A EXUMAÇÃO DE D. AFONSO HENRIQUES
Por vezes parece que em Portugal tudo gere polémica e trapalhada. Uma investigadora pediu autorização ao IPPAR de Coimbra e à Arquidiocese de Coimbra para abrir o túmulo de D. Afonso Henriques e de D. Mafalda, para conduzir alguns exames científicos que permitam conhecer melhor o primeiro Rei de Portugal.
As duas entidades deram o seu acordo com certas condições e a exumação iria realizar-se hoje. Tipicamente tarde e más horas, o Ministério da Cultura e a Direcção do IPPAR descobriram o que se ia passar e concluíram que a Direcção Regional de Coimbra não tinha competência para decidir a questão e que havia falhas processuais graves, nomeadamente a inexistência de autorização da Senhora Ministra da Cultura. Consequentemente a operação foi cancelada e, inevitavelmente, vai-se proceder a uma investigação para descobrir o que correu mal. Talvez não apure responsabilidades de forma liminar, mas deve ocupar alguns excedentários durante uns meses e assim mitigar a agitação social.
Entretanto, os investigadores, incluindo alguns estrangeiros de Sua Majestade viram a estátua funerária e foram, porventura, desenterrar algum faraó no Egipto, tarefa provavelmente mais simplex apesar das inúmeras maldições normalmente associadas a esse tipo de empreendimentos.
Não questiono que uma investigação deste tipo e incidindo sobre quem é, não possa ser tomada de ânimo leve e que tenha de subir a um determinado patamar. O que é espantoso, é que as estruturas da Administração Pública, neste caso do IPPAR, desconheçam as formalidades e os requisitos processuais. Enfim, qualquer dia vamos a Londres e vemos a múmia de D. Sancho I exposta no British Museum.
Por Bandeira, in Diário de Notícias de 07/07/06
Por vezes parece que em Portugal tudo gere polémica e trapalhada. Uma investigadora pediu autorização ao IPPAR de Coimbra e à Arquidiocese de Coimbra para abrir o túmulo de D. Afonso Henriques e de D. Mafalda, para conduzir alguns exames científicos que permitam conhecer melhor o primeiro Rei de Portugal.
As duas entidades deram o seu acordo com certas condições e a exumação iria realizar-se hoje. Tipicamente tarde e más horas, o Ministério da Cultura e a Direcção do IPPAR descobriram o que se ia passar e concluíram que a Direcção Regional de Coimbra não tinha competência para decidir a questão e que havia falhas processuais graves, nomeadamente a inexistência de autorização da Senhora Ministra da Cultura. Consequentemente a operação foi cancelada e, inevitavelmente, vai-se proceder a uma investigação para descobrir o que correu mal. Talvez não apure responsabilidades de forma liminar, mas deve ocupar alguns excedentários durante uns meses e assim mitigar a agitação social.
Entretanto, os investigadores, incluindo alguns estrangeiros de Sua Majestade viram a estátua funerária e foram, porventura, desenterrar algum faraó no Egipto, tarefa provavelmente mais simplex apesar das inúmeras maldições normalmente associadas a esse tipo de empreendimentos.
Não questiono que uma investigação deste tipo e incidindo sobre quem é, não possa ser tomada de ânimo leve e que tenha de subir a um determinado patamar. O que é espantoso, é que as estruturas da Administração Pública, neste caso do IPPAR, desconheçam as formalidades e os requisitos processuais. Enfim, qualquer dia vamos a Londres e vemos a múmia de D. Sancho I exposta no British Museum.
2 comentários:
Talvez tudo isto tenha acontecido pq a Srªa Ministra e o Sr. Presidente do IPPAr não conseguiram dar uma entrevista à equipa de Televisão que está a fazer um documentário sobre a acção desta distinta investigadora e da sua equipa multi-disciplinar e de nivel internacional.
Pobre Afonso, que país criaste!
Afonsino
Afonso e João: Se calhar ambos têm razão....
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