17 junho, 2012

Se Eu Fosse Grego

SE EU FOSSE GREGO….


 
Se eu fosse Grego, jamais votaria no PASOK que arruinou a Grécia e depois a ofereceu no altar do sacrifício da austeridade demencial a Merkel e a Schauble.
Se eu fosse Grego, não votaria na Nova Democracia, porque é co-responsável pela ruína da Grécia e é cúmplice na sua rendição.
Se eu fosse Grego, por memória e por princípio, jamais votaria em partidos de índole totalitária, fossem eles fascistas ou comunistas.
Se eu fosse Grego, exigiria o julgamento de todos os que praticaram actos criminosos e contra o interesse nacional no exercício de cargos públicos.
Se eu fosse Grego, perguntar-me-ia porque é que entre tantos partidos, não surge um democrático, de direita, honesto, competente e com coragem para fazer face aos interesses obscuros internos e às chantagens externas.
Se eu fosse Grego, declarava personae non grata todos os burocratas e políticos estrangeiros que fizessem pressão ou proferissem ofensas à nação grega.
Se eu fosse Grego, não ratificava o Pacto Orçamental.
Se eu fosse Grego, mandava o Memorando da troika às urtigas, entrava em default, não saía do euro…
Se eu fosse Grego…. provavelmente já não saberia o que fazer.
Eu, na realidade sou Português, mas vejo-me Grego para não ficar como os Gregos.


P.S. Contra todas as expectativas, a Grécia triunfou no Euro. Mas foi no Euro-2012 em futebol. Um golo de Karagounis, colocou a Grécia nos quartos de final, provavelmente para jogar contra a Alemanha. Os Deuses^do Olimpo podem não ter dinheiro, mas ainda têm sentido de humor.

7 comentários:

Sérgio Lira disse...

Pois, Rui - nśo não somos gregos (ainda) mas as decisões são semelhantes. E daqui a uns meses (anos?), qd chegar a nossa vez de decidir "mais do mesmo" ou "revolução"... vasmos escolher o quê? ah, e já agora, porque não exigir responsabilidade aos criminosos portugueses, e tãosomente aos gregos? é que também os há por cá, ou por plagas estrangeiras, que isto aqui é um chiqueiro...

Alberto Martins disse...

Prof. Rui Miguel

Infelizmente todos nos vamos ver GREGOS só não “entendo” como é que esses governantes adquiriram o poder.
Será uma classe política dominante que está dependente de cidadãos estúpidos?
Senão, como conseguiriam a legitimação.

Cadafalso com eles já.

Alberto Martins disse...

Prof. Rui Miguel

Infelizmente todos, nos vamos ver GREGOS só não “entendo” como é que esses governantes adquiriram o poder.
Será uma classe política dominante que está dependente de cidadãos estúpidos?
Senão, como conseguiriam a legitimação.

Cadafalso com eles já.

Anónimo disse...

Post imaginativo. A sua criatividade não tem limites!!!
Mas afinal os gregos não pensam como o Miguel Ribeiro: votaram na Nova Democracia.
E a Merkel não perde tempo: já se pôs a cobrar-lhes (aos gregos) o cumprimento do memorando.

Cristina

Rui Miguel Ribeiro disse...

Sérgio:

Se a escolha for "mais do mesmo" ou "revolução", acho que é melhor esta. Perdido por 10, perdido por 100!
Quanto à responsabilização dos criminosos portugueses, não podia estar mais de acordo. Só não o referi, porque estava a falar da Grécia.

Rui Miguel Ribeiro disse...

Caro Alberto,

É difícil responder. Arriscaria dizer que as sociedades ocidentais vivem resignadas aos sistemas partidários vigentes desde o pós-II Guerra Mundial, nalguns caos há mais tempo ainda e estão "carneiristicamente" reféns dessas máquinas partidárias que produzem lideranças (') por mecanismo internos pouco transparentes e que seguem uma agenda similar, só variando a competência.

Rui Miguel Ribeiro disse...

Cristina:

Lisonjeia-me. Muito obrigado.

Não, não pensam. No fundo, é aquilo que referi no comentário anterior: as pessoas vivem apavoradas com a perspectiva de romeperem com os partidos tradicionais e com as suas receitas fotocopiadas. Valha a verdade que as alternativas que os gregos tinham não eram famosas....