ONE MILLION DOLLARS REPORT
in International Crisis Group
Os Estados Unidos e o mundo viveram, no que concerne o Iraque, suspensos do famigerado Relatório do Iraq Study Group, liderado por James Baker e Lee Hamilton. Ao longo de 8 ansiosos e intermináveis meses, respaldados num orçamento de US$ 1 milhão, foram ao Iraque, falaram com George Bush e Tony Blair, reuniram dezenas de vezes, a situação no Iraque foi-se agravando, os EUA tiveram eleições, o Médio Oriente continuou no seu perpétuo estado de agitação, houve uma pequena guerra no Líbano, o petróleo subiu ao pico e começou a descer… e a comissão deliberava.
Como acontece frequentemente quando a expectativa sobe demasiado, o resultado tende a ser um pouco pífio. Já em Dezembro, da bruma saiu, não o poderoso Nabucodonosor de Verdi (Nebuchadnezzar II da Babilónia) em estilo sebastiânico, mas um longo relatório, que pouco acrescenta de novo e que deverá ter um efeito prático residual. E o que se sabia é que:
1- Não há soluções tipo pudim instantâneo para o Iraque.
2- A resolução dos confrontos sectários intra-iraquianos passam fundamentalmente pelos próprios Iraquianos.
3- A retirada das tropas da Coligação, mormente as dos EUA, lançarão, com toda a probabilidade, o país no caos.
4- Algo precisa de ser mudado.
O Iraq Study Group (ISG) propõe 79 medidas. Duas das mais emblemáticas estão erradas e, tudo o indica, não vão ser aplicadas pela Administração Norte-Americana: a gradual mas vincada redução das tropas combatentes do Iraque e o estabelecimento de conversações com o Irão e a Síria.
O anúncio de um calendário de retirada, seja ele formal ou subsumido, teria um efeito muito próximo do supra-enunciado no ponto 3. Sabedores que as tropas dos EUA estão em via de ir embora, as diversas facções ou grupos armados preparar-se-iam para, a partir desse dia, levar às últimas consequências os ajustes de contas, as lutas pelo controle de parcelas do território e a expulsão ou extermínio de populações de etnia e/ou religião diferente da sua, das zonas por si controladas. Por outras palavras, é impraticável no curto prazo.
Negociar com o Irão e a Síria nos termos e âmbito propostos, seria humilhante para os EUA, penalizador e inaceitável para Israel, reforçaria a hegemonia que Teerão tenta afirmar no Médio Oriente e, pior ainda, não produziria resultados. Isto porque, na actual conjuntura, o que Iranianos e Sírios tentariam extorquir de Washington não lhes poderia ser dado por George W. Bush – hegemonia regional e programa nuclear para Teerão, Montes Golan e Líbano para Damasco. Finalmente, porque, havendo interferência externa no Iraque, na actual conjuntura, nem que o Irão e a Síria colaborassem de boa fé, não teriam o poder de estancar a violência no Iraque, pois esta tem vindo a perder carácter exógeno e a ganhar contornos endógenos cada vez mais nítidos.
A melhor alternativa que se prefigura, passa por tentar aumentar a presença militar dos EUA no Iraque, mesmo que por pouco tempo, para aumentar a capacidade de conter/bater os grupos armados, acelerar ainda mais o treino das forças militares e de segurança iraquianas, garantir que o Governo de Bagdad combata as milícias armadas com mão de ferro (esta não é fácil) e intensificar os investimentos e os esforços tendentes a caminhar para normalização económica do país.
É uma via estreita e sem nenhuma certeza de sucesso, mas parece-me francamente melhor, em termos de probabilidade de sucesso do que o Relatório do ISG.
P.S. E podem ter a certeza de que demoraria menos do que 8 meses e cobraria menos de US$ 1.000.000!
Como acontece frequentemente quando a expectativa sobe demasiado, o resultado tende a ser um pouco pífio. Já em Dezembro, da bruma saiu, não o poderoso Nabucodonosor de Verdi (Nebuchadnezzar II da Babilónia) em estilo sebastiânico, mas um longo relatório, que pouco acrescenta de novo e que deverá ter um efeito prático residual. E o que se sabia é que:
1- Não há soluções tipo pudim instantâneo para o Iraque.
2- A resolução dos confrontos sectários intra-iraquianos passam fundamentalmente pelos próprios Iraquianos.
3- A retirada das tropas da Coligação, mormente as dos EUA, lançarão, com toda a probabilidade, o país no caos.
4- Algo precisa de ser mudado.
