30 junho, 2010

Triunfo da Batotice

TRIUNFO DA BATOTICE


A injustificável e obstinada resistência da FIFA e da UEFA à introdução do video e de outros meios tecnológicos para auxiliar as arbitragens continuam a contribuir para a batotice e a consequente descredibilização do futebol.

No Mundial 2010, os casos começaram discretos para atingirem foros de escândalo nos oitavos de final. Eis uma resenha não exaustiva:
O golo anulado a Frank Lampard da Inglaterra quando a bola esteve mais de meio metro dentro da baliza é o cúmulo do escândalo. Verdadeiramente vergonhoso e difícil de acreditar que nem o árbitro nem o liner tivessem visto.
O 1º golo da Argentina contra o México foi marcado por Tevez em descarado offside, numa jogada em que nem o guarda-redes estava entre ele e a linha de fundo. Vergonhoso e inaceitável.
 
Luís Fabiano, do Brasil, marca à Costa do Marfim depois de ter dominado a bola com o braço por DUAS vezes. Golo validado. Deve ser a habitual ajuda ao Brasil.

David Villa esbofeteia um adversário, não vê cartão e não é castigado a posteriori. Violência impune.
Os Espanhóis fazem faltas como quaisquer outros e não vêem um único cartão em 3 jogos. Fortemente suspeito, ainda mais porque o Presidente da Comissão de Arbitragem da FIFA é…espanhol.
Dois penalties inexistentes assinalados contra a Holanda (equipa estranhamente com poucas faltas e muitos cartões) contra os Camarões e a Eslováquia. Batotice.

Não são erros menores (todos eles tão flagrantes, nem inconsequentes (o Inglaterra-Alemanha ficaria 2-2, o Argentina-México continuaria 0-0, a Espanha ficaria sem o seu goleador, o Brasil só ganhava por 1-0). E todos eles seriam facilmente corrigidos com o recurso ao vídeo. 30 segundos de interrupção e a verdade desportiva seria salvaguardada.
 
Blatter e Platini dizem imbecilidades do tipo “sem erros de arbitragem o futebol perdia encanto”, ou “errar faz parte do jogo, os jogadores também falham”. Eu gostava de perceber o encanto do falseamento da verdade desportiva, da distorção ou incumprimento das regras. Comparar os erros da arbitragem com os falhanços dos jogadores é falacioso e intelectualmente desonesto. Os falhanços dos jogadores fazem parte do jogo e não violam as regras. Os erros dos árbitros violam essas mesmas regras. Falhar um golo de baliza aberta como fez o Nigeriano Yakobo contra a Coreia do Sul, ou dar um frango monumental como fez o Argelino Ahmad contra a Eslovénia, faz parte do jogo de futebol. Não considerar golo o remate de Lampard e validar o golo de Tevez é um atropelo grosseiro às leis do jogo.
 
Os jogos da Liga Europa com equipas de arbitragem com 6 (seis!) elementos não resolveram o assunto e não faz sentido económico e visual entupir o relvado com árbitros quando os erros continuam a proliferar. É óbvio que a rejeição obstinada dos meios tecnológicos só pode ser justificada para que personagens como Joseph Blatter (FIFA), Michel Platini (UEFA/França), Angel Villar (Espanha), Ricardo Teixeira (Brasil), Júlio Grondona (Argentina), etc, continuem a controlar o bas-fond do futebol mundial. Até que os espectadores se saturem da suspeita, da batotice e do escândalo e os estádios esvaziem, as audiências caiam e os patrocínios fujam. Aí, quando o luxo e as mordomias terminarem, talvez os cappos desapareçam e o futebol regresse.

27 junho, 2010

Campeonato do Mundo 2010 - Parte 1

CAMPEONATO DO MUNDO

PARTE 1


Acabou a primeira fase do Campeonato do Mundo 2010, tempo de fazer um primeiro e breve balanço.

