03 dezembro, 2012

Espanha com Resgate

ESPANHA COM RESGATE

 

in “The Economist”


 
Depois de muito estrebuchar, de muito não precisar, de bastante precisar sem condições, de algum precisar com condições especiais, aí vem o bailout, ou resgate, a Espanha. Para já, confinado ao resgate do sector financeiro (bancário), mas mesmo assim um resgate. E já vão 5 na Europa: Grécia, Irlanda, Portugal, Chipre e Espanha.

 
São más notícias para os Espanhóis, que já estão a ser triturados pelos famigerados pacotes de austeridade, que, com o resgate, se poderão agravar ainda mais. Ainda hoje, o Primeiro-Ministro Mariano Rajoy admitia aquilo que já se sabia: a Espanha não vai cumprir a meta do déficite estabelecida para 2012. E note-se que esta meta já tinha sido revista por Bruxelas por pressão/imposição do novo governo espanhol no início deste ano.

 
Com a economia em recessão e o desemprego nuns estratosféricos 25%, resta saber como a população espanhola reagirá ao prolongado tempo de empobrecimento e sofrimento que a aguarda.

 
A confirmar-se este cenário negro, acentua-se a possibilidade de uma intensificação das tensões nacionalistas e independentistas nalgumas províncias. Convém lembrar que na Catalunha, apesar do recuo da CiU, o peso parlamentar independentista aumentou nas eleições de Novembro.

 
Aproveitando o magnífico cartoon do “Economist”, these are times of Pain in Spain!

 

P.S. O Governo espanhol classificou de “torpe” a decisão de Israel construir mais 3000 habitações na zona de Jerusalém Oriental. É evidente que o lançamento de 700 rockets pelo Hamas contra Israel ANTES do último conflito eclodir não mereceu qualquer comentário de Madrid. A política pró-árabe de Espanha é tão obsessiva que por vezes parece enfermar de anti-semitismo.


P.P.S. Já agora gostaria de saber porque é que Portugal votou a favor da admissão da Palestina como estado observador da ONU. Mas que espécie de estado é a Palestina? É a Autoridade Palestiniana? É o Hamas? É a Faixa de Gaza? É a Cisjordânia? É a Palestina? Quem a representa? Ou é política externa ao sabor das correntes?
 

 

 

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