O Iraq Study Group (ISG) propõe 79 medidas. Duas das mais emblemáticas estão erradas e, tudo o indica, não vão ser aplicadas pela Administração Norte-Americana: a gradual mas vincada redução das tropas combatentes do Iraque e o estabelecimento de conversações com o Irão e a Síria.
O anúncio de um calendário de retirada, seja ele formal ou subsumido, teria um efeito muito próximo do supra-enunciado no ponto 3. Sabedores que as tropas dos EUA estão em via de ir embora, as diversas facções ou grupos armados preparar-se-iam para, a partir desse dia, levar às últimas consequências os ajustes de contas, as lutas pelo controle de parcelas do território e a expulsão ou extermínio de populações de etnia e/ou religião diferente da sua, das zonas por si controladas. Por outras palavras, é impraticável no curto prazo.
Negociar com o Irão e a Síria nos termos e âmbito propostos, seria humilhante para os EUA, penalizador e inaceitável para Israel, reforçaria a hegemonia que Teerão tenta afirmar no Médio Oriente e, pior ainda, não produziria resultados. Isto porque, na actual conjuntura, o que Iranianos e Sírios tentariam extorquir de Washington não lhes poderia ser dado por George W. Bush – hegemonia regional e programa nuclear para Teerão, Montes Golan e Líbano para Damasco. Finalmente, porque, havendo interferência externa no Iraque, na actual conjuntura, nem que o Irão e a Síria colaborassem de boa fé, não teriam o poder de estancar a violência no Iraque, pois esta tem vindo a perder carácter exógeno e a ganhar contornos endógenos cada vez mais nítidos.
A melhor alternativa que se prefigura, passa por tentar aumentar a presença militar dos EUA no Iraque, mesmo que por pouco tempo, para aumentar a capacidade de conter/bater os grupos armados, acelerar ainda mais o treino das forças militares e de segurança iraquianas, garantir que o Governo de Bagdad combata as milícias armadas com mão de ferro (esta não é fácil) e intensificar os investimentos e os esforços tendentes a caminhar para normalização económica do país.
É uma via estreita e sem nenhuma certeza de sucesso, mas parece-me francamente melhor, em termos de probabilidade de sucesso do que o Relatório do ISG.
P.S. E podem ter a certeza de que demoraria menos do que 8 meses e cobraria menos de US$ 1.000.000!
14 comentários:
Senhor Rui Miguel Ribeiro
IRAQUE - VIETNAME
VIETNAME : 1960 - Eisenhower envia alguns conselheiros.
1961/62/63 - Kennedy envia mais conselheiros (16.000).
1961 - 1 de Novembro, golpe de estado financiado pela CIA para depor Diem, que começava a discutir de paz com os comunistas. - 1961 -Kennedy retira 1000 conselheiros para agradar aos Russos em nome duma certa redução da tensão.
1963 - Kennedy assassinado em Dallas (Novembro 25)
1964 - Johnson anula a retirada dos conselheiros decidida por Kennedy e aumenta-os.
1968 - 500.000 GI's no Vietname.
100 GI's mortos por semana.
Entre 1961 e 1973 a guerra custa 533 biliões de dollars.
1.000 000 soldados mortos Vietnamitas no Vietname Norte
400.000 civis mortos
" "
255.000 soldados Vietnamitas mortos no Vietname Sul
400.000 civis mortos " "
80.000 GI's mortos.
3.179 aviões destruídos
4.869 helicópteros destruídos
Quando Nixon ordenou a extensão da guerra ao Cambodia, em 1970, fomentando o golpe de Estado de Lon Nol contra o Rei Norodom Sihanouk, isto deu como resultado a criação dos Khmers Vermelhos de Pol Pot, e hoje sabe-se que a ajuda norte-americana a este grupo maoista, e anti-soviético, que aproveitou a confusão no Cambodia para chegar a Pnom Penh, foi a origem do genocídio dos 900.000 a 2.000 000 de Cambodianos assassinados por Pol Pot. A "Real Politik" tem destes descalabros.
Quando em 1968, Johnson perde a eleição primaria do New Hampshire contra McCarthy ele compreende o risco de continuar a guerra e anuncia a abertura do Tratado de Paz de Paris com o Vietname . Ele renuncia à candidatura, Robert Kennedy é assassinado também, e o salvador aparece em Richard Nixon e a sua famosa política de retirada progressiva." A doutrina Nixon " que ele tinha anunciado durante a campanha eleitoral.
Melhorar a capacidade do Exército Vietnamita do Sul, afim de permitir a retirada tranquila dos GI's. Kissinger chamou a isso " o intervalo necessário" para reduzir as perdas americanas e ir embora.
