30 março, 2011

Gone

GONE



Estes dois cartazes, acompanhados de dois pequenos textos, foram publicados em "Tempos Interessantes" em 24 de Outubro de 2010 com o título "WANTED" (http://tempos-interessantes.blogspot.com/2010_10_01_archive.html ).
Five months later, THEY ARE FINALLY GONE!!!
But are they really gone? Forever? Well, it depends on how you vote. It depends on how we vote.

After election day, it will be too late to be sorry....

29 março, 2011

Farsa na Líbia

FARSA NA LÍBIA


Posicionamento aero-naval aliado no início da intervenção.
in www.Stratfor.com
 

O Coronel Kadhafi é, reconhecidamente, um patife. Para além disso, é também um farsante. É conhecido pals barbaridades que cometeu, pelos atropelos dentro e fora da Líbia, pela mise en scêne das suas aparições e pelas declarações estapafúrdias. Consequentemente, seria bom que desaparecesse de cena.

Porém, a farsa que trago hoja à colação é a da intervenção dos EUA, França, Reino Unido et al, a coberto da Resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU.

A referida Resolução permite a imposição de uma no-fly zone, que foi garantida ab initio com bombardeamentos e superioridade aérea e a protecção de civis sob ataque.

A realidade, é que a coligação tem bombardeado insistentemente as forças armadas da Líbia para permitir o avanço dos rebeldes armados.

A realidade, é que a coligação começou a bombardear Sirte, desde sempre sob o controlo das forças ditas lealistas e onde os ataques, a haver, são desencadeados pelos rebeldes. O mesmo, aliás, se aplica a Tripoli, onde as forças lealistas não têm atacado nem massacrado civis.

A realidade, é que a coligação decidiu derrubar Kadhafi e levar os rebeldes (com protagonistas e agenda difusos) ao poder. Daí, bombardear posições anteriormente ocupadas por forças do regime, neutralizar os seus carros de combate e peças de artilharia e atacar posições por ele defendidas, mesmo que aí residam civis.

Como os rebeldes armados não são população civil e a Resolução 1973 não os inclui no grupo a proteger, a verdadeira agenda da coligação é regime change: derrubar Kadhafi e substitui-lo pelos rebeldes. Embora se possa questionar a legitimidade destes países para interferir num conflito interno líbio, mesmo que seja uma guerra civil, para apoiar uma das partes, o que é realmente condenável nesta operação é a hipocrisia intrínseca que leva a que Obama e Sarkozy falem de uma coisa e estejam a fazer outra bastante diferente. Ainda ontem, Obama declarava que, “[broadening the mission there] to include regime change would be a mistake." Pois é a isso mesmo que se assiste no terreno.

Resta, pois, aguardar que continuem os bombardeamentos para impor uma no-fly zone num país onde ninguém voa, para salvar civis (ameaçados ou não) e para levar os rebeldes ao colo até Tripoli. Aí, quando Kadhafi for derrubado, se começará a ver que nova Líbia é que vamos ter….

Post Scriptum:

1- Rússia e China: A Rússia e a China, surpreendentemente permitiram a aprovação da Resolução 1973 abstendo-se. Digo surpreendente, porque ambos os países sempre foram muito ciosos da preservação dos “assuntos internos dos países” de intervenções externas. Mais surpreendente ainda, foi a intervenção de Vladimir Putin criticando a Resolução (que a Rússia podia ter vetado) e a forma como a intervenção estrangeira estava a ser conduzida na Líbia, o que faz pensar sobre as tensões internas nas esferas de poder em Moscovo, a um ano de eleições presidenciais.

2- França e Reino Unido: A França e o Reino Unido assumiram a liderança europeia no que concerne a questão líbia. Movidos, também por motivações internas (Sarkozy precisa de recuperar nas sondagens se quiser ser reeleito em 2012); Paris e Londres também mostraram que em matéria de segurança e defesa e capacidade de intervenção militar, são líderes na Europa.