WINNERS

Holanda e Argentina: Praticaram o melhor futebol na primeira fase; na verdade, foram as únicas selecções cujo jogo produziu algum encanto com consistência. A Argentina e a Holanda foram, também, as únicas selecções a fazer o pleno de 3 vitórias – 9 pontos. Ambas têm excelentes jogadores de ataque e fizeram acontecer aquilo que nem sempre é óbvio; praticaram o melhor futebol e obtiveram os melhores resultados. Se fosse critério, seriam os grandes favoritos à vitória final, mas bem podem encontrar-se na final.

Uruguai: Foi o melhor a seguir aos melhores, venceu inequivocamente um grupo difícil e mostrou segurança defensiva e criatividade no ataque – Forlan + Suarez. O 2º lugar da Inglaterra deixou os Uruguaios como fortes candidatos às meias-finais.

Goleadas: Não foram muitos os golos e poucos jogos tiveram muitos golos. Por isso, merecem especial destaque as duas goleadas da fase de grupos. Acima de tudo, os 7-0 de Portugal, a maior goleada em Mundiais desde os 10-1 da Hungria a El Salvador em 1982 (record absoluto); para encontrar outro 7-0 é preciso ir à Mundial de 1974 na RFA, quando a Polónia cilindrou o Haiti; mas enquanto que nesse ano, por exemplo, a Jugoslávia também esmagou o Zaire por 9-0, a goleada de Portugal ergue-se como caso único nos últimos Campeonatos. A outra referência vai para a Alemanha (4-0 à Austrália).

LOOSERS

França: O grande flop da competição: um paupérrimo pontito, um mísero golito, um treinador com mau carácter, uma pseudo-equipa, um grupo de egos malcriados e um ambiente de guerra civil, deram à França o 29º lugar entre 32 equipas e o maior fiasco de que há memória entre as potências do futebol.

Itália: Os Campeões do Mundo tiveram a pior prestação das últimas décadas e foram elimnados na fase de grupos pela 1ª vez desde 10974. Sem chama e, principalmente, sem génio, a Itália não encontrou substitutos à altura de Del Piero, Totti, ou Pirlo. Mesmo com deficit de talento, se a Squadra Azzurra tivesse jogado sempre com a atitude do 2º tempo do jogo com a Nova Zelândia, teria ganho Grupo F.

África: O Mundial é em África, mas tarda a afirmação, há muito prometida do futebol africano. Ter 6 selecções, jogar em casa e ver 5 eliminadas na fase de grupos, demonstra à evidência que o continente está absurdamente sobre-representado nos Campeontaos do Mundo e só a política eleitoralista e interesseira de Havelange e Blatter é que levaram a esta inflação em prejuízo da Europa e da América do Sul, que apresentam cronicamente resultados muito melhores.

Relativamente ao que previa para a 1ª fase, eis o saldo, relativamente aos qualificados:
Acerto total (1º e 2º classificados por ordem): Grupos A, B, G e H.
Acerto (qualificados com ordem inversa: Grupo C.
Acerto no 1º: Grupos D e E.
Falhanço: No Grupo F, acertei na qualificação do Paraguai, mas não acertei em nenhum dos lugares da classificação.

Previsões para os Quartos de Final:

