BOMBAS DE BRUXELAS
Destruição no
aeroporto de Bruxelas após o atentado do Estado Islâmico
de Março de 2016.
Temos vivido o período das
bombas de Bruxelas. As que aí
explodiram em Março, as que explodiram em Paris em Novembro, as que lá terão
sido feitas, as que não explodiram e as que ainda poderão vir a explodir.
Nestas alturas em
que há atentados, seguidos por grandes eventos que movimentam massas e media,
como o Campeonato da Europa, o Tour de France, ou os Jogos Olímpicos, as
pessoas interrogam-se: Porquê? Quantos? Onde e como será a seguir? E ainda se
procuram e apontam responsáveis e culpados, sendo que a Bélgica emerge como
alvo preferido.
Deixemos por
agora este último aspecto, até porque se havia uns Belgas, outros havia que não
o eram mas viviam lá, mas também havia Franceses e já os houve Britânicos,
Espanhóis e outros, sendo que quase todos (ou mesmo todos), têm origem no
Magrebe, no Médio Oriente, ou no Sul da Ásia.
Vamos, então, ao
porquê.
Ao contrário da
Al Qaeda, o Estado Islâmico (IS) quando
iniciou a sua última ascensão no final de 2013 e ao longo de 2014 quando
proclamou o Califado, esteve sempre focado na sua implantação e expansão
territorial no Médio Oriente. Nos teatros da Síria e do Iraque desencadeava o
fulcro das suas operações, fossem elas de índole terrorista, insurgência, ou
até de guerra convencional. Ocasionalmente levava a cabo ataques
terroristas em países próximos como o Iémen (onde se viria a implantar), na
Arábia Saudita e no Kuwait. É verdade que a retórica do IS incluía ataques ao
Ocidente, mas não ia além disso.
Embora não seja
um facto agradável de se notar, mas os ataques do IS no Ocidente começaram uns
meses após a intervenção dos Estados Unidos, da França, do Reino Unido e de outros
contra o IS, primeiro no Iraque e depois também na Síria. Similarmente, o
atentado que fez explodir o avião russo sobre o Sinai, ocorreu um mês após o
início da intervenção da Rússia na Síria.
Coincidência? Talvez
não. Eu não sou muito dado a este tipo de coincidências e, na verdade não acho
que se trate de coincidência.
Acossado nas suas áreas
de eleição, o Estado Islâmico despoletou e depois intensificou o0s ataques terroristas
na Europa, nos EUA e na Turquia. Ao contrário das couves e dos chocolates, as
Bombas de Bruxelas poderão ter origens e motivações mais longínquas Os factos parecem
apontam para que as Bombas de Bruxelas venham na esteira das Bombas de
Fallujah, Raqqa, Mosul e Palmira.
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