ROMA E OS BÁRBAROS
Bárbaros à solta em Roma.
in “The Economist”
em www.economist.com
Mais de 1500 anos depois do Império
Romano ter caído às mãos dos bárbaros invasores, Roma tornou a ser invadida
pela barbárie. Desta vez, Roma não caiu) o Governo de Itália também não), nem
os bárbaros foram sumariamente degolados.
Desta vez, aliás, os bárbaros eram,
também eles, Italianos: radicais de esquerda revoltados pelo facto de o Governo
de direita de Silvio Berlusconi ter superado uma moção de censura no
parlamento.
Os ditos bárbaros, caridosamente
apelidados de socialistas radicais, anarquistas, sindicalistas e estudantes,
lançaram-se numa onda de violência gratuita, destruição da propriedade pública
e privada e agressões à polícia, tentando deixar Roma a ferro e fogo.
Outro aspecto digno de nota, é que
este despautério de violência raramente ser protagonizado pela direita contra
poderes de esquerda. A inversa é verdadeira. É, aliás, paradigmático, que a
esquerda da tolerância, das preocupações sociais e da cultura, demonstre uma
intolerável intolerância perante o poder que lhe desagrada, se arvore uma
inaceitável impunidade para fazer os desmandos que lhe apetece em nome de uma
suposta visão romântica do Maio de 68.
Uma nota final para as insinuações sobre o apoio de alguns deputados da
oposição ao Governo de Berlusconi, omitindo questões sobre a deserção de Gianfranco
Fini e de 30 deputados que apoiavam o Governo. Mais uma pouco inocente
dualidade de critérios.
Coliseu de
Roma.
P.S. Estas vagas de
violência injustificável só serão travadas quando a polícia tiver instruções
operacionais e cobertura política para, em nome da ordem pública, da defesa da
propriedade e da integridade das pessoas, prevenir o vandalismo e reprimir os
bárbaros com a dose de repressão necessária. Enquanto prevalecer a
permissividade vigente, estamos condenados a ser violentados pela barbárie.