FLASHBACK
SÍRIO
As áreas de ocupação
territorial dos principais actores da Guerra da Síria..
Ontem estive a rever os meus arquivos sobre alguns países do Médio Oriente, nomeadamente sobre a Síria e encontrei algumas curiosidades.
Em Julho de 2012, por exemplo, abundavam os títulos
como “Beginning of the End” (Washington
Post) “The Endgame In Syria” (Stratfor), “Towards the Endgame” (The Economist),
“Syris’s Attempt to Negotiate the Endgame” (Stratfor), “Consequences of the
Fall of the Syrian Regime” (Stratfor), que prognosticavam a iminente derrota do
regime de Bashar Al Assad, fosse por colapso do regime, derrota militar, ou
rendição negociada.
Pouco mais de um ano depois, no Verão de 2013, o
buzz mediático e analítico focava-se na iminente intervenção militar dos
Estados Unidos na Síria à conta da infame red line das armas químicas.
Por essa altura, já agora, Tempos Interessantes
proclamava que a guerra estava para durar: “Síria: A Guerra Está Para Durar”, a
20 de Julho de 2013 em http://tempos-interessantes.blogspot.pt/2013/07/siria-guerra-esta-para-durar.html
.
Volvidos 15 a 36 meses sobre essas notícias,
análises e prognósticos, verificamos quão longe do alvo se encontravam. Como é
habitual, sobrestimaram-se as boas
notícias e subestimaram-se os maus da
fita.
Quase quatro anos desde que a guerra começou, o
cenário apresenta-se mais complexo, imprevisível e confuso do que nunca, num
tabuleiro em que se digladiam os radicais do Estado Islâmico e do Jabhat
Al-Nusra, os cada vez mais invisíveis moderados, os Curdos, o regime de
Damasco, o Hezbollah e os EUA e os seus parceiros árabes e, indirectamente, a
Turquia, o Irão e a Rússia.
Com tantos players em jogo, com alianças e
inimizades de geometrias variáveis, com objectivos e métodos volúveis, o
cenário da Guerra da Síria apresenta-se cada vez mais difuso.
Compreensivelmente, as previsões são mais raras e menos ousadas. Contudo, eu
diria que no Natal de 2015 ainda estaremos a discutir a Guerra da Síria.
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