REGRESSO A BEIRUTE
A sequência das explosões que semearam a destruição na capital do Líbano.
in “Asia Times” em https://asiatimes.com/2020/08/nh4-nitrate-lurked-years-before-shattering-beirut/
A estrondosa explosão de Beirute ocorreu há dois meses e meio e, naturalmente, já há bastante tempo que desapareceu dos radares dos mass media.
Volto ao tema devido a um texto publicado pela BBC acerca de um estudo sobre a potência da explosão, realizado pela Sheffield University.
A estimativa apurada da potência está entre as 500 toneladas de TNT e as 1.100 toneladas de TNT (1.1 kilotoneladas). A bomba atómica lançada em Hiroshima gerou uma explosão a ordem das 13-15 kilotoneladas de TNT, o que significa que a explosão das 2.750 toneladas de nitrato de amónio equivaleram a cerca de 5% da que eclodiu no Japão em 6 de Agosto de 1945.
O Dr. Sam Rigby da Sheffield’s Blast and Impact Engineering Research Group coloca a explosão de Beirute numa espécie de “no-man’s land” entre as armas convencionais e as armas nucleares, sendo que foi 10 vezes mais potente do que aquelas e 10 a 20 mais fraca do que estas.
A explosão de Beirute ficará na História como um episódio record, no Top 10 das mais poderosas explosões acidentais causadas pelo homem e como a maior explosão não-nuclear do século XXI. Do presente, fica um tremendo rasto de morte, vítimas, destruição e miséria.
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