IDLIB EM MOSCOVO
Noroeste da Síria em 4
de Março de 2020, com indicação dos desenvolvimentos que ocorreram nos 3 meses
anteriores.
in
“Islamic World News” em
https://english.iswnews.com/12061/map-latest-military-situation-in-northwest-syria/
A inevitável
cimeira entre os Presidentes da Rússia e da Turquia, Vladimir Putin e Recep Erdogan,
respectivamente,
aconteceu, tal como Tempos Interessantes previra, em Moscovo no
dia 5 de Março.
Desde 2016
que a Rússia e a Turquia têm reforçado uma aliança política, militar e
económica que, por sua vez, gera m certo grau de dependência mútua. Embora no
teatro sírio, o poderio russo prevaleça, a realidade russo-turca indiciava que
a cimeira terminaria com uma solução pacificadora, comtemplando um módico de
interesses de ambas as partes. Os desentendimentos em Idlib foram resolvidos em
Moscovo. Até ver…
Contudo,
como era também previsível, a Rússia ficou com o maior quinhão do bolo. A
“Operação Spring Shield” desencadeada pela Turquia revelou-se um fracasso com
baixas relevantes no exército turco e perdas de território que resultaram, após
a reunião de Moscovo, na consolidação territorial da Síria na província de
Idlib, garantindo o controlo da estratégica estrada M5 (Damasco-Alepo) e
controlo partilhado russo-turco da M4 Latakia (Mediterrâneo) – Alepo, as duas
vias rodoviárias mais importantes da Síria.
A
realidade é esta: a Rússia está na posse da maioria dos trunfos no cenário político
e militar da Síria. Tal significa
que as iniciativas aventureiras da Turquia têm de passar pelo crivo de Moscovo.
Por isso, os Turcos ficaram encravados em Manjib no Nordeste da Síria em
Outubro de 2019 e agora ficaram outra vez em Idlib.
Enquanto
Erdogan não se capacitar que, no statu quo actual, a Rússia e a Turquia precisam
de se entender, mas que Moscovo é mais igual do que Ankara, a Turquia corre o
risco de continuar a sofrer embaraços públicos e a perder, ainda mais, credibilidade
doméstica e internacional.
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