ROMA NÃO PAGA A TRAIDORES
O Movimento 5
Estrelas (M5S) e a Liga (antiga Liga Norte) foram os partidos mais votados nas
eleições parlamentares de Março em Itália e conseguiram, em Maio, chegar a um
acordo para formar governo com largo apoio parlamentar.
A incontornável
realidade dos resultados eleitorais em Itália, por muito que irritem o signore
Mattarella.
Contudo, o Presidente
de Itália, Sergio Mattarella de seu nome, decidiu vetar o Ministro das Finanças
indigitado, o economista Paolo Savona (um eurocéptico), com o argumento de que
a escolha tinha gerado preocupação nos investidores (???) italianos e
estrangeiros (???). Falando claro, o Senhor Mattarella privilegia os interesses
corporativos de alguns, incluindo estrangeiros, e marimba-se para as escolhas
democráticas dos Italianos.
Adding insult
to injury, como dizem os Britânicos, convidou
um agente do FMI com afinidades com a burocracia bruxelense e apetência pela austeridade
à outrance (que lhe valeu o epíteto de Senhor Tesouras) para formar um governo.
Não é preciso mais para perceber que o Presidente (???) de Itália é uma espécie
de agente a soldo de interesses espúrios que nada têm a ver com os interesses
da Itália e com a vontade dos Italianos.
A reacção foi
tal, que o líder do M5S, Luigi Di Maio chegou a sugerir que o Parlamento despoletasse um
processo de impeachment ao presidente e Matteo Salvini da Liga também se revoltou com a
decisão.
Com a garantia
de que o seu governo seria liminarmente chumbado
no Parlamento, o agente do FMI desistiu de formar o seu governo fantasma. Se a
isto somarmos o crescimento da Liga nas sondagens, o presidente lá teve de
engolir o sapo e empossar um governo M5S/Liga, liderado por Giuseppe Conte,
sendo que a coligação cedeu substituindo o Ministro das Finanças, embora
mantivesse Paolo Savona com a pasta…dos assuntos europeus.
Resta agora saber o
destino a prazo do presidente a soldo de interesses externos. Será que se
mantém a vetusta tradição de que Roma não paga a traidores?
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