3- Alemanha: A Alemanha votou ao lado da Rússia e China no Conselho de Segurança, colocando-se à margem da questão. Este voto veio mostrar pela enésima vez que, uma efectiva e consistente política comum de segurança e defesa é uma miragem, e que a Alemanha que pratica o bullying na Europa em questões económicas e financeiras, não passa de um actor secundário quando é preciso usar hard power.

4- Liga Árabe: O apoio da Liga Árabe foi, porventura, a maior surpresa da aprovação da intervenção na Líbia, dado que vai contra a prática dos estados árabes, com a excepção da Guerra do Golfo, em que estava em causa a segurança e sobrevivência dos estados do Golfo Pérsico. Se pensarmos que países como o Iémen, o Bahrein, ou a Síria, poderão ver-se em situações semelhantes a breve prazo, a questão reside em saber se a Liga Árabe agirá da mesma forma nesses ou noutros casos. A reacção do Secretário-Geral Amr Moussa após os primeiros bombardeamentos (na linha de Putin), parece mostrar alguma confusão e ambivalência.

23 março, 2011

Os Passos de Coelho

OS PASSOS DE COELHO

 
 
Pedro Passos Coelho lidera o PSD há mais de um ano, na sequência de mais um desaire eleitoral dos laranjas nas eleições de 2009. De então para cá, percorreu um caminho feito de altos e baixos, mas parece estar a um pequeno passo de se tornar Primeiro-Ministro.

Vamos analisar alguns dos passos de Coelho:

1- Antes de ser eleito Presidente do PSD, perdeu eleições internas face a Manuela Ferreira Leite. Não obstante, continuou em campanha eleitoral permanente o que lhe custou um lugar no Parlamento, mas lhe terá valido uma certa inevitabilidade vitoriosa nas eleições pós-Ferreira Leite.

2- O seu discurso na altura da eleição foi refrescante: num país que precisa de uma rotura no centrão partidário (PSD e PS), o programa liberalizador e desestatizante prometia uma lufada de ar fresco na governação de Portugal, quebrando algumas das grilhetas que nos amarram ao Estado.

3- A proposta de revisão constitucional foi o clássico tiro no pé: foi apresentada fora de tempo, numa altura em os Portugueses não estavam minimamente sensibilizados para a necessidade e importância de tal iniciativa. Como era de prever, a frente de esquerda (PS, PCP e BE) agarrou algumas das ideias propostas, (fim da justa causa nos despedimentos, por exemplo) para descredibilizar a proposta e colocar o PSD na defensiva. Para o PS foi um bónus que permitiu afastar um pouco as atenções da sua desastrada governação.

4- A aprovação do aumento de impostos em Maio de 2010, contrariando uma promessa formal, foi o passo mais desastroso de Coelho, o low point da sua liderança. Em primeiro lugar, pela traição à palavra dada em matéria de grande sensibilidade; em segundo lugar porque veio reavivar a ideia de que há mais cumplicidades do que diferenças entre PSD e PS; em terceiro lugar, porque veio massacrar novamente os Portugueses pelos desmandos governativos; em quarto lugar, a imposição da retroactividade do aumento de impostos foi um acto miserável, eticamente, politicamente e até juridicamente condenável.

5- A gestão da novela orçamental no Outono foi um passo periclitante: é óbvio que Coelho foi objecto de fortes pressões dos seus pares (???) do Norte da Europa para viabilizar o orçamento, mas fê-lo após um processo negocial em que conseguiu desviar algum do enfoque posto pelo Governo no aumento da receita para uma diminuição da despesa.

6- Em 2011, a máxima é ser prudente, acima de tudo evitar passos em falso para não estragar aquilo que as sondagens prometem estar perto: a ascensão ao poder. No meio da prudência, consegue ler-se um regresso ao discurso inicial de mudança de paradigma, de redução efectivo do peso do Estado falido e devolução de poder, meios e competências aos cidadãos.