Holanda – Brasil
Uruguai – EUA
Argentina – Inglaterra
Paraguai – Espanha

P.S. Portugal: Portugal fez o que lhe competia: qualificou-se. Fê-lo no expectável 2º lugar, com menos 1 ponto do que esperaria – trocou a vitória com a Costa do Marfim com um empate com o Brasil. A avaliação é mista e levanta muitas incógnitas: nota negativa no jogo com a Costa do Marfim (0-0) com exibição fraquíssima e nula ambição; nota excelente contra a Coreia do Norte (7-0), graças a uma segunda parte (a primeira foi equilibrada e não foi famosa) em que Portugal teve um grande aproveitamento de oportunidades e em que procurou sempre mais face a uma equipa em colapso anímico e organizativo (?); nota boa para o jogo com o Brasil (0-0) em que Portugal jogou de igual para igual (inferior ao Brasil na 1ª parte, superior na 2ª), mas sem retirar mérito, um jogo final em que ambas as selecções já estavam qualificadas tem de ser encarado com alguma prudência. De qualquer forma, o desempenho não foi de modo a afastar as dúvidas, perplexidades e até rejeição, que a gestão Queiroz (globalmente fraca) tem suscitado. Como é óbvio, gostava de me enganar e ver Portugal nos quartos. Haja esperança!

19 junho, 2010

POLÍTICA v política

POLÍTICA v política


A Política deve reger-se por princípios e ética. Não se trata de uma visão ingénua ou utópica que pressuponha a santidade dos seus agentes e que ignore que na actividade política são precisos compromissos, exigências e cedências, acordos de bastidores, jogadas tácticas, subtilezas e astúcia, ardis e maquiavelismos. Essa é a política intra-partidária e inter-partidária, na competição por marcar pontos face ao adversário, criar-lhe dificuldades, ganhar lugares, posições ou apoios, afastar adversários.

 

Quando aqui falo de Política, falo de compromissos públicos, eleitorais, princípios divulgados e conhecidos perante os cidadãos, normas constitucionais ou legais, que devem ser escrupulosamente respeitados, por fazerem parte do pacto eleitoral de confiança entre o eleito e os eleitores, entre o representante e os representados.

 

Infelizmente, em Portugal campeia o desrespeito total por esses valores. Três tristes exemplos:

 

Cavaco Silva: Promulgou a lei sobre o casamento homossexual assumidamente contra as suas convicções e princípios, factos conhecidos dos eleitores que o elegeram. O argumento justificativo (??) foi o da crise económica que devia centrar os esforços do Governo e do Parlamento. Por essa ordem de ideias, em situação de crise social poderá promulgar barbaridades no plano económico e se houver uma crise económica, aprovará legislação política ou eleitoral que lhe repugne. É, obviamente, uma desculpa esfarrapada, que o coloca longe do homem determinado e de convicções de outros tempos. Do mesmo modo, o meu voto em Cavaco, que era quase certo, é agora muito duvidoso. Embora admita que Manuel Alegre, um candidato comunista, ou o simpatizante da esquerda radical seriam piores presidentes, confesso que estou pouco inclinado a apoiar males menores.


Teixeira dos Santos: Declarou que o valor legal da norma constitucional impeditiva da retroactividade teria menos valor do que a realidade da crise económica, da qual, aliás, é um dos fautores enquanto subscritor e executor do desmando despesista de 2008/2009. Isto, uns anos depois de ter reagido escandalizado a uma eventual devolução aos cidadãos de IVA indevidamente sobre o Imposto Automóvel vociferando que o dinheiro é “nosso” (leia-se do Governo), uma visão distorcida e intolerável num regime democrático em que, supostamente o povo é soberano. Não tem competência, nem dignidade democrática para deter o alto cargo que exerce há 5 anos.


Passos Coelho: Pediu desculpa aos Portugueses por ter caucionado os aumentos de impostos que tinha abjurado. Passados dois meses, eis que subscreve a norma inconstitucional e extorsionária dos impostos retroactivos. Desta vez já nem pediu desculpa. Talvez já não valha a pena. Em poucos meses e em poucas decisões, demoliu o capital de alguma confiança e credibilidade que vinha angariando junto dos Portugueses de que poderia ser diferente…para melhor. Eu ainda acho que é, mas talvez não chegue, quando se revela tanto à vontade em renegar convicções e em penalizar financeiramente os Portugueses.
Enquanto que não houver respeito por e lealdade para com os eleitores e não se perceber que os eleitos representam os cidadãos e que a eles se devem submeter, a Política continuará a ser mera política ou pior e os cidadãos olharão para os detentores de cargos políticos com crescente desprezo e indiferença.
 

