PEQUENO GRANDE PATIFE
A cocaína não é o único cancro da Colômbia.
O Presidente da Colômbia, Juan Manuel
Santos, negociou um acordo com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da
Colômbia) para pôr termo a um conflito que durava há meio século.
Juan Manuel Santos submeteu os termos
do acordo a referendo e perdeu. Perdeu por pouco (50.2% – 49.8%), mas perdeu.
Democraticamente.
Pelo seu fracasso, Juan Manuel Santos
foi galardoado (?!?) com o Prémio Nobel da Paz.
Refeito do desaire e confortado pelo
Prémio, Juan Manuel Santos voltou à carga e renegociou o acordo com as FARC, o
que foi concluído no final de Novembro.
Uma vez acordadas as alterações, Juan
Manuel Santos submeteu a nova versão a novo referendo. FALSO! Não fez tal.
Uma vez acordadas as alterações ao
acordo original, Juan Manuel Santos RECUSOU-SE
a submeter a nova versão a novo referendo. Alternativamente, submeteu-o a
aprovação no senado e na câmara de representantes onse a sua maioria o aprovou.
Juan Manuel Santos optou por forçar o
seu estimado acordo em vez de respeitar a vontade popular. A exemplo do que
outros já fizeram noutras paragens (França e Holanda, por exemplo), Juan Manuel
Santos colocou o seu orgulho, a sua vontade e o seu medo à frente da vontade
popular e da Democracia.
Com pequenas e grandes patifarias como esta e
com pequenos e grandes patifes como este, é surpreendente como há ainda quem se
espante e se choque com revoltas eleitorais contra o sistema estabelecido e os
seus protagonistas e beneficiários.
Enquanto estes patifes continuarem a atropelar a vontade popular expressa, o
descontentamento e a revolta continuarão a crescer.
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