01 julho, 2011

Outro Mentiroso

OUTRO MENTIROSO


Nem foi preciso um mês. Bastaram 25 dias para Pedro Passos Coelho mentisse descaradamente ao eleitorado. A história é a de sempre: as coisas estavam pior do que pensávamos bla bla bla, é um imperativo nacional bla bla bla, é um último sacrifício que vai valer a pena bla bla bla.

Pois. Passos Coelho ignorava as exigências da Troika em termos de objectivos, desconhecia o estado das contas públicas e, se calhar, até pensava que ia ser Primeiro-Ministro da Noruega ou da Suíça.

O facto é que se continua a recorrer à mentira para ganhar eleições. Ainda em Abril, Passos Coelho rotulava de “disparates” os rumores de que iria cortar no subsídio de Natal. Também disse mais do que uma vez que, se tivesse absoluta necessidade de aumentar impostos preferia fazê-lo com os impostos sobre o consumo (IVA) do que sobre os do rendimento (IRS, IRC). MENTIRA!
 
O outro facto relevante é que continua a roubalheira. Por muitas promessas e intenções que tenha de reduzir o peso, a presença e o custo do Estado, também Coelho não resistiu a assaltar os Portugueses, 13 meses depois de ter sido cúmplice de Sócrates noutro assalto. VERGONHA!

Eu não acredito que os políticos e os partidos são todos iguais (entenda-se igualmente maus), mas perante a repetição do padrão de mentira e do continuado esbulho das magras poupanças dos Portugueses, não se pode recriminar quem assim pense.

O ano passado Passos Coelho pediu desculpa por ter mentido. Este ano limitou-se a pedir (exigir) dinheiro. Dentro de 4 anos virá pedir votos. Se não arrepiar caminho drasticamente, espero que ninguém lhos dê.

3 comentários:

Defreitas disse...

A veracidade nunca fez parte das virtudes politicas, e a mentira foi sempre considerada como um meio perfeitamente justificado nos assuntos politicos.

A intervenção das relações publicas postas ao serviço dos políticos, especialistas da comunicação que vendem a informação como venderiam um produto de consumo corrente, preocupados de opiniões e de boa vontade, e sobretudo de promover a imagem manipulada, fazem parte da arte de mentir.

Os especialistas da solução dos problemas têm algo em comum com os mentirosos puros e simples : procuram livrar-se dos factos e estão persuadidos que a coisa é possível porque se trata de realidades contingentes.

O que introduzem na versão actual da mentira em política é o facto que a mentira não se baseia sobre o que é escondido mas ao contrário no que é conhecido de todos, em particular o que é largamente difundido pelos média.

A mentira passa, assim, melhor, porque já ninguém fica admirado e quase todos esperavam que assim seja.


Cumprimentos

Freitas Pereira

Sérgio Lira disse...

O pior de tudo, Rui, é que cada vez acreditamos que este país seja viável - e por viável entenda-se um sítio onde as pessoas possam viver decentemente.

Fomos afundados numa dívida que nunca poderemos pagar: já seria tarefa hercúlea faze-lo se o vento estivesse de feição, será impossível alcança-lo com a incompetência aliada à desonestidade e as duas a levar sova de interesses (cada vez menos) obscuros.

Vamos, pois, pelo caminho mais errado. Este imposto extraordinário sobre o trabalho vai ser seguido de outro, ede mais outro, e de outro ainda, até o povo erguer nos rossios guilhotinas. Mas aí será tarde demais para termos um país decente. Se sobrar um país, já sobra muito.

Os nossos filhos têm, se ficarem no torrão natal, um tristíssimo futuro à sua espera - para toda a vida. Do meu só espero que rapidamente ganhe asas e vá para bem longe, tentar ser feliz entre outras gentes. Se e quando ele fizer isso eu ficarei livre para ir erguer guilhotinas - a minha sorte já não me interessará mais.

Anónimo disse...

Com mentiras ou sem elas os tugas só conseguem eleger os do costume,isto é no entanto um virus ocidental,sistema bi-partidário!
No fim são sempre os mesmos a pagar e os mesmos a receber!
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