FRAUDE OU SUICÍDIO?
No início da semana o Público e a TVI divulgaram a segunda de uma série de 8 sondagens, que mostrava o PS (35%) colado ao PSD (36%). Mesmo não alimentando grandes ilusões acerca do próximo acto eleitoral, fiquei surpreendido.
Hoje, a 3ª sondagem coloca o PS à frente das intenções de voto! Fico atónito! Um partido que governa sozinho há 6 anos, a maior parte do tempo com maioria absoluta, e que conduziram o país a galope na direcção do abismo, da falência, da dívida incontrolável, da austeridade sem sentido, da recessão, da omnipresença ineficiente do Estado, da implacável extorsão dos rendimentos e poupanças da classe média e dos pensionistas, está bem colocado para ganhar as eleições?
in “Público” at http://www.publico.pt/Política/ps-passa-psd-e-cds-dispara-para-os-134_1494074
Confesso que aquilo que pensei foi: ou a sondagem é uma fraude miserável (ou fruto de grande incompetência), o que quero crer que não seja verdade, ou o país está tão mal, tão mal que já tem um forte pulsar suicidário! Sim, depois destes anos agonizantes em que todos os indicadores económicos relevantes se agravaram inapelavelmente, votar no PS em grandes números só pode significar uma irresistível e suicida atracção pelo abismo!
Post Scriptum PSD: Não obstante as sondagens me deixarem um pouco incrédulo, tenho de reconhecer que a liderança do PSD tem feito a sua parte para arranjar os sarilhos em que parece se ter metido, como podem recordar nestes 3 posts publicados em Março e Abril:
Post Scriptum CDS: É a melhor notícia das sondagens: o CDS aparece forte, com 10.5% e 13.4% nas duas sondagens. Penso que um CDS com peso eleitoral para influenciar o futuro governo seria bom para Portugal. E como o partido é habitualmente desvalorizado pelas sondagens…
Post Scriptum PCP: Desde o tempo do Estado Novo que o lema do PCP é a resistência e as sondagens indicam isso mesmo: continua a resistir com resultados entre 8% e 7% e até aparece em 4º lugar.
Post Scriptum BE: A outra boa notícia: o mais intolerante, radical e arrogante dos partidos cai para 5º com votações entre os 7% e os 6%.