7- Este texto foi escrito há cerca de um mês atrás. Hoje, Coelho prepara-se para dar o passo mais importante da sua vida – chumbar o PEC 4 (novo assalto à carteira e à dignidade dos Portugueses pela dupla Sócrates/Teixeira) e abrir caminho a novas eleições. O timing melhor seria dentro de 3 meses, mas o desvario governamental antecipou-o para agora. Coelho não mordeu o isco nem cedeu à chantagem do “ou o PEC ou o dilúvio”.

8- Se tudo correr normalmente, no início do Verão se verá o que pensam os Portugueses deste último passo de Coelho: nessa altura se verá se dá o salto para S. Bento, ou se deu um passo maior do que as pernas. A bem do país, espero que o desfecho seja o primeiro.

15 março, 2011

O Coronel Contra-Ataca

O CORONEL CONTRA-ATACA
Coronel Muammar Kadhafi, lider absoluto da Libia ha 42 anos, desde 1969.



Ao contrário de muitas expectativas, bem intencionadas mas ingénuas, o Coronel Muammar Kadhafi não só não caiu em 2 ou 3 semanas como Ben Ali na Tunísia, ou Hosni Mubarak no Egipto, como se encontra, ao fim de um mês de rebelião, deliberadamente no contra-ataque e com assinalável sucesso.


Tratando-se um personagem bem menos urbano e bem mais desprezível que os seus supra-mencionados congéneres, perguntar-se-á o porquê desta capacidade de resistência. Propomos 4 factores:

 
1- O regime de Kadhafi é muito mais opressivo e brutal do que os do Egipto e da Tunísia. Como tal, não surpreende a resposta violenta de cariz militar que foi desencadeada por Tripoli e que foi evitada pelo Cairo e por Tunis.



2- O carácter pessoal da ditadura líbia contrastando com os regimes egípcio e tunisino. Enquanto nestes, Mubarak e Bem Ali eram o topo de uma pirâmide instalada no poder, detendo poder e influência, exercendo esses poder e influência, beneficiando desse mesmo poder e, consequentemente defendendo-o com o chefe e para além dele, o que significa que o establishment não hesitou muito em despachar o líder quando ele deixou de ser um trunfo e passou a ser um ónus ou risco (liability), com o objectivo de salvar a sua própria posição dominante ou de privilégio. Na Líbia, porém, o poder é unipessoal, estando concentrado nas mãos de Kadhafi desde 1969 (!!!). O Coronel gere esse poder, beneficia este grupo, aquela tribo ou determinado indivíduo, mas mantém o poder nas suas mãos (directamente ou através dos filhos). Tal significa que o establishment líbio, se assim lhe podemos chamar, depende das benesses de Kadhafi, que acabarão com a eventual deposição deste. Daí, não tem o poder nem a vontade de derrubar o líder, porque seria arrastado com ele.



3- Debaixo da aparência de loucura e do seu carácter errático e extrvagante, Muammar Kadhafi é um líder calculista, que tem sabido avançar e recuar, que não mantém o poder absoluto há 42 anos por acaso e que sabe que não tem nada a perder em resistir e, provavelmente, nada ganha e tudo perde se se entregar. Para além disso, rodeou-se de uma guarda pretoriana constituída por mercenários estrangeiros que lhe devem total lealdade (enquanto houver dinheiro para lhes pagar) e que, ao contrário dos exércitos tunisino e egípcio, não têm quaisquer escrúpulos em disparar sobre civis líbios, com os quais não têm qualquer afinidade nacional ou étnica.



4- A oposição pensou que o regime de Kadhafi caíria como uma maçã podre como os dos seus vizinhos a leste e a oeste. Como se viu, tal não aconteceu, pelos motivos atrás aduzidos. Esse excesso de confiança levou os rebeldes a cometerem imprudências, na ânsia de tomar Tripoli, que lhes saíram caro em homens, material e ânimo. Finalmente, a oposição carece de alguma credibilidade: sendo liderada por um conselho nacional, mas tendo diferentes porta-vozes que veiculam pretensões diversas, nomeadamente quanto à bondade e tipologia de uma eventual intervenção estrangeira. O caso mais flagrante dessa duvidosa credibilidade é a figura de Abdel Jalil, líder do auto-proclamado governo provisório em Benghazi, que se demitiu no mês passado (!!!) de Ministro da Justiça de Kadhafi, cargo que exerceu entre 2007 e 2011. A este junta-se Abdel Younis, também ele ex-Ministro (do Interior) de Kadhafi. Estas conversões súbitas e oportunistas levantam-me sempre as maiores desconfianças.



