SELINA, OS AGRESSORES E O POLITICAMENTE CORRECTO
Selina, uma vítima dos
ataques da passagem de ano em Colónia que teve a coragem de denunciar o
sucedido publicamente.
Selina,
26 anos, cidadã alemã, é uma das centenas de mulheres que na noite de passagem de
ano em Colónia, foram vítimas de ataques, muitas delas de agressão sexual. Na entrevista
que deu ao canal televisivo SRW, Selina disse que foi rodeada por dezenas de homens de tez escura, que falavam Árabe e
olhavam para ela como se fosse “free meat at the supermarket”.
Outra
mulher, Katia, 28 anos, descreveu
assim o que viveu naquela noite: “Suddenly I felt a hand on my bum, on my breasts, I was grabbed
everywhere, it was horrific. I was desperate, it was like running the gantlet.
Over the space of 200 meters, I think I must have been touched about 100 times.”
Já houve mais
de 1000 queixas criminais apresentadas em Colónia, mais de 400 das quais
relativas a agressões sexuais. A estas ainda acrescem mais de 150 apresentadas
em Hamburgo.
A polícia de
Colónia agiu tarde e mal, aparentemente resistindo a admitir que os agressores
eram provenientes do Norte de África e do Médio Oriente e que muitos deles eram
refugiados.
O principal problema é que estes ataques,
abusos, roubos e agressões aconteceram numa enorme escala e num clima de impunidade.
O segundo problema é a polícia ter pruridos
em agir consoante a natureza dos criminosos daí resultando uma actuação incompetente
e negligente.
O terceiro problema é que Seline, uma das vítimas,
foi acusada de ser racista e de extrema-direita e foi ameaçada por ter exposto
publicamente o que lhe aconteceu e ter apontado o dedo a quem o fez.
Isto leva-nos ao
derradeiro problema: o politicamente
correcto.
O mainstream político e
mediático não tolera apreciações negativas sobre os refugiados e imigrantes do
Médio Oriente, Sul da Ásia e Norte de África. Quem as faz, recebe o rótulo de
racista, intolerante, xenófobo e nazi. A isto chama-se intolerância,
condimentada com ódio.
Em nome de uma
distorcida tolerância, tenta-se ocultar, minimizar, relativizar, desculpar,
tudo o que de mal seja feito pelos grupos (nacionais, étnicos, religiosos) que
se quer proteger à outrance.
É, para mim,
claro que um bandido é um bandido; um violador é um violador; um ladrão é um
ladrão; um assassino é um assassino; um biltre é um biltre. Um criminoso é um
criminoso, seja Alemão ou Marroquino, louro ou moreno, Cristão ou Muçulmano,
branco ou negro, alto ou baixo, homem ou mulher. Tudo o que seja contornar,
disfarçar ou negar esta evidência é ilegítimo, preconceituoso e profundamente
errado e constitui uma grave demissão do dever do Estado de proteger os seus
cidadãos.
O grande problema do politicamente correcto é que é concebido
e utilizado para embelezar, distorcer, ou alterar a realidade com o intuito de
formatar as percepções dessa realidade aos desejos, objectivos ou políticas dos
praticantes do discurso.
Contudo, a
realidade não se comove com delírios ou deturpações. E a realidade diz-nos que
há Árabes, há refugiados, há imigrantes, que são criminosos e que têm
comportamentos inadmissíveis. O que não é surpreendente. As malfeitorias e a
bestialidade não são exclusivo de algumas nacionalidades ou etnias. Porém,
convém não tentar tapar o sol com uma peneira e a polícia de Colónia sabe que
40% dos imigrantes do Norte de África torna-se delinquente no seu primeiro ano
de estadia na Alemanha, o que parece recomendar vigilância e atenção; ignorar
os factos e assobiar para o lado não os faz desaparecer.
O politicamente correcto é, geralmente, politicamente inaceitável.
Visa enganar as pessoas, ou induzi-las em erro, proteger interesses e
políticas, evitar o escrutínio dos cidadãos e, no caso de Colónia, branquear
crimes, absolver criminosos e castigar as vítimas. Isto não é tolerância, é
estupidez e é inaceitável.
3 comentários:
Cem por cento de acordo. Em nome de uma solidariedade cega, estamos a ser empurrados para uma Europa que não se consegue defender e que, no entanto, está a ser atacada por todos os lados, sem que os políticos tenham coragem de tomar uma atitude solidária, mas esclarecida e verem que, propositadamente ou não, a paz na Europa está comprometida. Porque paz não é só não andarmos aos tiros, é termos paz de espírito, é termos quem defenda os nossos direitos cada vez mais ameaçados.Estamos com os olhos tapados e não vemos as nuvens negras que se acumulam no horizonte.
Estou inteiramente de acordo com o Professor Rui Miguel.
Penso exactamente que é o receio absurdo de ser acusado de xenofobia que inibe quem de direito e empossado para tal de defender os direitos legais dos abusados.
Falta de discernimento e objectividade. E hipocrisia política.
O" politicamente correcto" é a linguagem que tende a esconder a grande confusão que reina na Europa, onde a difamação e a criminalização dos refugiados, aos quais se nega o direito fundamental de viajar livremente e de ser protegidos da perseguição, da pobreza e da miséria, que nós, os ocidentais, provocamos, explica-se por considerações de política interior.
A única diferença entre as retóricas dos governos alemães, franceses, ingleses e italianos, assim como os dos países do centro e norte da Europa, é uma diferença de nível. Os discursos escondem as tensões importantes com esta questão. A solidez das principais regras que fazem a unidade da Europa é posta em questão. O restabelecimento dos controlos nas fronteiras não é mais que uma expressão simbólica da subida dos interesses nacionais que tendem a separar os estados europeus uns dos outros;
A Europa , que olha para os milhares de cadáveres que bóiam à tona da agua no Mediterrâneo, tantos que até se perde a conta, fazem contas sim, mas aos custos eventuais do acolhimento destes refugiados. Ao ponto de quererem confiscar os parcos bens que trazem às costas, para compensar estes custos(DK) Como faziam os nazis à chegada dos "refugiados" a Buchenwald!
Cameron vai mais longe, na sua chantagem à UE: quer que a Europa o autorize a aplicar leis sociais , durante alguns anos, diferentes daquelas que são aplicadas aos britânicos!
Claro que tudo isto mereceria que os medias europeus levantassem a voz para denunciar esta vergonha.
Mas não o farão. Em nome do politicamente correcto. Quando penso que a elite mundial da imprensa está convidada amanhã no Palácio da Unesco, em Paris, para discutir da liberdade dos jornais e daqueles que os fazem, e isto sob o "Alto" Patrocínio do Emir do Catar !!!!, um autocrata, que ama a liberdade em Paris, para melhor a combater em Doha! país do wahhabismo radical, onde os incidentes de Colónia nem apareceram nos jornais "visados pela censura" do palácio.
Não me admirarei se os mesmos organizarem um destes dias um simpósio sobre a liberdade a Guantanamo!
Os meus cumprimentos Senhor Professor.
Enviar um comentário