O CAMPEÃO VOLTOU
OS PROTAGONISTAS
O Sport
Lisboa e Benfica conquistou o Campeonato Nacional 2013/14, o 33º do seu
historial ímpar. Muitos contribuíram para o sucesso. É sobre eles que nos
debruçamos neste post.
Os Onze Eusébios que bateram o Porto na
Luz por 2-0. Este é o meu Onze ideal 2013/14.
OS PROTAGONISTAS:
JORGE
JESUS
O
treinador do Benfica é o principal protagonista do triunfo no Campeonato. A equipa
entrou na prova como se tivesse pontos negativos e seguramente com uma nuvem
negra sobre a cabeça. Jorge Jesus, depois de alguns tropeções iniciais,
conseguiu dar identidade e rumo à equipa. Com isso conseguiu retomar o caminho
dos triunfos alicerçados na mesma táctica, mas numa postura e atitude
diferentes: o Benfica deixou de esmagar os adversários atropelando-os numa
vertigem ofensiva (que eu adorava) e passou a esmagá-los negando-lhes o jogo e
abatendo-os ora com longos ataques planeados, ora com raids fulminantes.
Descoberto o rumo, definidas as prioridades, Jorge Jesus nunca se desviou da rota,
mesmo quando pressionado a poupar menos na UEFA, por exemplo. Saliento mais
dois aspectos:
1- A criação de uma união de betão no plantel, uma equipa solidária
e combativa que terá sido conquistada nos suspiros finais do épico jogo da 2ª
jornada.
2- Ter uma equipa de 25 jogadores em vez dos 11 ou 14 habituais. As
remodelações profundas do onze que Jesus introduziu em vários jogos, mantendo a
veia vencedora, foi outro grande trunfo do Benfica.
Ah! Eu pertenço ao grupo dos que queriam, há um ano, que Jesus
continuasse no Benfica.
Jorge Jesus na Luz no dia da homenagem a
Eusébio e da descolagem no Campeonato.
LUÍS
FILIPE VIEIRA
Se Jorge Jesus foi o primeiro protagonista, o Presidente do Benfica foi o principal pilar da época triunfante do
clube. Teve a coragem de manter o treinador numa altura crítica e continuar
a apoiá-lo no começo atribulado da nova época e ainda lhe reforçou o plantel.
Além disso, conseguiu manter a estrutura directiva unida em torno dos
objectivos maiores do Benfica, garantindo que não havia vozes dissonantes nem
manobras de contra-vapor desde o topo até à base da pirâmide. Criou as
condições; o resto foi com o treinador e jogadores.
JAN OBLAK
Oblak foi um bloco, ou melhor, uma parede. Olhão foi a oportunidade
e o pretexto para entregar a baliza do Benfica ao Esloveno que trouxe ao último
reduto encarnado a frieza, a segurança e a fiabilidade de que carecia. Não só por Oblak, mas também por ele, o
número de golos sofridos caiu a pique e aumentou a tranquilidade da equipa
e dos adeptos.
LUISÃO
& GARAY
As torres
que não são gémeas fizeram um Campeonato excepcional. Luisão
fez a melhor época da sua carreira aos 33 anos e Garay mostrou o instinto
goleador que deixara em Santander. Os dois jogaram quase sempre e sempre de
forma irrepreensível e foram os principais responsáveis por haver jogos em que
os adversários (Sporting, Porto e Estoril incluídos) quase não remataram à
baliza. Em suma, têm uma quota substancial no título.
SIQUEIRA
Finalmente foi encontrado o sucessor de Fábio Coentrão. Creio que
não será necessário dizer mais a não ser que espero que permaneça no Benfica.
MAXI
& SÍLVIO
Maxi não foi tão exuberante como noutros anos, mas teve a garra e a
experiência para não comprometer e ser fiável e competente. Sílvio, que
partilha o prémio do azar com Sálvio (será do nome?) e com Cardozo, foi um
elemento precioso na necessária rotação: fazer as duas alas defensivas com a
mesma qualidade não é para todos.
MATIC
Não, não me esqueci do gigante da Sérvia, jogador extraordinário, um tanque com inteligência, técnica e
velocidade. Só jogou meia época, mas enquanto esteve no Benfica foi
imprescindível e inigualável.
FEJSA
O
regresso de um nº 6 puro e duro à equipa após a partida de Javi
Garcia há dois anos. O meio campo do Benfica perdeu em exuberância e qualidade
ofensiva, mas ganhou em solidez defensiva. Os centrais e o guarda-redes
agradecem a Fejsa.
