13 maio, 2014

O Campeão Voltou - Os Protagonistas

O CAMPEÃO VOLTOU
OS PROTAGONISTAS

O Sport Lisboa e Benfica conquistou o Campeonato Nacional 2013/14, o 33º do seu historial ímpar. Muitos contribuíram para o sucesso. É sobre eles que nos debruçamos neste post.


Os Onze Eusébios que bateram o Porto na Luz por 2-0. Este é o meu Onze ideal 2013/14.

OS PROTAGONISTAS:
JORGE JESUS
O treinador do Benfica é o principal protagonista do triunfo no Campeonato. A equipa entrou na prova como se tivesse pontos negativos e seguramente com uma nuvem negra sobre a cabeça. Jorge Jesus, depois de alguns tropeções iniciais, conseguiu dar identidade e rumo à equipa. Com isso conseguiu retomar o caminho dos triunfos alicerçados na mesma táctica, mas numa postura e atitude diferentes: o Benfica deixou de esmagar os adversários atropelando-os numa vertigem ofensiva (que eu adorava) e passou a esmagá-los negando-lhes o jogo e abatendo-os ora com longos ataques planeados, ora com raids fulminantes. Descoberto o rumo, definidas as prioridades, Jorge Jesus nunca se desviou da rota, mesmo quando pressionado a poupar menos na UEFA, por exemplo. Saliento mais dois aspectos:
1- A criação de uma união de betão no plantel, uma equipa solidária e combativa que terá sido conquistada nos suspiros finais do épico jogo da 2ª jornada.
2- Ter uma equipa de 25 jogadores em vez dos 11 ou 14 habituais. As remodelações profundas do onze que Jesus introduziu em vários jogos, mantendo a veia vencedora, foi outro grande trunfo do Benfica.
Ah! Eu pertenço ao grupo dos que queriam, há um ano, que Jesus continuasse no Benfica.



Jorge Jesus na Luz no dia da homenagem a Eusébio e da descolagem no Campeonato.