A guerra civil na Libia. de 10 de março. Desde entao, as forças leais a Kadhafi ja reconquistaram, Zawiya, a oeste, Misrata e Ras Lanuf, na zona central da costa mediterranica da Libia. Brega, mais a leste, tem sido o mais recente palco de confrontos.
in "The Economist"
Não obstante o que foi referido, parece-me claro que o Coronel Muammar Kadhafi está a chegar ao fim da linha. O seu isolamento internacional chega a ser surpreendente (ao contrário do que sucedeu com Mubarak e Ben Ali) e as sanções económicas somadas ao êxodo de estrangeiros (especialmente os quadros técnicos que trabalhavam na indústria do petróleo) que trabalhavam na Líbia, não auguram um grande futuro a Kadhafi.



A grande dúvida que permanece é saber durante quanto mais tempo Kadhafi resistirá. Tendo em conta que neste momento usufrui de superioridade no campo de batalha e que não tem nada a perder, arriscaria dizer que ainda vai durar algum tempo e que resistirá até ao limite, quiçá, até ao (seu) fim.



Post Scriptum: O ex-Ministro do Interior Ahmed Younis (1000 soldados), o General desertor, Suleiman Mahmoud (3000 soldados em Tobruk) e o MajorA hmed Qetrani (2000 tropas), comandam os 6000 militares (de um total de 50.000) que desertaram o regime de Kadhafi mantém-se hesitantes/relutantes em envolver as suas tropas nos combates aolado dos rebeldes. Não será difícil perceber porquê…

For Japan

FOR JAPAN



Japan was rocked by a powerful 9.0 Richter scale earthquake, followed by a devastating tsunami. 6.000 deaths confirmed, with the final tally reaching anywhere between 10.000 and 25.000. 400.00 displaced persons. Most of the Northeast turned into a wasteland. Severe power and water shortages. And a looming nuclear catastrophe in a nuclear plant on the verge of meltdown. Japan, the world’s 3rd largest economy, grinds to a halt.

There’s really not much one can say, but to acknowledge that for all our grandiose achievements, we can swiftly be turned to ashes and dust.

My thoughts and my prayers lie with the people of Japan.



in “Diario de Noticias”

  in “Diario de Noticias”


in BBC News
Explosion at Fukushima Daiichi nuclear plant’s reactor 3.

in BBC News

11 março, 2011

Volta George W., Estás "Perdoado"

VOLTA GEORGE W., ESTÁS “PERDOADO”

A prisão de terroristas capturados em teatros de guerra ou conflito do Afeganistão à Península Arábica, passando pelo Iraque foi uma das políticas de George W. Bush mais duramente criticada e rejeitada por Barack Obama durante a campanha eleitoral e já na capacidade de Presidente dos Estados Unidos.

Em 2008, foi assim:

“There are about 250 detainees at the U.S. facility at Guantanamo Bay, Cuba. President-elect Barack Obama has said he wants to close the detention center.”

in “The Washington Post”, Guantanamo Closure Called Obama Priority 12/11/2008

 
Em 2009, foi assim:

Num discurso proferido nos National Archives, Obama declarou: "Rather than keeping us safer, the prison at Guantanamo has weakened American national security. It is a rallying cry for our enemies.... By any measure, the costs of keeping it open far exceed the complications involved in closing it. That's why I argued that it should be closed throughout my campaign, and that is why I ordered it closed within one year."

in “The Washington Post”, Obama’s new Gitmo policy is a lot like Bush’s old policy, 08/03/2011


