22 dezembro, 2014

FURY

FURY
 Recentemente vi o filme “Fury”. Dado ser o último dia de exibição em Guimarães, não fiquei demasiado surpreendido por ser o único espectador na sala. O mesmo havia sucedido na última vez que fui ao cinema sem ser para ver desenhos animados com os meus filhos, nesse caso para ver “Downfall” (“Untergang” no original), que já tem 10 anos!!!
A inscrição de “Fury” na peça.
O filme é muito, muito bom. É historicamente fidedigno ao nível do armamento, dos uniformes e da plausibilidade do argumento. O “Fury”, que é o tanque de guerra que dá o nome ao filme, é um exemplar original dos M4 Sherman utilizados pelos Estados Unidos na II Guerra Mundial. E tem cenas fantásticas de combates de blindados, das quais destaco a impressionante demonstração de poder de fogo do tanque alemão Tiger I, também ele o único exemplar funcional. Incrível!
 
O Tiger I da Wehrmacht em acção.
 
O título é particularmente feliz já que o filme também é bastante realista a mostrar o que é a guerra na sua crueza e dureza, enfim, na sua fúria.
 
Mostra-nos a guerra muito para além daquilo que muitos acham, algo que se rege por um guião onde tudo está previsto, os limites são bem traçados e os comportamentos são rigidamente contidos e controlados.
 
Em “Fury” vemos a camaradagem, a solidariedade, a dor, a raiva e a alegria dos brothers in arms e, ocasionalmente, a compaixão pelo outro. E vemos também, com abundância, a violência, a brutalidade, a vingança, o ódio, a prevalência do milenar “olho por olho, dente por dente”. Numa palavra, a FÚRIA.
  
O M4 Sherman “Fury” com tripulação extra.
 
A fúria da guerra, a fúria pela queda dos camaradas, a fúria do inimigo e a nossa num caldo de aço, fogo, sangue e morte.
 
Quem espera e exige comportamentos imaculados e exemplares no fragor do campo de batalha não sabe do que está a falar. It’s all FURY!
 
 
 
 O trailer de “Fury”.
 

2 comentários:

C L disse...

Vi e gostei, apesar de achar que a maior qualidade da realização é a sua espectacularidade. Dá ainda uma perspectiva algo pormenorizada dos constrangimentos da batalha e do heroísmo de muitos que afinal se consideravam pessoas comuns.

C L disse...

Vi e gostei, apesar de achar que a maior qualidade da realização é a sua espectacularidade. Dá ainda uma perspectiva algo pormenorizada dos constrangimentos da batalha e do heroísmo de muitos que afinal se consideravam pessoas comuns.