Todos nos conhecemos o resultado final.
IRAQUE
Existem muitas analogias nestas duas guerras : Incidentes do Golfo do Tonkin com um barco militar americano, "inventado". Armas de destruição maciça no Iraque: inventadas. Política do "containment" no Vietname, guerra contra o terrorismo no Iraque, sabendo-se que Saddam e Al-Qaida não estavam ligados. Na realidade política de dominação e política unilateral com todos os riscos que isso criou : insegurança planetária. E um drama à vista.
O Iraque será ainda pior porque se no Vietname existia um só Povo, e foi possível reunir uma única delegação à volta da mesa em Paris, não vejo como será possível trazer os Kurdos, os Sunitas e os Chiitas à volta duma mesa de negociação. Sem contar as manobras do Irão e da Síria.
G. Bush aparentemente está hoje no ponto de entrada de Nixon na guerra do Vietname. Não retirar, aumentar a força militar (actualmente 130.000) , dar tempo ao governo Iraquiano para aumentar e treinar a sua força militar ( o famoso intervalo necessário) e partir progressivamente.
Não sei como acabará este drama, embora tenha uma pequena ideia, mas sei que será dramático. E o Povo Americano ...merecia melhor !
Duas linhas saltaram no meu comentário :
Os 400 ou 500.000 mortos Iraquianos e os 3.000 mortos Americanos e centenas de mortos Britânicos e doutras nacionalidades, e os biliões de dollars gastos numa guerra inglória, acabarão por acordar o Povo Americano e este não permitirá que a situação se arraste como no Vietname durante anos. Um sobressalto antes mesmo do fim do mandato de G.Bush não é de excluir, qualquer que seja a situação no terreno e as consequências para o Povo Iraquiano.
Quatro perplexidades depois de ler este texto:
1. A asserção que a Síria e o Irão seriam negociadores possuidos por má-fé. Se não se chama a isto preconceito, não sei o que será...Aos falcões só interessa liquidar as possíveis hipóteses de pacificação, nem que o façam à custa de quadros mentais herméticos.
2. Baker deve ser mais patrocinador dessa terrível coligação anti-americana que teima em perturbar a boa ordem mundial.
3. Eis o belicoso Rui Miguel a reivindicar mais uma medida (extremamente) musculada. Bem ao estilo "ou vai ou racha", o que aplicado a quem detém meios desporporcionados de força parece uma receita milagrosa. Como se vê, não tem sido. E talvez o Vietname esteja encerrado nas masmorras da memória (convenientemente) esquecida.
4. Essa do reforço das tropas custar menos que o relatório Baker é o momento Gato Fedorento deste texto, não é?!
PVM
Quatro perplexidades depois de ler este texto:
1. A asserção que a Síria e o Irão seriam negociadores possuidos por má-fé. Se não se chama a isto preconceito, não sei o que será...Aos falcões só interessa liquidar as possíveis hipóteses de pacificação, nem que o façam à custa de quadros mentais herméticos.
2. Baker deve ser mais patrocinador dessa terrível coligação anti-americana que teima em perturbar a boa ordem mundial.
3. Eis o belicoso Rui Miguel a reivindicar mais uma medida (extremamente) musculada. Bem ao estilo "ou vai ou racha", o que aplicado a quem detém meios desporporcionados de força parece uma receita milagrosa. Como se vê, não tem sido. E talvez o Vietname esteja encerrado nas masmorras da memória (convenientemente) esquecida.
4. Essa do reforço das tropas custar menos que o relatório Baker é o momento Gato Fedorento deste texto, não é?!
PVM
1 - Os comentários de PVM permitem a clarificação seguinte: Quando escrevi " manobras " do Irão e da Síria, deveria talvez escrever " objectivos ", porque na realidade, e isto é a minha opinião, o Irão e a Síria não deixarão de pesar sobre as futuras negociações , negociações que Baker não considera possíveis sem a presença destes países, o que enraiveceu G.Bush, " quadro mental hermético " por excelência !
Não tenho preconceito algum em relação a estes dois países mas observo friamente a linha política do Irão particularmente, nestes últimos anos.
Tudo o que Ahmadinejad diz ou faz não é por acaso, nem mesmo as provocações recentes. Mesmo quando Khomeyni se encontrava no exílio em França, a tragédia da Palestina era já considerada como a ferida mais profunda feita no coração do Islão.
