09 dezembro, 2016

Pequeno Grande Patife



PEQUENO GRANDE PATIFE
 

 A cocaína não é o único cancro da Colômbia.


in “STRATFOR” at www.stratfor.com

O Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, negociou um acordo com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) para pôr termo a um conflito que durava há meio século.

Juan Manuel Santos submeteu os termos do acordo a referendo e perdeu. Perdeu por pouco (50.2% – 49.8%), mas perdeu. Democraticamente.

Pelo seu fracasso, Juan Manuel Santos foi galardoado (?!?) com o Prémio Nobel da Paz.

Refeito do desaire e confortado pelo Prémio, Juan Manuel Santos voltou à carga e renegociou o acordo com as FARC, o que foi concluído no final de Novembro.

Uma vez acordadas as alterações, Juan Manuel Santos submeteu a nova versão a novo referendo. FALSO! Não fez tal.

Uma vez acordadas as alterações ao acordo original, Juan Manuel Santos RECUSOU-SE a submeter a nova versão a novo referendo. Alternativamente, submeteu-o a aprovação no senado e na câmara de representantes onse a sua maioria o aprovou.

Juan Manuel Santos optou por forçar o seu estimado acordo em vez de respeitar a vontade popular. A exemplo do que outros já fizeram noutras paragens (França e Holanda, por exemplo), Juan Manuel Santos colocou o seu orgulho, a sua vontade e o seu medo à frente da vontade popular e da Democracia.

Com pequenas e grandes patifarias como esta e com pequenos e grandes patifes como este, é surpreendente como há ainda quem se espante e se choque com revoltas eleitorais contra o sistema estabelecido e os seus protagonistas e beneficiários. Enquanto estes patifes continuarem a atropelar a vontade popular expressa, o descontentamento e a revolta continuarão a crescer.



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