LUÍS FILIPE VIEIRA
Se Jorge Jesus foi o primeiro protagonista, o Presidente do Benfica foi o principal pilar da época triunfante do clube. Teve a coragem de manter o treinador numa altura crítica e continuar a apoiá-lo no começo atribulado da nova época e ainda lhe reforçou o plantel. Além disso, conseguiu manter a estrutura directiva unida em torno dos objectivos maiores do Benfica, garantindo que não havia vozes dissonantes nem manobras de contra-vapor desde o topo até à base da pirâmide. Criou as condições; o resto foi com o treinador e jogadores.
JAN OBLAK
Oblak foi um bloco, ou melhor, uma parede. Olhão foi a oportunidade e o pretexto para entregar a baliza do Benfica ao Esloveno que trouxe ao último reduto encarnado a frieza, a segurança e a fiabilidade de que carecia. Não só por Oblak, mas também por ele, o número de golos sofridos caiu a pique e aumentou a tranquilidade da equipa e dos adeptos.
LUISÃO & GARAY
As torres que não são gémeas fizeram um Campeonato excepcional. Luisão fez a melhor época da sua carreira aos 33 anos e Garay mostrou o instinto goleador que deixara em Santander. Os dois jogaram quase sempre e sempre de forma irrepreensível e foram os principais responsáveis por haver jogos em que os adversários (Sporting, Porto e Estoril incluídos) quase não remataram à baliza. Em suma, têm uma quota substancial no título.
SIQUEIRA
Finalmente foi encontrado o sucessor de Fábio Coentrão. Creio que não será necessário dizer mais a não ser que espero que permaneça no Benfica.
MAXI & SÍLVIO
Maxi não foi tão exuberante como noutros anos, mas teve a garra e a experiência para não comprometer e ser fiável e competente. Sílvio, que partilha o prémio do azar com Sálvio (será do nome?) e com Cardozo, foi um elemento precioso na necessária rotação: fazer as duas alas defensivas com a mesma qualidade não é para todos.
MATIC
Não, não me esqueci do gigante da Sérvia, jogador extraordinário, um tanque com inteligência, técnica e velocidade. Só jogou meia época, mas enquanto esteve no Benfica foi imprescindível e inigualável.
FEJSA
O regresso de um nº 6 puro e duro à equipa após a partida de Javi Garcia há dois anos. O meio campo do Benfica perdeu em exuberância e qualidade ofensiva, mas ganhou em solidez defensiva. Os centrais e o guarda-redes agradecem a Fejsa.
ENZO PEREZ
O Argentino foi a plataforma à volta da qual girou muito do futebol do Benfica: empenho defensivo, pressão, intensidade, inteligência na gestão da bola e dos tempos do jogo e qualidade no ataque, foi o motor da equipa, especialmente após a saída de Matic. Foi dos melhores senão o melhor jogador do Campeonato.
SALVIO
Um dos maiores desequilibradores do Benfica jogou pouco por lesão, mas ainda ajudou a fazer a diferença.
GAITAN
O génio do Benfica 2013/14. Exibiu-se a um nível nunca visto na Luz. Ao brilhantismo que sempre teve, somou a solidariedade defensiva, a disciplina táctica e a regularidade exibicional. Ser muito bom muitas vezes foi o que Gaitan fez e que mais ninguém conseguiu neste Campeonato. Aquele incrível “chapéu” no Restelo pode ser a sua signature neste Campeonato.
MARKOVIC
O cavalo selvagem do Benfica, capaz de destroçar defesas num momento de inspiração ou numa aceleração imparável, evoluiu para ser também um jogador de equipa que assiste, defende pressiona como os outros, como se viu de forma marcante no jogo contra o Porto na Luz. É óbvio que são os lances de génio que ficam na retina e que fazem dele um jogador de excepção. Os golos em Alvalade e na Luz contra o Vitória de Guimarães foram a sua griffe.
LIMA & RODRIGO
Foram as lanças da equipa. O ocaso (lesão) de Cardozo deu oportunidade a uma nova dupla na frente de ataque. Trouxeram velocidade, repentismo, muito trabalho, pressão (era neles que começava o processo defensivo) e bastantes golos, alguns bem importantes. O seu sucesso levou a que Cardozo fosse encostado pela primeira vez desde 2008. Naturalmente foram o melhor (Lima) e o segundo (Rodrigo) marcadores do Benfica.
ÓSCAR CARDOZO
Tal como com Matic, a memória não deve ser curta. Entre Setembro e Novembro, do golo em Guimarães ao hat-trick ao Sporting para a Taça de Portugal, Cardozo foi o abono de família ofensivo com 5 golos em 5 jornadas mais os 3 na Taça, vitais para manter o Benfica na luta pelos títulos internos. E antes de ser eventualmente descartado, convém saber quem e o quê (sistema de jogo) há para lhe suceder.
TRÊS AAA: AMORIM (RUBEN) E ANDRÉS GOMES E ALMEIDA
Não estão juntos apenas por serem Portugueses, mas por terem sido relativamente pouco utilizados, especialmente os Andrés, até à parte final da temporada. Todos foram importantes para o sucesso da rotação. Ruben Amorim destacou-se e parece no topo da sua carreira: um médio completo e de grande qualidade.



LISBON ON FIRE WITH BENFICA!!!


ADEPTOS BENFIQUISTAS
São fantásticos e inigualáveis, são o tão afamado 12º jogador. Para não mencionar os óbvios, saliento os jogos com o Estoril em casa e com o Arouca em Aveiro como exemplos da imparável maré encarnada que conheceu o seu máximo no Domingo de Páscoa. Eles merecem, NÓS merecemos este título como ninguém!
O MANEL
O Manel deve ter sido a mais genial tirada de Jorge Jesus. Foi uma resposta que desdramatizou a saída de Matic e que valorizou os jogadores do plantel. A prática veio a demonstrar que o havia muitos Maneís no Benfica, todos eles prontos a entrar no jogo integrando-se na equipa de forma natural. O Manel foi a poção mágica do Benfica 2013/14e foi a encarnação do lema do Benfica: E Pluribus Unum. De Muitos, Um!!!
O MEU ONZE:
  1. OBLAK
  2. MAXI
  3. LUISÃO
  4. GARAY
  5. SIQUEIRA
  6. MATIC
  7. MARKOVIC
  8. ENZO
  9. LIMA
  10. RODRIGO
  11. GAITAN 
    P.S. Se me fosse permitido dedicar este Campeonato Nacional, dedicá-lo-ia a EUSÉBIO e a COLUNA, duas lendas maiores do BENFICA!

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