A mensagem dos Iranianos aos Árabes é muita clara :-" Há mais de meio século que vos, os Árabes Sunitas, não só ocupais indevidamente os lugares santos da Meca, mas também não fostes capazes de libertar Jerusalém e abandonastes o Povo Palestiniano ao seu triste destino. Eis aqui a Nação Persa, Islamista e Chita, dotada brevemente da arma nuclear, que toma a chefia do Islão em marcha ! "
Duma certa maneira, esta posição soa o fim da hegemonia Árabe . Isto é o que eu queria dizer ao escrever o meu comentàrio. Manobra ? Objectivo ? Para atingir um objectivo é preciso manobrar. Sem preconceitos.
O Povo Árabe, que ele seja Chita ou não, acolhe entretanto perfeitamente este discurso , o que não é difícil, quando todos os dias basta abrir a televisão para ouvir a noticia que " mais dois, cinco ou dez Palestinianos foram mortos pelos Isrelianos nas ruas de Gaza " !
A guerra do Líbano veio aumentar o sentimento anti-americano e anti-sionista, e o apoio Iraniano à causa do Povo Palestiniano é uma maneira de fazer compreender aos Americanos que na realidade o problema de Israel deve fazer parte das negociações "to come" !
Baker compreendeu perfeitamente a subtileza da política do Irão, e o seu " Report " explica claramente que a solução do problema Iraquiano passa pela solução do problema Palestiniano. O que Bush e o seu staff de falcões ainda não querem aceitar, mais por orgulho que por reflexão. E que Israel combate ferozmente, porque sabe que destas negociações não pode vir nada de bom para eles.
2 - Ah, Baker ! The old man is back ! O conselheiro da família Bush deve ter desiludido muito G. Bush com o seu "report", que é a mais terrível acusação que se podia fazer à sua política. Este "report" não deixa lugar nenhum para a amizade, mas impõe a realidade à ideologia.
A utopia neo-conservadora duma democratizaçao do Iraque pelas armas morreu.
Não se sabem que foi a Baker que foi pedido de ir re-contar os votos " manualmente "na Florida, o que , a pedido do clã Bush ele recusou, para deixar à Corte Suprema de declarar Bush vencedor, apesar de ter menos votos que Al Gore ! G.Bush nunca lhe agradeceu !
Baker é alguém que, como Miterrand, considera que " só se pode fazer a paz que com aqueles com quem se combate" ! Realismo político.
3 e 4 - Ainda não descobri qual é a parte da provocação e da convicção nalgumas intervenções do Senhor Rui Miguel Ribeiro ! Mas ele sabe provocar o debate !
Não resisto a uma curtissima nota de rodapé: se este post e respectivos comentários tem um momento "Gato Fedorento" é o considerar-se que alguma vez Irão e Siria negociarão de boa fé.
Duas ditaduras brutais (e uma delas assente na maior praga do tempo moderno que é o fundamentalismo religioso),que não respeitam os direitos humanos e com uma postura de crescente ameaça para os vizinhos,jamais estarão de boa fé.
Se quiserem podem chamar a isto preconceito,eu chamo-lhe outra coisa:total ausência de complexos em chamar o "bois pelo nome".
Teerão e Damasco são ameaças á comunidade internacional e é nesse pé que tem de ser tratados.
Implacávelmente.
E ainda bem que os meios desproporcionados de força estão do lado dos Estados Unidos,da Grã Bretanha e mais algums paises(poucos infelizmente) que não receiam tratar o terrorismo como...terrorismo.
Seria bem pios se estivessem do outro lado !
Esclarecimento:
Os meus comentário dirigem-se ao texto do Rui Miguel. Quando os escrevi ainda não estavam disponíveis os comentários do Sr. Freitas Pereira.
PVM
É possível encontrar paralelos entre o Vietname e o Iraque, mas as diferenças também não são poucas: No Vietname tratava-se de uma guerra entre dois estados somada a uma insurreição; o ambiente geopolítico era muito diferente - Guerra Fria com a URSS a patrocinar o Vietname do Norte; o nº de baixas e perdas foi infinitamente maior; e tenho as maiores dúvidas de que o commitment dos EUA tenha de ser (ou seja) tão longo; além das diferenças que refere.
Quanto ao incidente do Golfo de Tonkin, não me parece líquido que tenha sido forjado. As WMD no Iraque também aparentavam ser reais, e não só para os EUA e o Reino Unido; a própria França acreditava na sua existência e o comportamento de Saddam Hussein nos meses de crise reforçaram essa convicção.
Os Norte-Americanos merecerão melhor, talvez. Muitos Iraquianos também mereciam melhor que Saddam e do que os sectários fanáticos que vivem no seu seio, mas eles estão lá.
