspar faz o mesmo aproveitando a subserviência do Primeiro-Ministro e usando da sua própria arrogância, são recorrentes. Se Paulo Portas ainda for o mesmo de antanho, o momento chegará em que a vingança será servida; de preferência fria e com requintes de malvadez.


O CDS quer cada vez menos estar neste governo. Não admira: este governo, mais exactamente o quarteto Coelho-Gaspar-Álvaro Pereira-Mota Soares é um desastre nacional e político. Cada um deles pugna por medidas mais punitivas para os cidadãos, cada um deles foge o mais que pode aos compromissos com o eleitorado e cada um deles tem menos qualidade e sensibilidade política do que um rinoceronte branco. Dado que o governo é um navio à deriva, metendo mais água que o Titanic, não é preciso ser rato para se querer abandonar o barco. Se a isto adicionarmos o referido bullying e a impopularidade galopante do governo e das suas políticas, não é difícil perceber a crescente vontade que o CDS sentirá em ir embora.


O CDS está, portanto, numa encruzilhada: sai ou fica? A vontade e o instinto de sobrevivência impelem-no para a saída. As circunstâncias amarram-no a ficar.


É aqui em que a encruzilhada se torna uma alhada. A alhada em que o CDS se meteu ao entrar para o governo com esta comandita e a alhada que será (é) libertar-se disto.


Penso que a saída do CDS do governo dependerá de duas coisas: encontrar o timing certo e o pretexto convincente. Um pouco como na guerra, é vital, por motivos tácticos e operacionais, encontrar o timing asado para maximizar ganhos e minimizar perdas. E tal como na guerra, o motivo ou o pretexto é importante para mobilizar as tropas e convencer os indecisos. Se o pretexto nos for dado, é mais fácil. Contudo, um bom general também deverá ser capaz de o encontrar, ou inventá-lo, se necessário for.


Aguardemos pois, o que fará o CDS quando se der a conjugação do timing e do pretexto/motivo.