31 janeiro, 2008

The Great Race - The Republicans

THE GREAT RACE

THE REPUBLICANS

 
Max the Elephant, the GOP’s mascot.


After a prolonged pre-campaign that span throughout 2007, the 2008 US Presidential Elections actually started on the 3 January with Iowa and New Hampshire kick starting the long primary season.

So, just a few days before Super-Tuesday, when Republicans will be voting in 21 states and Democrats in 22, here’s a flashback of the two races up to the Florida vote.

The candidates:

· John McCain, 71, Senator from Arizona.
· Mitt Romney, 60, Massachusetts Governor.
· Rudolph Giuliani, 63, former New York Mayor.
· Mike Huckabee, 52, Arkansas Governor.
· Fred Thompson, 65, former Senator from Tennessee.
· Ron Paul, 72, member of the House of Representatives from Texas.

The race opens with an upset: Mike Huckabee, coming out of nowhere, wins the Republican caucuses in Iowa. Romney comes in second.

A few days later, John McCain stages an impressive comeback winning in New Hampshire. Mitt Romney makes a second second place and Giuliani slips out of public sight, runs out of votes and seems to be sinking.

Mitt Romney wins in Michigan (important), and Nevada and Wyoming (nobody else seemed to care). The nomination is wide open.

Third episode: South Carolina. The race turns ugly between Huckabee and McCain. For the former it’s a unique chance of scoring a second victory and getting back on the race; for the latter, it is about shoring up front runner status and doing away with the 2000 ghosts (he lost the state to George W. Bush). In the end, McCain wins, Huckabee is 2nd and Romney 3rd. Thompson is 4th as withdraws, becoming the race’s first significant casualty.

Florida is the 4th largest state in the Union and it is the place Giuliani chose for his final stand for the nomination, a high stakes make or break gamble. Finishing only 3rd with 15%, the 2008 race ends for Giuliani before it actually started; it was a tragic and premature political death of the candidate who was the front-runner for much of 2007. Huckabee survives but the race is now for two: McCain who scored an important victory (36%) and Mitt Romney who finished 2nd with 31%.

Prospects: the fact that Huckabee remains on the race will hurt Romney more than McCain. Giuliani endorsed McCain and that should be a plus on Super-Tuesday, especially in New York and New Jersey.

Hunch: Senator McCain will emerge from Super-Tuesday and the Republican Party nominee.

Present Delegate distribution (195 elected out of a total of 2380):

1- John McCain 95
2- Mitt Romney 67
3- Mike Huckabee 26
4- Ron Paul 6
5- Rudy Giuliani 1

My personal favourite: Senator John McCain.

John McCain after winning the New Hampshire primary. in The Economist

Too Little...

TOO LITTLE…

Como era previsível, José Sócrates remodelou. Já não tão previsível era que remodelasse tão pouco.

Correia de Campos tinha de sair. Politicamente desastrado, inepto até, foi-se enredando numa teia de casos individuais e de trapalhadas de difícil explicação até se perder de forma irremediável. Para mim, aliás, já estava condenado pelo pecado original de não garantir o direito básico de as Portuguesas terem os seus filhos em Portugal.

Outros há, no entanto, cuja saída do Governo seria esperável e desejável, mormente, os Ministros das Obras Públicas e Educação, para não tornar a lista demasiado extensa. Aquele jamais devia continuar no Governo depois de se ter empenhado bem para além do razoável na opção pela Ota para o novo aeroporto e de ter de acatar a localização que sempre rejeitara. Esta, por encarar os professores como um alvo a abater e os alunos como uns coitados que urge passar custe o que custar.

Sócrates podia remodelar 4 a 6 ministros, mas optou pela versão minimalista, sacrificando um Ministro que era acossado diariamente pelos mastins da comunicação social que há muito cheiraram o sangue de Correia de Campos, e uma Ministra de escassa importância e visibilidade.