P.S. José Sócrates não é aqui mencionado porque os seus pecadilhos nesta área são tantos e tão graves que teve direito a um post específico: “Sem Desculpa” disponível em

11 junho, 2010

Campeonato do Mundo África do Sul 2010

CAMPEONATO DO MUNDO ÁFRICA DO SUL 2010

Começa hoje o Campeonato do Mundo de 2010 na África do Sul. Um mês de futebol, 64 jogos, muita expectativa, emoção e, espera-se futebol. Deixo aqui uma breve análise e alguns palpites. Bom Campeonato!

Favoritos: Penso que há um lote de 7 equipas que podem aspirar a ocupar um dos 4 lugares de honra: Itália, Inglaterra, Argentina, Espanha, Holanda, Brasil e Alemanha.
A Itália é a Campeã em título, tem tradição vencedora, é uma equipa rigorosa e eficaz, tem um grande treinador (Marcelo Lippi) e alguns jogadores de topo, com destaque para Andrea Pirlo. Em relação a 2006 falta-lhe o génio de Del Piero e de Totti.
A Inglaterra tem uma grande equipa e um grande treinador (Fabio Capello) e é uma equipa completa: boa defesa, grande meio campo e um bom ataque, assente em três jogadores excepcionais: Steven Gerrard, Franck Lampard e Wayne Rooney. Falta-lhe David Beckham, Rio Ferdinand e Theo Walcott.
A Argentina tem uma equipa com ataque brilhante e jogadores geniais (Messi, Di Maria, Tevez, Higuain) que podem resolver jogos e até demolir adversários, mas tem uma defesa frágil e um treinador fraco. Tanto pode levar tudo à frente, como cair frente a uma Itália. Falta-lhe Saviola, Aimar, Lucho González, Cambiasso e Lisandro.
A Espanha tem uma equipa experiente, equilibrada, com um bom treinador. Sólida a defender e com Fabregas, Torres, Villa e David Silva para criar e marcar. Tem contra si a história que demonstra grande fragilidade mundialista.
A Holanda tem um naipe de grandes jogadores que brilharam no Europeu 2008 e que podem atingir o estrelato este ano. Têm jogadores fabulodos no meio campo e ataque: Van Persie, Robben, Van der Vaart, Sneijder, Kuyt. Se souberem defender… Falta-lhe Van Nistelrooy.
O Brasil é candidato por inerência e porque tem Kaká, Luís Fabiano, Robinho, Elano, bons defesas e grande guarda-redes. O treinador é fraco e a equipa não empolga. Falta-lhe Ronaldinho e Diego.
A Alemanha é candidata pela tradição, pela solidez e pela capacidade competitiva. Deve sentir bastante a falta de Michael Ballack e precisará de Klose, Podolski, Mueller e Schweinsteiger ao mais alto nível.

Outsiders: Portugal, Uruguai, México, Sérvia e França.
Selecções com nome e tradição (umas mais do que outras), mas que não me parecem ter a qualidade necessária para irem às meias-finais. Possivelmente, duas ou três delas poderão chegar aos quartos de final, mas não mais do que isso. A França tem um mau treinador e é uma equipa com pouco jogo e sem chama. O Uruguai não tem o génio para fazer a diferença e o México e a Sérvia correm contra a história e tradição, que não jogam mas também contam.

Portugal: Francamente não acredito na Selecção Nacional, que me parece bem inferior às de 2000, 2004 e 2006. Tem um mau treinador, que fez uma má qualificação e uma convocatória sofrível com vários jogadores fracos e/ou em má forma. A imbecilidade da justificação dada para não convocar Quim (“tem presente mas não tem futuro”) quando o Mundial é o presente, e a arrogância malcriada perante os adeptos, dizem muito sobre o treinador português. Não vejo Portugal a ir mais longe do que os oitavos de final.

