FUGIU-LHE
A BOCA…
Recentemente, Passos Coelho aproveitou um comício em
Santarém para se vangloriar.
Disse que havia boas razões para recordar 2014. Talvez
porque se aproxima a data em teremos a oportunidade (a ver vamos se é
aproveitada) para lhe dar um chuto nos fundilhos.
Disse que os “donos do país estão a desaparecer”,
esquecendo-se de referir que ele tratou de arranjar novos.
Disse que as pessoas agora “se sentem ameaçadas pela
mudança”. Não é de agora. Dias após a sua tomada de posse e desde então, o que
as pessoas mais sentem é ameaça. Podia acrescentar medo, revolta e desprezo. E
a mudança que ele implementou é a de uma sociedade exaurida, empobrecida,
descrente.
Disse que a economia “está a crescer sem criar dívida”,
o que é notável dado que a dívida disparou no seu mandato e a economia encolheu
muito e agora cresce pouco.
Disse que “não precisamos de radicalismos para impor a
nossa mudança”. Radicalismo foi o que mais houve: nos aumentos de impostos, nos
cortes de salários, na roubalheira (quase) generalizada.
Duas verdades, porém: a “nossa mudança”. Sim, a mudança é a dele
e dos seus acólitos e dos seus mestres. E sim, foi imposta. Imposta contra os
compromissos políticos e eleitorais e sempre a tentar
impor contra os ditames legais e constitucionais. Fugiu-lhe a boca para a verdade.
Uns dias antes, Coelho tinha realçado que não é verdade
que todos os políticos sejam iguais. Fugiu-lhe
outra vez a boca para verdade. Não são de facto. Ele é muito pior do que os
outros. Mentiroso, incompetente e fanfarrão, é o que ele é.
Já se sabe que as indirectas a António Costa via caso
Sócrates vão ser a preocupação principal do discurso de Coelho durante os
próximos 10 meses. Político pequenino, mente pequenina, pessoa mesquinha. A ver
vamos se ele próprio não vai engrossar o lote de vigaristas legalmente
certificados.
1 comentário:
Quando lhe calhar a vez de ir dentro não vai ter nem os capangas a visita-lo...
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