11 outubro, 2011

A Madeira é um Jardim

A MADEIRA É UM JARDIM



O establishment dos comentadores políticos e económicos nacionais, cultores indefectíveis do politicamente correcto e que, consequentemente debita as verdades politicamente correctas de cada momento, odeia Alberto João Jardim.

Odeia-o porque ele é politicamente incorrecto, não lhes presta vassalagem, nem subserviência, aliás entretém-se a achincalhá-los e depois ainda tem o descaramento de ganhar eleições. Para ser mais exacto, ganha as eleições todas!

Alberto João Jardim


Devo dizer que não sou “Jardinista”. Não sou adepto do registo e não gosto das ocasionais e oportunistas tiradas anti-patrióticas e da linguagem vernacular. Mas reconheço-lhe qualidades. A qualidade de fazer obra e de ter modernizado a Madeira (sim, não gosto do buraco financeiro, mas a ele, pelo menos, corresponde muita obra visível e palpável, outros buracos há em troca dos quais não se vê coisa nenhuma). A qualidade de ser uma máquina de ganhar eleições. E a qualidade de dizer muitas verdades, das tais que arrepiam os comentadores instalados, que muito poucos ousam dizer.

Dito isto, dá um certo gozo ver a azia dos jornais ditos de referência no dia de ontem. O PSD e Jardim ganharam pela enésima vez com maioria absoluta na Madeira, mesmo perdendo votos e mandatos. O CDS conseguiu um resultado histórico (17%), mais do que triplicou a votação e tornou-se o 2º maior partido da Madeira. O PS levou um banho eleitoral, descendo para o 3º lugar. O PCP perdeu votos e ficou reduzido a 1 deputado. O BE foi varrido do mapa.

E quais foram os títulos dos jornais? “Público”: “Jardim obtém a mais pequena maioria de sempre na Madeira”. “Diário de Notícias”: “A vitória mais magra de jardim em 33 anos”. Ah, se a azia pagasse imposto….

Para um homem de direita como eu, dá-me uma enorme satisfação ver os resultados das eleições da Madeira: PSD em 1º com maioria; CDS em 2º. A esquerda socialista, stalinista e trotskista reduzida à expressão mais simples.

Em percentagem: Direita 66% - Esquerda 17%.

Em deputados: Direita  34 – Esquerda 7

A Madeira é mesmo um jardim!!!

1 comentário:

Sérgio Lira disse...

Desculpa Rui, mas não posso concordar contigo. AJJ é um burgesso, um boçal, que se permite levantar o dedo (sim, esse dedo) virado para as câmaras de televisão. Isso, só isso, deveria ser suficiente para perda de mandato: por falta de linha e de boa educação. Aquilo representa o Estado Português!

Mas há pior: nesta eleição a maioria dos Madeirenses não quer AJJ - senão teria votado nele. Ou se absteve ou votou noutros partidos. Mas não contemos a abstenção - nessa odiosa lógica da demos-crácia do "quem cala consente": 72.975 eleitores depositaram um voto validamente expresso que não foi em AJJ - ou seja, há uma maioria expressa contra AJJ (que recebeu 71.355 votos). A maioria de deputados não é pois uma maioria de votos, longe disso.

Mas ainda pior: AJJ, naquele "discurso" etilizado que balbuciou na noite das eleições jurou vingança, e jurou mais do mesmo (mais despesas ilícitas, mais ilegalidades, mais endividamento, nenhum contributo da Madeira para pagar o que deve). Agora, ou o PSD lhe põe um açaime, ou o PSD perde a legitimidade para governar Portugal. Por isso a Madeira não é um Jardim: a Madeira é charco fétido, um território nacional que desrespeita convicta e voluntariamente a lei da República e que, mercê de 71.355 votos, nos obriga a TODOS com a irresponsável assinatura de um grosseirão. Lindo jardim...