Paulo: Essa dos quadros mentais herméticos soa bem mas tem piada. E o que é te pode fazer pensar que os Srs. Assad, Khameney, ou Ahmedinejad, se vão transformar em bons samaritanos, embuídos do espírito de Natal e colaborar de boa fé na pacificação do Iraque? Nessa nem o Afonso e a leonor acreditavam.
O facto é que são dois regimes de vocação totalitária, que tem ambições (diferentres) de hegemonia regional, têm interesse no caos iraquiano e têm péssimas relações com os EUA.
Eu não disse que o relatório ficou mais caro que o reforço de tropas americanas no Iraque. O que eu disse, em jeito de chalaça, é que faria um relatório melhor, em menos tempo e por muito menos dinheiro!
Sr. Freitas Pereira: Devo dizer que não sou (nem fui) neo-conservador e aprecio o realismo, o que também não significa seguir as "escrituras" à letra.
James Baker não se guiou pela amizade, nem era suposto fazê-lo. O que eu acho é que trouxe pouco de realmente novo e ainda menos contribui para uma solução viável, boa e realista. A cornerstone do Report é o diálogo multilateral regional com enfoque na Síria e no Irão, que tem graves inconvenientes como o Senhor mesmo (e bem) anotou.
O problema de Israel e da Palestina é um fenómeno intratável que há 60 anos que escapa a qualquer solução viável, aceitável e duradoura. Colocar o Iraque no mesmo saco seria arriscar ter mais um problema a agonizar por um desenlace durante muitos anos. Não me parece uma boa ideia.
Os seus pontos 3 e 4 são engraçados, fizeram-me sorrir. Sou uma pessoa de convicções fortes, mas confesso que por vezes não ressto à tentação perversa de uma ou outra pequena provocação.
Senhor Rui Miguel Ribeiro :
Eu tinha duvidas sobre o incidente do golfo do Tonkin, mas hoje tenho muito menos .
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Published on Saturday, August 3, 2002 in the San Antonio Express-News (Texas)
Tonkin Incident Might Not Have Occurred
by Bob Richter
AUSTIN - Thirty-eight years ago Sunday, network television was interrupted at 11:36 p.m. EDT so President Lyndon B. Johnson could tell the nation that U.S. warships in a place called the Gulf of Tonkin had been attacked by North Vietnamese PT boats.
In response to what he described as "open aggression on the open seas," Johnson ordered U.S. airstrikes on North Vietnam.
The airstrikes opened the door to a war that would kill 1 million Vietnamese and 58,000 Americans and divide the nation along class and generational lines.
Over the years, debate has swirled around whether U.S. ships actually were attacked that night, or whether, as some skeptics suggest, the Johnson administration staged or provoked an event to get congressional authority to act against North Vietnam.
Recently released tapes of White House phone conversations indicate the attack probably never happened.
The tapes, released by the LBJ Library at the University of Texas at Austin, include 51 phone conversations from Aug. 4 and 5, 1964, when the Tonkin Gulf incident occurred.
Two days earlier, on Aug. 2, North Vietnamese forces in Russian-made "swatow" gunboats had attacked the USS Maddox, a destroyer conducting reconnaissance in the gulf.
But from the get-go, many have doubted anything really happened to the Maddox and a sister ship, the USS C. Turner Joy on Aug. 4.
Even LBJ seemed skeptical, saying in 1965: "For all I know, our Navy was shooting at whales out there."
The released tapes neither prove nor disprove what may have happened that night, but they do indicate jittery sailors in a tense area thought they were under attack.
"Under attack by three PT boats. Torpedoes in the water. Engaging the enemy with my main battery," the Maddox radioed.
Indeed, the destroyers fired 249 5-inch shells, 123 3-inch shells and four or five depth charges, according to Navy records.
Many of the taped conversations from that night are between Defense Secretary Robert McNamara - who was trying to verify something actually happened so he could brief LBJ for his TV bulletin - and Adm. U.S. Grant "Oley" Sharp, commander of the U.S. Navy's Pacific Fleet.
Li as conversas telefonicas. As duvidas sao poucas.
Luís: Não posso dizer muito mais - estamos de acordo. Não é bonito, mas há ameaças que só se aniquilem pela força ou pela credível ameaça do seu uso. Ponto.
Este é um Relatório de fracos e medrosos. Só pensam numa coisa: fugir, fugir, fugir. felizmente o Bush não foi por aí.
João Manuel
Claramente George Bush pensa da mesma maneira. Será que vocês têm razão? Espero bem que sim.
José Manuel
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