CLEMÊNCIA PARA AGRESSOR E PUNIÇÃO PARA AGREDIDO
Facto: na Final do Campeonato do Mundo Alemanha/2006 entre a Itália e a França, o capitão francês, Zidane, afastou-se do defesa italiano Materazzi e depois correu para ele e desferiu-lhe brutal cabeçada no tórax.
Consequência directa: Zidane foi expulso do jogo e Materazzi somou ao golo já marcado, um dos 5 penalties que levaram a Itália ao 4º título mundial.
O Day After no mundo: Itália aclamada pela vitória, condenação geral pela brutalidade de Zidane e lamento pela forma violenta como este acabou uma carreira de grande mérito.
O Day After em França e na Argélia: branqueamento da cabeçada de Zidane; o Italiano é um mau carácter mafioso e Zidane limitou-se a defender a honra ofendida (só foi pena não ter um sabre à mão!).
A FIFA: alertada para o facto inédito de poder ter havido algum insulto ou provocação de Materazzi, decide abrir um inquérito para apurar se Materazzi terá insultado a família Zidane ou se terá apenas dito que lasagna é muito melhor do que bouillabaisse. Para o caso, era indiferente se se tratava de um jogador francês, togolês, ou tobaguenho.
Post-Day After em Itália: os media italianos recordam os 140 (ou 14) cartões vermelhos mostrados a Zidane ao longo da carreira e o seu record de dois vermelhos directos em fases finais de Mundiais por agressão. Descobrem que Zidane terá mimoseado o árbitro uruguaio do Portugal-França com um insulto pouco abonatório para a mãe respectiva.
Post-Day After em Portugal: na sequência do ponto anterior, há portugueses que sonham com a repetição da final de Berlim, mas entre a Itália e Portugal. Providências cautelares para que Costinha e Pauleta não possam aproximar-se a menos de 50 km do Estádio Olímpico de Berlim.
Post- Day After no Reino Unido e em França: experts em leitura labial desdobram-se em descobertas sobre o que Materazzi terá dito a Zidane. Entre insultos à mãe, à irmã, a um primo do sogro, a terrorista islamita, até guarda-costas de Bin Laden, só conseguiu concluir-se que os insultos e provocações devem ter durado entre 17 e 22 minutos.
Conclusões da FIFA:
* Materazzi é um patife que, além de se ter atrevido a dizer algo de que Zidane não gostou, ainda teve a desfaçatez de não se desviar da marrada do Francês: 2 jogos de castigo para não poder marcar mais golos à França em Setembro e 5.000 Francos Suíços de multa.
* Zidane é uma vítima das provocações e aleivosias do Italiano, mas mesmo assim portou-se um pouco mal e por isso vai ficar sentado na barraca enquanto os amigos jogam os 3 primeiros jogos que costumam fazer na praia durante as férias e ainda tem de pagar uma multa de 7.500 Francos Suíços para despesas de expediente. Além da Bola de Ouro, também recebe a Bola de Chumbo e comprometeu-se com a FIFA a participar em acções de formação em agressões e cabeçadas junto de crianças e adolescentes desfavorecidos.
Obrigado à FIFA por nos mostrar que Portugal não está sozinho nas trapalhadas futebolísticas, nas decisões enviesadas, no tratamento desigual de jogadores e países, no comportamento politicamente correcto e interesseiro.
P.S. Conclusão sonhada: Zidane agradece publicamente os bons ofícios do impoluto Sr. Blatter dando-lhe uma marrada de reconhecimento.
Facto: na Final do Campeonato do Mundo Alemanha/2006 entre a Itália e a França, o capitão francês, Zidane, afastou-se do defesa italiano Materazzi e depois correu para ele e desferiu-lhe brutal cabeçada no tórax.
Consequência directa: Zidane foi expulso do jogo e Materazzi somou ao golo já marcado, um dos 5 penalties que levaram a Itália ao 4º título mundial.
O Day After no mundo: Itália aclamada pela vitória, condenação geral pela brutalidade de Zidane e lamento pela forma violenta como este acabou uma carreira de grande mérito.
O Day After em França e na Argélia: branqueamento da cabeçada de Zidane; o Italiano é um mau carácter mafioso e Zidane limitou-se a defender a honra ofendida (só foi pena não ter um sabre à mão!).
A FIFA: alertada para o facto inédito de poder ter havido algum insulto ou provocação de Materazzi, decide abrir um inquérito para apurar se Materazzi terá insultado a família Zidane ou se terá apenas dito que lasagna é muito melhor do que bouillabaisse. Para o caso, era indiferente se se tratava de um jogador francês, togolês, ou tobaguenho.
Post-Day After em Itália: os media italianos recordam os 140 (ou 14) cartões vermelhos mostrados a Zidane ao longo da carreira e o seu record de dois vermelhos directos em fases finais de Mundiais por agressão. Descobrem que Zidane terá mimoseado o árbitro uruguaio do Portugal-França com um insulto pouco abonatório para a mãe respectiva.
Post-Day After em Portugal: na sequência do ponto anterior, há portugueses que sonham com a repetição da final de Berlim, mas entre a Itália e Portugal. Providências cautelares para que Costinha e Pauleta não possam aproximar-se a menos de 50 km do Estádio Olímpico de Berlim.
Post- Day After no Reino Unido e em França: experts em leitura labial desdobram-se em descobertas sobre o que Materazzi terá dito a Zidane. Entre insultos à mãe, à irmã, a um primo do sogro, a terrorista islamita, até guarda-costas de Bin Laden, só conseguiu concluir-se que os insultos e provocações devem ter durado entre 17 e 22 minutos.
Conclusões da FIFA:
* Materazzi é um patife que, além de se ter atrevido a dizer algo de que Zidane não gostou, ainda teve a desfaçatez de não se desviar da marrada do Francês: 2 jogos de castigo para não poder marcar mais golos à França em Setembro e 5.000 Francos Suíços de multa.
* Zidane é uma vítima das provocações e aleivosias do Italiano, mas mesmo assim portou-se um pouco mal e por isso vai ficar sentado na barraca enquanto os amigos jogam os 3 primeiros jogos que costumam fazer na praia durante as férias e ainda tem de pagar uma multa de 7.500 Francos Suíços para despesas de expediente. Além da Bola de Ouro, também recebe a Bola de Chumbo e comprometeu-se com a FIFA a participar em acções de formação em agressões e cabeçadas junto de crianças e adolescentes desfavorecidos.
Obrigado à FIFA por nos mostrar que Portugal não está sozinho nas trapalhadas futebolísticas, nas decisões enviesadas, no tratamento desigual de jogadores e países, no comportamento politicamente correcto e interesseiro.
P.S. Conclusão sonhada: Zidane agradece publicamente os bons ofícios do impoluto Sr. Blatter dando-lhe uma marrada de reconhecimento.
Valentino Rossi, Italiano e Penta-Campeão Mundial de Moto GP, subiu ao podium depois de ter vencido o Grande Prémio da Alemanha na semana passada, envergando a camisola nº 23 da Squadra Azzurra... a camisola de Materazzi. O defesa do Inter não é nenhum santo, mas tem amigos bons, corajosos e patriotas.
1 comentário:
O papel da Fifa em todo este processo é vergonhoso.se o critério pega,os clubes vao ter de constituir planteis de 50 jogadores tantos vão ser os castigos.de facto,e para todos os efeitos,a França tem um poder tenebroso no futebol mundial do qual já fomos vitimas como é bem sabido
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