EUSÉBIO
– A LENDA
Vinha de carro a caminho de casa quando sintonizei a TSF
e ouvi José Augusto lamentar a morte do Eusébio.
Foi um choque. Confesso que fiquei emocionado.
Chegado
a casa, enviei um SMS ao João Carlos, meu grande amigo e fervoroso Benfiquista:
“O nosso Eusébio morreu!”
A mensagem foi espontânea, mas traduz o sentimento de muitos: o Eusébio
é nosso. É da família, é claro; é do
Benfica, obviamente; é de Portugal, certamente; e é também do mundo, do mundo
do futebol, porque essa é a dimensão de Eusébio.
Não conheci Eusébio pessoalmente, mas o meu Pai teve
mais sorte que eu. No final dos anos 70, encontrou-se com o Eusébio num evento
da Adidas em Munique. Em conversa, o meu Pai disse-lhe que o filho mais velho
era um adepto fanático do Benfica. Sensibilizado, Eusébio entregou-lhe uma
fotografia dele com a sua segunda Bota de Ouro, com dedicatória e autógrafo para
mim. Hoje é a minha vez de retribuir de forma singela, publicando a fotografia,
cortesia de Eusébio, prenda do meu Pai.
Em bom rigor, já sou da geração pós-Eusébio,
mas ele está intrinsecamente ligado ao meu “despertar” para o futebol:
* O primeiro jogo de que tenho
memória de ver na televisão foi a final da Taça de Portugal de 1971/72, na qual
Eusébio
fez um hat-trick que deu a Taça ao Benfica (3-2 ao Sporting).
* O primeiro jogo que vi ao vivo,
no Estádio Municipal de Guimarães, Eusébio alinhou no onze encarnado. Dessa
vez não marcou nenhum golo, embora o Benfica tivesse vencido por 1-2.
Para mim, Eusébio foi um jogador fabuloso que
conjugava velocidade, técnica, potência, incrível capacidade de remate e faro
pelo golo. Para além disso, era um jogador com muito fair-play, humildade e
respeito pelos adversários. Finalmente, jogava com grande amor à camisola,
fosse a do Benfica ou a de Portugal, sentimento imortalizado nas
lágrima vertidas após a meia final de Wembley no Mundial de 1966 com a
Inglaterra.
As instituições são maiores do que as pessoa que as
integram e não há insubstituíveis, são duas afirmações recorrentes e
genericamente correctas.
Não obstante, não me custa reconhecer que, sendo o
Benfica grande ainda antes do Eusébio, não seria tão grande como é
hoje se não tivesse vindo o Eusébio.
Isto não empequenece o Benfica de forma alguma, mas coloca Eusébio num patamar elevadíssimo: além
da glória individual que vários atingem, catapultou o próprio clube para uma
dimensão diferente.
Houve
o Santos de Pelé, houve o Ajax de Cruijff e houve o Benfica de Eusébio.
EUSÉBIO PARTIU, MAS A LENDA DO PANTERA
NEGRA PERDURARÁ PARA SEMPRE.
OBRIGADO
POR TUDO EUSÉBIO.
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