VITÓRIA PÓSTUMA
BENAZIR BHUTTO em 1999.
Fotografia retirada do site da BBC News at http://news.bbc.co.uk/
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As eleições no Paquistão correram muito bem. Em primeiro lugar, os partidos mais laicos e democráticos venceram. Em segundo lugar, os Islamitas foram derrotados por larga margem, cedendo mesmo nos Territórios do Noroeste. Em terceiro lugar, não houve a eclosão de violência que muitos previam.
A vitória do PPP é, simbolicamente, uma vitória póstuma de Benazir Bhutto. No entanto, o PPP não pode contar com a sua liderança carismática e terá de encontrar alguém com a competência, firmeza e honestidade para levar a cabo a promessa de “mudar o sistema”, ou seja: trazer desenvolvimento económico e social para os Paquistaneses; combater de forma efectiva os radicais islâmicos, mormente os Taliban e a al-Qaeda; combater a corrupção; reduzir o peso político das forças armadas.
Para isto, o ano de 2008 será crucial. Estas eleições depositaram nas mãos dos vencedores um enorme capital de esperança que não pode ser desbaratado. Se a coligação que vier a compor o governo (já foi anunciado um acordo de princípio entre o PPP de Bhuto e o PML-N de Nawaz Sharif), aproveitar o ímpeto eleitoral para desencadear as reformas e as medidas de que o Paquistão carece, dentro de dois anos poderemos ter um Paquistão e um Afeganistão melhores e mais seguros.
Não demorará muito para começarmos a saber se prevalece a tradição caótica e auto-fágica dos partidos paquistaneses, ou se, pelo contrário, a gravidade da situação vai impeli-los para um novo rumo. Se for este o caso, talvez o martírio de Benazir não tenha sido em vão.
A vitória do PPP é, simbolicamente, uma vitória póstuma de Benazir Bhutto. No entanto, o PPP não pode contar com a sua liderança carismática e terá de encontrar alguém com a competência, firmeza e honestidade para levar a cabo a promessa de “mudar o sistema”, ou seja: trazer desenvolvimento económico e social para os Paquistaneses; combater de forma efectiva os radicais islâmicos, mormente os Taliban e a al-Qaeda; combater a corrupção; reduzir o peso político das forças armadas.
Para isto, o ano de 2008 será crucial. Estas eleições depositaram nas mãos dos vencedores um enorme capital de esperança que não pode ser desbaratado. Se a coligação que vier a compor o governo (já foi anunciado um acordo de princípio entre o PPP de Bhuto e o PML-N de Nawaz Sharif), aproveitar o ímpeto eleitoral para desencadear as reformas e as medidas de que o Paquistão carece, dentro de dois anos poderemos ter um Paquistão e um Afeganistão melhores e mais seguros.
Não demorará muito para começarmos a saber se prevalece a tradição caótica e auto-fágica dos partidos paquistaneses, ou se, pelo contrário, a gravidade da situação vai impeli-los para um novo rumo. Se for este o caso, talvez o martírio de Benazir não tenha sido em vão.
Paquistão – Mapa do International Crisis Group
1 comentário:
Bem merece a Benazir que o Paquistão progrida economica, polítrica e socialmente, mas seria seguramente mais fácil com ela.
Cristina
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