Em 2011, é assim:
President Obama signed an executive order Monday that will create a formal system of indefinite detention for those held at the U.S. military prison at Guantanamo Bay, Cuba, who continue to pose a significant threat to national security. The administration also said it will start new military commission trials for detainees there.

in “The Washington Post”, Obama creates indefinite detention system for prisoners at Guantanamo Bay, 08/03/2011

 

Leu bem. Barack Obama assinou uma executive order que mantém o essencial da política de George W. Bush relativamente a Guantanamo. É verdade, as prisões por tempo indeterminado, os julgamentos pelas comissões militares, a colocação dos prisioneiros essencialmente fora do circuito judicial federal, tudo se mantém. Até a posição da Administração Bush (muito criticada pelos Democratas) de que tais decisões se inserem na autoridade exclusiva do Presidente (“a discretionary executive act well within the authority … of the president”).
So much for all the liberal rethoric and sweet talk, so much for the Bush demonising, so much for the post-politics president, so much for change. Of course the Republicans must be laughing their heads off and the more liberal and leftish Democratic constituency must be going through the roof. Oh yes, George W. Bush and Dick Cheney must be sporting a wide smile. George W. – you’re vindicated on this one as well!

Por muito que se queira dourar a pílula, a luta contra o terrorismo do século XXI é mesmo uma “War on Terror”, que, em circunstâncias excepcionais pode requerer medidas excepcionais. Podes voltar George W. Bush, estás perdoado.

01 março, 2011

Delírios

DELÍRIOS

(De Bagdad 2003 a Lisboa 2011)



Devem  lembrar-se do Ministro da Informação do Iraque, Mohammed Saeed Al-Sahhaf, durante a Guerra do Iraque em 2003. Ficou conhecido por falar constantemente à imprensa internacional relatando estrondosas vitórias do Iraque sobre os Aliados, mesmo no dia em os carros de combate dos EUA já entravam em Bagdad. Podendo nós ver, ouvir e ler o que efectivamente se passava (uma ofensiva demolidora que permitiu a conquista do Iraque em pouco mais de um mês), Al-Sahhaf protagonizou, com os seus delírios diários na televisão, o lado grotesco da guerra.
Lembrei-me de Saeed Al-Sahhaf esta tarde quando ouvi as declarações do Secretário de Estado do Emprego, Valter Lemos, comentar os números actuais do desemprego em Portugal – 11.2% da população activa. Questionado pela SIC, Lemos disse que o nº era 10.8%. Surpreendida, a jornalista insistiu nos 11.2% e Lemos, com ar petulante retorquiu que o valor de 2010 era 10.8% e que ficara aquém dos 11% previstos por alguns analistas ou políticos.
Lamentável. O sujeito agarrou-se despudoradamente aos 0.4% de diferença como se disso dependesse a sua sobrevivência, pensando marcar uns miseráveis pontos face àqueles que previam os tais 11%. O mais triste é que os números actuais são mesmo os 11.2% que correspondem a cerca de 600.000 Portugueses. E por mais esperto que Lemos se julgue com o seu malabarismo estatístico, a realidade é que ele, mais do que qualquer predecessor, é cada vez mais o Secretário de Estado do Desemprego e devia ter vergonha por o desemprego estar nos dois dígitos, devia sentir-se mal pelo mal que tal representa para centenas de milhar de pessoas, devia sentir solidariedade para com as vítimas da crise, devia trabalhar 24/7 para tentar melhorar o estado das coisas e esquecer o subterfúgio mesquinho dos 0.4%.
Valter Lemos, tal como Saeed Al-Sahhaf, vive num estado de delírio, num mundo imaginário onde o que importa é o que ele vê e o que lhe interessa. Saeed Al-Sahhaf foi corrido pelos M1 Abrams do exército dos EUA. Valter Lemos, se não for de outra forma, há-de ser corrido pelos eleitores (empregados e desempregados) que não toleram o delírio e o burlesco quando é da vida das pessoas que se trata.