ATÉ QUANDO BCE?
As previsões para a inflação da zona euro cresceram de 2.1% para 2.2%. E o que faz o Banco Central Europeu? Aumenta pelo 2º trimestre consecutivo as taxas de referência em 0.25%. As perspectivas de crescimento de um conjunto de países europeus semi-estagnados melhoram ligeiramente e eis que o BCE se aligeira a aumentar as taxas de juro. Para quê? Para amarfanhar a tímida recuperação económica?
Sempre fui favorável ao combate anti-inflacionista, até porque, para além das razões da ciência económica, cresci num país com uma taxa de inflação altíssima para os standards ocidentais (sim, é a Portugal que me refiro, não cresci na Bolívia ou no Brasil). No entanto, tal não significa que ache que se deva endeusar esse objectivo e perder de vista a saúde e a vitalidade económica de um conjunto de 12 países que não se medem apenas pelos valores da inflação ou do défice. Será que os senhores governadores do BCE querem para a Europa um destino semelhante ao do Japão dos anos 90: deflação e estagnação? Até quando BCE?
2 comentários:
Para além das divergências políticas (o laranja e o rosa), noto que os autores do blog coincidem na cartilha Keynesiana...
Caro Rui: Cavaco ou Cadilhe não diriam melhor. Contra estes engenheiros da economia, que tanto se distinguiram por piorar onde mexeram, só lhe digo: ainda bem que existe o BCE, com toda esta "ortodoxia" anti-inflacionista.
PVM
Francamente, não percebo onde está o Keynesiansmo que, aliás, não perfilho.
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