“PERDER PAU E BOLA”
Suponhamos que eu, ou algum dos leitores de Tempos Interessantes, tem um crédito de 750 milhões de Dólares (US$).
O devedor está disponível para entregar essa soma ao credor.
Já o credor recusa-se a receber o dinheiro.
O dito credor, como não quer receber aquilo a que tem direito, pede ajuda financeira a terceiros.
Nós não somos os protagonistas, mas a substância é verdadeira. O autor da proeza é o inefável Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestiniana (AP), que é hoje um ser amorfo, instalado, incapaz de gerir com competência a AP e de articular uma política externa credível e exequível.
Porquê é que isto está a acontecer?
A AP decidiu recusar receber os impostos colhidos por Israel e pertencentes por direito aos palestinianos, isto devido ao anúncio do Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de anexar partes da Cisjordânia. Portanto, Abbas resolveu acrescentar a um problema (perder algum território), um outro que é o de ficar teso.
A EU que já doou uns substanciais US$ 3.3 biliões à AP entre 2008 e 2020, entregou-lhe no passado mês de Julho US$ 27 milhões para liquidação de salários. Entretanto, vários países como o Reino Unido, França, Alemanha, Noruega e a própria união recusaram-se a prestar mais auxílio enquanto Abbas não aceitar o dinheiro de Israel.
No entanto, Abbas continua a recusar, pelo menos enquanto Netanyahu não lhe enviar um papelinho a dizer que não vai alargar o território de Israel, o que não vai acontecer.
Temos, portanto, o velho Abbas em modo de birra, a bater o pé e arriscando não receber nem de uns, nem de outros. É o que se chama “perder pau e bola”!
Vamos a ver se os palestinianos que vão ficar sem salários irão tolerar as birras de um líder inútil, ultrapassado e rabugento.
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