Palpites: Meias-Finais: Inglaterra – Holanda e Itália - Argentina. A Inglaterra ganha o Campeonato do Mundo.

09 junho, 2010

Benfica Campeão

BENFICA CAMPEÃO

A Festa do Título em pleno Estádio da Luz. O Capitão do Benfica Nuno Gomes ergue a Taça de Campeão Nacional.

Volvido um mês da conquista do 32º Campeonato Nacional pelo Sport Lisboa e Benfica, deixo algumas notas para encerrar este feliz episódio.

O Benfica foi o Campeão mais impressionante e convincente dos últimos anos: melhor ataque a larga distância da concorrência; uma das duas melhores defesas e o melhor futebol praticado nos últimos anos em Portugal: muito ataque, muitos golos, goleadas em série, jogos empolgantes, defesa consistente e segura, tacticamente bem armado, equipa aguerrida e com grande intensidade de jogo, tudo apoiado por uma impressionante onda encarnada que varreu o país de Norte a Sul (1 milhão só na Luz esta época!!!).

A festa do golo: Cardozo, Fábio Coentrão, Saviola e Di Maria celebram um dos 8 golos contra o Vitória de Setúbal.

A isto podemos somar a impressionante série de 14 jogos consecutivos na Luz e uma série de jogadores que foram dos melhores do Campeonato: Saviola, porventura o melhor, Di Maria, o mais brilhante, Cardozo, o maior goleador, David Luiz, o melhor defesa, Fábio Coentrão, a maior revelação e outros jogadores, alguns dos quais nem conhecia, que tiveram desempenho de elevado mérito (Ramires, Javi Garcia, Luisão, Maxi Pereira, Rúben Amorim, Quim). E, finalmente, Jorge Jesus, que pôs os jogadores nos seus lugares, fez de um conjunto de bons e de grandes jogadores uma grande equipa, e que pôs o Benfica com ambição e a jogar ao ataque (mais de 120 golos em jogos oficiais!!!!), empolgando os adeptos.

Nuno Gomes cabeceia para o 8-0 contra o Vitória de Setúbal.

Golos cruciais:
Weldon: o golo ao Marítimo na 1ª jornada que salvou o Benfica de um começo negativo.
Ramires: o golo em Guimarães que garantiu a 1ª vitória e que lançou o Benfica.
Javi Garcia: o golo nos descontos à Naval, após uma jornada negativa, permitiu manter o élan.
Nuno Gomes: o golo em Olhão impediu a derrota e manteve o Benfica à frente do Porto na véspera de o receber em Lisboa.
Saviola: o golo da vitória sobre o Porto permitiu a descolagem do Benfica e teve o impacto psicológico de ter sido sobre o maior rival.


Saviola faz o golo da vitória do Benfica frente ao Porto.


Luisão: o golo contra o Braga lançou o Benfica no sprint final para o título.
Cardozo: o golo na Choupana, removeu o penúltimo grande obstáculo.
Aimar+Cardozo: os golos que derrotaram o Sporting deixaram o Benfica a um pequeno passo…
Cardozo: o golo 76, o último, a cereja no bolo do título.

A última palavra para os adeptos e para a festa do título: ultrapassou as minhas (elevadas) expectativas. A maré infinita de gente eufórica por todo o Portugal e em muitos outros países foi algo de avassalador. Eu e o Afonso vivemo-la em Lisboa e foi fascinante!
A assombrosa festa no Marquês de Pombal em Lisboa.

P.S. Os “nossos” jogos. Eu e o Afonso fomos ver 4 jogos, 4 vitórias, 12 pontos, 11-3 em golos:

Vitória Guimarães, 0 – Benfica, 1
Académica, 2 – Benfica, 3
Benfica, 5 – Olhanense, 0
Benfica, 2 – Rio Ave, 1

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