05 janeiro, 2014

Eusébio - A Lenda

EUSÉBIO – A LENDA


Vinha de carro a caminho de casa quando sintonizei a TSF e ouvi José Augusto lamentar a morte do Eusébio. Foi um choque. Confesso que fiquei emocionado.

Chegado a casa, enviei um SMS ao João Carlos, meu grande amigo e fervoroso Benfiquista: “O nosso Eusébio morreu!”

A mensagem foi espontânea, mas traduz o sentimento de muitos: o Eusébio é nosso. É da família, é claro; é do Benfica, obviamente; é de Portugal, certamente; e é também do mundo, do mundo do futebol, porque essa é a dimensão de Eusébio.


Não conheci Eusébio pessoalmente, mas o meu Pai teve mais sorte que eu. No final dos anos 70, encontrou-se com o Eusébio num evento da Adidas em Munique. Em conversa, o meu Pai disse-lhe que o filho mais velho era um adepto fanático do Benfica. Sensibilizado, Eusébio entregou-lhe uma fotografia dele com a sua segunda Bota de Ouro, com dedicatória e autógrafo para mim. Hoje é a minha vez de retribuir de forma singela, publicando a fotografia, cortesia de Eusébio, prenda do meu Pai.


Em bom rigor, já sou da geração pós-Eusébio, mas ele está intrinsecamente ligado ao meu “despertar” para o futebol:

* O primeiro jogo de que tenho memória de ver na televisão foi a final da Taça de Portugal de 1971/72, na qual Eusébio fez um hat-trick que deu a Taça ao Benfica (3-2 ao Sporting).
* O primeiro jogo que vi ao vivo, no Estádio Municipal de Guimarães, Eusébio alinhou no onze encarnado. Dessa vez não marcou nenhum golo, embora o Benfica tivesse vencido por 1-2.

Para mim, Eusébio foi um jogador fabuloso que conjugava velocidade, técnica, potência, incrível capacidade de remate e faro pelo golo. Para além disso, era um jogador com muito fair-play, humildade e respeito pelos adversários. Finalmente, jogava com grande amor à camisola, fosse a do Benfica ou a de Portugal, sentimento imortalizado nas lágrima vertidas após a meia final de Wembley no Mundial de 1966 com a Inglaterra.

As instituições são maiores do que as pessoa que as integram e não há insubstituíveis, são duas afirmações recorrentes e genericamente correctas.

Não obstante, não me custa reconhecer que, sendo o Benfica grande ainda antes do Eusébio, não seria tão grande como é hoje se não tivesse vindo o Eusébio.

Isto não empequenece o Benfica de forma alguma, mas coloca Eusébio num patamar elevadíssimo: além da glória individual que vários atingem, catapultou o próprio clube para uma dimensão diferente.

Houve o Santos de Pelé, houve o Ajax de Cruijff e houve o Benfica de Eusébio.

EUSÉBIO PARTIU, MAS A LENDA DO PANTERA NEGRA PERDURARÁ PARA SEMPRE.

OBRIGADO POR TUDO EUSÉBIO.




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