ENZO
PEREZ
O Argentino foi a plataforma à volta da qual girou muito do futebol
do Benfica: empenho defensivo, pressão, intensidade, inteligência na gestão da
bola e dos tempos do jogo e qualidade no ataque, foi o motor da equipa,
especialmente após a saída de Matic. Foi
dos melhores senão o melhor jogador do Campeonato.
SALVIO
Um dos maiores desequilibradores do Benfica jogou pouco por lesão,
mas ainda ajudou a fazer a diferença.
GAITAN
O génio
do Benfica 2013/14. Exibiu-se a um nível nunca visto na Luz. Ao brilhantismo que sempre
teve, somou a solidariedade defensiva, a disciplina táctica e a regularidade
exibicional. Ser muito bom muitas vezes foi o que Gaitan fez e que mais ninguém
conseguiu neste Campeonato. Aquele
incrível “chapéu” no Restelo pode ser a sua signature
neste Campeonato.
MARKOVIC
O cavalo selvagem do Benfica, capaz
de destroçar defesas num momento de inspiração ou numa aceleração imparável,
evoluiu para ser também um jogador de equipa que assiste, defende pressiona
como os outros, como se viu de forma marcante no jogo contra o Porto na Luz. É
óbvio que são os lances de génio que ficam na retina e que fazem dele um
jogador de excepção. Os golos em
Alvalade e na Luz contra o Vitória de Guimarães foram a sua griffe.
LIMA
& RODRIGO
Foram as
lanças da equipa. O ocaso (lesão) de Cardozo deu oportunidade a uma nova dupla na
frente de ataque. Trouxeram velocidade, repentismo, muito trabalho, pressão
(era neles que começava o processo defensivo) e bastantes golos, alguns bem
importantes. O seu sucesso levou a que Cardozo fosse encostado pela primeira
vez desde 2008. Naturalmente foram o melhor (Lima) e o segundo (Rodrigo)
marcadores do Benfica.
ÓSCAR
CARDOZO
Tal como com Matic, a memória não deve ser curta. Entre Setembro e Novembro, do golo em
Guimarães ao hat-trick ao Sporting para a Taça de Portugal, Cardozo foi o abono de família ofensivo com 5 golos em 5 jornadas mais os 3
na Taça, vitais para manter o Benfica na luta pelos títulos internos. E antes
de ser eventualmente descartado,
convém saber quem e o quê (sistema de jogo) há para lhe suceder.
TRÊS AAA:
AMORIM (RUBEN) E ANDRÉS GOMES E ALMEIDA
Não estão juntos apenas por serem Portugueses, mas por terem sido
relativamente pouco utilizados, especialmente os Andrés, até à parte final da
temporada. Todos foram importantes para o sucesso da rotação. Ruben Amorim
destacou-se e parece no topo da sua carreira: um médio completo e de grande
qualidade.
LISBON
ON FIRE WITH BENFICA!!!
ADEPTOS BENFIQUISTAS
São fantásticos e inigualáveis, são o tão afamado 12º jogador. Para
não mencionar os óbvios, saliento os jogos com o Estoril em casa e com o Arouca
em Aveiro como exemplos da imparável maré encarnada que conheceu o seu máximo
no Domingo de Páscoa. Eles merecem, NÓS
merecemos este título como ninguém!
O MANEL
O Manel
deve ter sido a mais genial tirada de Jorge Jesus. Foi uma resposta que
desdramatizou a saída de Matic e que valorizou os jogadores do plantel. A
prática veio a demonstrar que o havia muitos Maneís no Benfica, todos eles
prontos a entrar no jogo integrando-se na equipa de forma natural. O Manel foi
a poção mágica do Benfica 2013/14e foi a encarnação do lema do Benfica: E
Pluribus Unum. De Muitos, Um!!!
O MEU
ONZE:
- OBLAK
- MAXI
- LUISÃO
- GARAY
- SIQUEIRA
- MATIC
- MARKOVIC
- ENZO
- LIMA
- RODRIGO
- GAITAN
P.S. Se me fosse permitido dedicar este Campeonato Nacional, dedicá-lo-ia a EUSÉBIO e a COLUNA, duas lendas maiores do BENFICA!
POSTS RELACIONADOS:“O CAMPEÃO VOLTOU – MOMENTOS-CHAVE”, 12/05/2013 em“DIGA 33!!!”, 22/04/2013 em“BENFICA CAMPEÃO”, 09/06/2010 em“CAMPEÕES”, 10/05/2010 em
Sem comentários:
Enviar um comentário