SÓ HÁ
DUAS MANEIRAS
DE ISTO
ACABAR
As estimativas maximalista (13.000km) e minimalista
(8.000km) do ICBM Hwasong-15 lançado no dia 29 de
Novembro.
Tal como
prevíramos em Tempos Interessantes (“C’est Excessivement Grave”, 14/11/2017
em http://tempos-interessantes.blogspot.pt/2017/11/cest-excessivement-grave.html ). A Coreia do Norte não
iria cessar ou suspender os seus testes nucleares e de mísseis balísticos por
causa da pressão internacional, das ameaças dos Estados Unidos, ou da
influência da China.
Apesar da longa
visita de Donald Trump à Ásia Oriental com reuniões com as principais potências
e dos avisos produzidos pelos EUA, China, Coreia do Sul e Japão, a Coreia do
Norte realizou o seu 20º teste de um míssil balístico em 2017. E, tal como
outros dois realizados em Julho, também este foi um míssil intercontinental
(ICBM). Este teste superou os
anteriores, com o míssil (supostamente um novo modelo designado Hwasong-15 pela
TV norte coreana KCNA) a atingir 4.500km de altitude e voando cerca de 1000km
para leste.
Feitos os
cálculos, concluiu-se que o projéctil
teria um alcance de 13.000km lançado com uma trajectória balística normal e,
presumindo que transportava uma ogiva
com dimensão e peso realistas. Tal permitiria à Coreia do Norte atingir
qualquer ponto dos EUA. Caso a ogiva fosse uma réplica de pouco peso, o alcance
do míssil passaria a ser de 8.000km (ver mapa).
Como vem sendo
dito e repetido em Tempos Interessantes. É cada vez mais evidente que a Coreia do
Norte não cede a pressões, ameaças, ou sanções. O anúncio de novas sanções
pelos Estados Unidos e a convocatória de uma reunião de emergência do UNSC
(Conselho de Segurança das Nações Unidas) pelo Japão são exercícios fúteis,
inconsequentes e inúteis. Déjà vu.
O problema nuclear
norte-coreano só pode ser resolvido de duas maneiras, antagónicas por sinal:
1- A Coreia do Norte
conclui e estabiliza o seu projecto nuclear, completo com bombas atómicas e
termonucleares e mísseis de alcance intermédio (IRBM) e intercontinentais
(ICBM) fiáveis e capazes que lhe garantam uma capacidade dissuasora credível e
reconhecida.
2- Alguém (os EUA)
desencadeia um ataque maciço e devastador com meios convencionais e/ou
nucleares e destrói o regime e, porventura, o país, assim pondo termo
definitivo ao programa nuclear de Pyongyang.
Estas são as
opções. Agora é só analisar a viabilidade e as consequências de cada uma e
escolher. À la carte.
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