FURY
A inscrição de “Fury” na peça.
O filme é muito, muito bom. É historicamente fidedigno
ao nível do armamento, dos uniformes e da plausibilidade do argumento. O “Fury”,
que é o tanque de guerra que dá o nome ao filme, é um exemplar original dos M4 Sherman
utilizados pelos Estados Unidos na II Guerra Mundial. E tem cenas fantásticas
de combates de blindados, das quais destaco a impressionante demonstração de
poder de fogo do tanque alemão Tiger I, também ele o único exemplar funcional.
Incrível!
O Tiger I da Wehrmacht em acção.
O título é particularmente feliz já que o filme também é
bastante realista a mostrar o que é a guerra na sua crueza e dureza, enfim, na
sua fúria.
Mostra-nos a guerra muito para além daquilo que muitos
acham, algo que se rege por um guião onde tudo está previsto, os limites são
bem traçados e os comportamentos são rigidamente contidos e controlados.
Em “Fury” vemos a camaradagem, a solidariedade, a dor, a raiva e
a alegria dos brothers in arms e,
ocasionalmente, a compaixão pelo outro. E vemos também, com abundância, a
violência, a brutalidade, a vingança, o ódio, a prevalência do milenar “olho
por olho, dente por dente”. Numa palavra, a FÚRIA.
O M4 Sherman “Fury” com tripulação extra.
A fúria da guerra, a fúria pela queda dos camaradas, a fúria do
inimigo e a nossa num caldo de aço, fogo, sangue e morte.
Quem espera e exige comportamentos imaculados e exemplares no
fragor do campo de batalha não sabe do que está a falar. It’s all FURY!
2 comentários:
Vi e gostei, apesar de achar que a maior qualidade da realização é a sua espectacularidade. Dá ainda uma perspectiva algo pormenorizada dos constrangimentos da batalha e do heroísmo de muitos que afinal se consideravam pessoas comuns.
Vi e gostei, apesar de achar que a maior qualidade da realização é a sua espectacularidade. Dá ainda uma perspectiva algo pormenorizada dos constrangimentos da batalha e do heroísmo de muitos que afinal se consideravam pessoas comuns.
Enviar um comentário