02 março, 2012

O Grande Confisco

O GRANDE CONFISCO

No final de Fevereiro, o meu salário decresceu outra vez. Umas dezenas de euros a menos, que significam umas centenas no final do ano. Continua, portanto, o fartar vilanagem fiscal deste governo, na sequência do que o anterior também fez.

Na verdade, o que estamos vivendo configura um verdadeiro confisco de grandes dimensões:
• Cortaram os salários da função pública.

• Confiscaram 50% metade do 13º mês de todos os que trabalham e dos pensionistas.

• Confiscam este ano o subsídio de férias e 13º mês na íntegra dos funcionários públicos.

• Aumentaram o IVA 2 vezes em dois anos.

• Aumentaram de forma brutal (quase triplicando a taxa) o IVA da electricidade e do gás.

• Vão aumentar gravosamente o IMI.

• Não actualizaram as tabelas do IRS este ano.

• E ainda portajaram as SCUT e aumentaram as taxas do SNS.

• E ainda cortaram tudo o que é subsídio (abono de família, desemprego, despedimento) e pensões.

 Aumentaram 3 vezes o IRS. Aumentaram 3 vezes o IVA. Cortaram 4 vezes os salários.
Se isto não é um GRANDE CONFISCO, então o que é?
Ah! Também se pode chamar de roubo. Crime organizado é o que é!

7 comentários:

Defreitas disse...

Há bastante tempo que não passo por cá. Aproveito para o saudar.

Ao ler o seu “post” lembrei-me do Dr. Goebbels, experto na arte da mentira, que dizia, segundo parece : “A mentira, mais ela é grossa, melhor ela passa” !

Dissimulada noutros tempos e difícil a descobrir e denunciar , os meios de comunicação modernos tornam a mistificação mais difícil a dissimular; permitindo assim de desmascarar as manhas do poder, mesmo, e sobretudo, se ele se diz “democrático.

Hoje, a base de toda conquista “democrática” do poder é constituída não pelas ideias, pelos programas, e ainda menos de ética, mas simplesmente de promessas e bajulações. Não se trata de obrigar e violentar, como nos sistemas absolutistas ou totalitários, mas de fazer aderir ... De convencer que se vive em” democracia”.

O objectivo é de fazer crer em promessas a uma multidão que tem interesses divergentes ou pelo menos apresentados assim, de a manipular graças à “informação”, ... sabendo que esta multidão não terá nenhum poder uma vez as eleições passadas.

O povo só pode deitar a culpa a si mesmo. O poder não pode ser acusado de ser “irresponsável” pois que imanando do povo!

A dedicação ao bem publico, com trémulos na voz, ... é para os “naïfs” !

Quem pode crer que é com um objectivo totalmente desinteressado que se empenham na política e solicitam os nossos votos ... embora seja o que eles declaram sem rir ! Quando se conhecem os privilégios de que beneficiam e toda a raiva que eles põem para os conservar só se pode duvidar.

Os discursos, escritos – quando existem, o que é raro – não denotam nenhuma análise profunda, nenhuma originalidade, nenhuma pertinência ... Eles dizem sempre a mesma coisa, isto é, o que os eleitores querem ouvir, mesmo se é absurdo, mesmo escandaloso.

O que interessa os políticos são duas coisas estreitamente ligadas : aceder ao poder e guardà-lo..

O acesso ao poder é o reconhecimento assegurado, a riqueza e a impunidade.... o acesso a privilégios exorbitantes em realaçao ao resto da população. O poder é uma renda de situação , por vezes para a vida .

As ambições, as submissões, as traições, as compromissos substituem o debate político, a expressão dos “ego” substituem as convicções, a sedução do eleitor, transforma o cidadão em jurado de concurso de beleza ou de arbitro de match.

Claro que há excepções : existem políticos sentimentais com convicções respeitáveis.. Mas devem sentir-se muito isolados !

Todos os políticos, qualquer que seja a cor pensam que – ou fingem pensar que- todos os cidadãos pensam como eles!

A consciência “cidadã” está reduzida ao gesto mecânico e reflexo – largamente apoiada pela propaganda cívica : meter um voto na urna.

Cumprimentos

Freitas Pereira

Defreitas disse...

Há bastante tempo que não passo por cá. Aproveito para o saudar.

Ao ler o seu “post” lembrei-me do Dr. Goebbels, experto na arte da mentira, que dizia, segundo parece : “A mentira, mais ela é grossa, melhor ela passa” !

Dissimulada noutros tempos e difícil a descobrir e denunciar , os meios de comunicação modernos tornam a mistificação mais difícil a dissimular; permitindo assim de desmascarar as manhas do poder, mesmo, e sobretudo, se ele se diz “democrático.

