UN FRANÇAIS DIFFÉRENT
George W. Bush e Nicolas Sarkozy na Casa Branca.
in "Libération" http://www.liberation.fr/
Um político francês a visitar New York e Washington, a elogiar os EUA e o Presidente George W. Bush, a declarar-se amigo de Israel e defensor do seu direito a defender-se do “agressor Hezbollah”, a qualificar o Irão como uma nação “fora-da-lei” e considerar “teatral e estéril” a confrontação com os Estados Unidos sobre o Iraque protagonizada pelos Presidente da França e Primeiro-Ministro de França, Jacques Chirac e Dominique de Villepin, respectivamente, parece ser ficção científica.
Tratando-se do líder da UMP, o principal partido francês, e Ministro do Interior de França, parece algo a raiar a alucinação.
No entanto, é verdade. Trata-se de Nicolas Sarkozy, o mais que provável candidato presidencial da direita francesa nas eleições de 2007.
Das duas uma: ou se trata de uma grande jogada pré-eleitoral, o que não é impossível mas não é óbvio dado o tradicional anti-americanismo francês; ou então, Monsieur Sarkozy é efectivamente diferente e poderá ser um raio de esperança de que a França possa, finalmente, ter uma política externa e de segurança à altura da sua dimensão e importância internacional, que é grande, mas não é a mesma do tempo de Richelieu, Luís XIV, ou Napoleão.
Vamos esperar para ver, mas ter a França sem pejo de alinhar pelos interesses ocidentais, mesmo que isso implique estar no mesmo barco dos Anglo-Saxões e deixar-se de grandiloquências e arrogâncias despropositadas, seria uma boa novidade para 2007. On verra!
P.S. Un Français Déjà Vu: Jacques Chirac, mais de duas semanas depois do fim do prazo imposto (?) pelo Conselho de Segurança ao Irão para parar as actividades de enriquecimento de urânio, propôs que o assunto não regressasse ao CS da ONU e fosse prosseguida a via negocial, assim rompendo a frente unida que, até agora, EUA, Reino Unido, Alemanha e França vinham mantendo em relação a Teerão. Já lá vão 11 anos de poder e Chirac vai ser assim até ao fim: arrogante, desastrado, inconsequente, sempre diferente, sempre pior.
Tratando-se do líder da UMP, o principal partido francês, e Ministro do Interior de França, parece algo a raiar a alucinação.
No entanto, é verdade. Trata-se de Nicolas Sarkozy, o mais que provável candidato presidencial da direita francesa nas eleições de 2007.
Das duas uma: ou se trata de uma grande jogada pré-eleitoral, o que não é impossível mas não é óbvio dado o tradicional anti-americanismo francês; ou então, Monsieur Sarkozy é efectivamente diferente e poderá ser um raio de esperança de que a França possa, finalmente, ter uma política externa e de segurança à altura da sua dimensão e importância internacional, que é grande, mas não é a mesma do tempo de Richelieu, Luís XIV, ou Napoleão.
Vamos esperar para ver, mas ter a França sem pejo de alinhar pelos interesses ocidentais, mesmo que isso implique estar no mesmo barco dos Anglo-Saxões e deixar-se de grandiloquências e arrogâncias despropositadas, seria uma boa novidade para 2007. On verra!
P.S. Un Français Déjà Vu: Jacques Chirac, mais de duas semanas depois do fim do prazo imposto (?) pelo Conselho de Segurança ao Irão para parar as actividades de enriquecimento de urânio, propôs que o assunto não regressasse ao CS da ONU e fosse prosseguida a via negocial, assim rompendo a frente unida que, até agora, EUA, Reino Unido, Alemanha e França vinham mantendo em relação a Teerão. Já lá vão 11 anos de poder e Chirac vai ser assim até ao fim: arrogante, desastrado, inconsequente, sempre diferente, sempre pior.
6 comentários:
Se Sarkozy continuar com estas ideias é bom que seja o próximo Presidente d França. Seria bom para a Europa.
"Se Sarkozy continuar"! Voilà le problème Cher Monsieur. Sarkozy muda de orientaçao cada dia que passa, segundo as necessidades. Antes de ontem Chiraquien, ontem Balladurien, hoje ele mesmo. Amanha veremos, mas se a dimensao presidencial tiver de ser adquirida num aperto de mao de Bush na Casa Branca, os Franceses nao apreciarao. Mesmo alguns dos amigos do "seu" partido UMP discordam.
Infelizmente essa "flutuação" ideológico-política banaliza-se nos jogos dos interesses pessoais actuais. Mesmo assim, acredito que Sarkozy será bem nelhor do que Chirac. Convenhamos que também não é muito difícil...
Corresponde à definiçao dum politico Francês da 4° Républica, Edgar Faure, creio, que disse um dia àqueles que lhe chamavam catavento, (mudava de opiniao todas as semanas ), que na realidade era o vento que mudava e nao ele.
Os politicos de hoje pagam caro essa tendência, pois muitos cidadaos preferem nao votar.
A democracia e finalmente a sociedade também perdem.
E de que maneira! A descredibilização da política e dos políticos e o desinteresse dos eleitores pode significar, a prazo o definhamento da Democracia.
Fantastic! Mensagem Nice, sind meine Blog número 1!
diablo 3 gold
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