Hoje, a base de toda conquista “democrática” do poder é constituída não pelas ideias, pelos programas, e ainda menos de ética, mas simplesmente de promessas e bajulações. Não se trata de obrigar e violentar, como nos sistemas absolutistas ou totalitários, mas de fazer aderir ... De convencer que se vive em” democracia”.

O objectivo é de fazer crer em promessas a uma multidão que tem interesses divergentes ou pelo menos apresentados assim, de a manipular graças à “informação”, ... sabendo que esta multidão não terá nenhum poder uma vez as eleições passadas.

O povo só pode deitar a culpa a si mesmo. O poder não pode ser acusado de ser “irresponsável” pois que imanando do povo!

A dedicação ao bem publico, com trémulos na voz, ... é para os “naïfs” !

Quem pode crer que é com um objectivo totalmente desinteressado que se empenham na política e solicitam os nossos votos ... embora seja o que eles declaram sem rir ! Quando se conhecem os privilégios de que beneficiam e toda a raiva que eles põem para os conservar só se pode duvidar.

Os discursos, escritos – quando existem, o que é raro – não denotam nenhuma análise profunda, nenhuma originalidade, nenhuma pertinência ... Eles dizem sempre a mesma coisa, isto é, o que os eleitores querem ouvir, mesmo se é absurdo, mesmo escandaloso.

O que interessa os políticos são duas coisas estreitamente ligadas : aceder ao poder e guardà-lo..

O acesso ao poder é o reconhecimento assegurado, a riqueza e a impunidade.... o acesso a privilégios exorbitantes em realaçao ao resto da população. O poder é uma renda de situação , por vezes para a vida .

As ambições, as submissões, as traições, as compromissos substituem o debate político, a expressão dos “ego” substituem as convicções, a sedução do eleitor, transforma o cidadão em jurado de concurso de beleza ou de arbitro de match.

Claro que há excepções : existem políticos sentimentais com convicções respeitáveis.. Mas devem sentir-se muito isolados !

Todos os políticos, qualquer que seja a cor pensam que – ou fingem pensar que- todos os cidadãos pensam como eles!

A consciência “cidadã” está reduzida ao gesto mecânico e reflexo – largamente apoiada pela propaganda cívica : meter um voto na urna.

Cumprimentos

Freitas Pereira

Sérgio Lira disse...

E, Rui, pior que tudo isso - é dinheiro para deitar ao lixo, porque o burro nunca, nunca, nunca chegará a tocar na cenoura. Explicando: somou-se a "governação" irresponsável (to say the least), incompetente, corrupta e delirante uma voragem bancária que ninguém susteve - pelo contrário, o poder político incentivou (por via fiscal, e não só) um crédito desmeurado - das famílias e do Estado. Neste momento estamos escravizados por dívidas, perante uma banca gorda, irresponsável, imoral e incontrolada. A banca é senhora da Europa, e os governos exercem sobre os seus cidadãos uma escandalosa exacção fiscal para PAGAR JUROS - porque o capital nunca se consegue amortizar, uma vez que a espiral de crédito e de juros é inabalável. Estamos, por esta via a concentrar TODA a riqueza nas mãos de um punhado de crápulas. Fascismo fiscal e bancário - deles fenecerá a democracia e com ela a nossa sociadade de paz construída em cima do horror de duas guerras.

Helena Alexandra disse...

Professor....

Fazer uma revolução ou acreditar????

EU ACREDITO!!!

Sorry


Beijinhos

Helena Alexandra

Rui Miguel Ribeiro disse...

Caro Freitas Pereira,

REgozijo-me por o "rever".

Quanto ao seu comment, concordo basicamente com tudo o que diz. É óbvio que os eleitores têm responsabilidade por cairem continuamente no logro. Porém, tal não iliba os eleitos por trairem o interesse público.
Quanto aos media, na maioria das vezes denunciam os pecadilhos diários da governação, mas não "atacam" as incongruências estruturais da governação. Aliás, pelo menos em Portugal, os mainstream media, através da sua nomenklatura opinativa/analítica, usbscreve as principais políticas dos governos (sublinho o plural). Daqui resulta uma certa sensação de impotência perante a convergência dos poderes instalados.

Rui Miguel Ribeiro disse...

Sérgio,

Eis outra boa razão para entrar em default e deixar essa cáfila de mãos a abanar!

Rui Miguel Ribeiro disse...

Helena Alexandra,

É bom encontrar-te por aqui.

Eu já nbão acredito. Nem na regeneração do sistema, nem na revolução. Deve ser da idade...