A 18 meses das eleições, Sócrates queimou a última cartada das remodelações, o que se poderá revelar uma vulnerabilidade a curto prazo, se Ministros como Mário Lino, Lurdes Rodrigues, Manuel Pinho, ou Teixeira dos Santos continuarem ou voltarem, conforme os casos, a terem atitudes e declarações que fragilizem o Governo.

Esta remodelação é, claramente, too little e será too late para haver outra.

28 janeiro, 2008

Dois Tesouros

DOIS TESOUROS
A data de hoje, 28 de Janeiro, não me diz rigorosamente nada. Não obstante, oferece-me o pretexto para referir outras duas que me dizem muito: 27 de Janeiro e 29 de Janeiro.

Ontem, 27 de Janeiro, o meu Tesouro 1 fez 9 anos!
Amanhã, 29 de Janeiro, o meu Tesouro 2 fará 6 meses!


Não é preciso dizer mais nada: sim, sou um Pai babado e os meus Tesouros são o Afonso Duarte e a Sofia! E para não dizerem que sou egoísta, deixo-vos ver umas fotos dos dois rebentos.

Afonso & Sofia (08/12/07).

Afonso Duarte e Sofia (26/01/08).
Afonso Duarte e Sofia (01/01/08).

Afonso Duarte (01/06/07)

Sofia, umas horas depois de nascer (29/07/07).

10 janeiro, 2008

Os Euro-Medrosos

OS EURO-MEDROSOS

Nada que não se soubesse. Os ditos “Senhores da Europa” consumaram o desrespeito, a profunda desconfiança e o desprezo que nutrem pelos respectivos eleitores, e vedaram-lhes (vedaram-nos) a possibilidade de se pronunciarem sobre o Tratado de Lisboa por via referendária.

Parece evidente que o triunvirato Merkel-Brown-Sarkozy impôs uma espécie de lei da rolha continental impeditiva de qualquer atrevimento referendário, só faltando a imposição de uma alteração constitucional à Irlanda para o quadro ficar completo. Quando o Primeiro-Ministro da Eslovénia teve a ideia peregrina de admoestar Portugal acerca de um hipotético referendo, para além de estar a ser cretino, estava a ser o porta-voz das forças do euro-bloqueio.

Continuo a achar que o medo dos eleitores revela instintos anti-democráticos e uma grande arrogância, sintomas graves na política.

Também continuo a achar que a sucessão de fugas em frente que vão sendo feitas na EU ao arrepio dos eleitores, irão acarretar um preço elevado a médio prazo para a própria União. Nessa altura, os 27 iluminados de serviço em 2007 irão ficar muito admirados. Talvez seja tarde demais…
 

in "The Economist”

07 janeiro, 2008

Capitulação no Deserto

CAPITULAÇÃO NO DESERTO

Nos primeiros dias de 2008, a al-Qaeda conseguiu o seu primeiro grande sucesso desde os atentados de 11 de Março de 2004 em Madrid: conseguiu o cancelamento do Lisboa-Dakar 2008, um dos maiores eventos do desporto motorizado.

Dado que o cancelamento se deveu principalmente à posição do Governo de França, tem de se lamentar e criticar a cobardia de Paris face às ameaças da al-Qaeda. Na verdade, um dos objectivos dos terroristas, é obrigar-nos a mudar o nosso modo de vida, condicionar-nos, em última análise, tornar-nos reféns do nosso medo.

Por isso é que Madrid foi um triunfo do terrorismo. Por isso é que Londres foi um fracasso do terrorismo. Em Espanha, cedeu-se ao fanatismo. No Reino Unido, it was business as usual, tanto quanto possível, é claro.

O cancelamento do Dakar traz à luz do dia uma característica desconhecida (para mim) em Sarkozy: a cobardia. Será que o homem da posição dura e inflexível perante situações graves, como a do programa nuclear iraniano não é um estadista de coragem, mas sim um político de bravata?

Seja o que for, os bandalhos da al-Qaeda desta vez não tiveram de disparar um tiro ou de se suicidarem com explosivos para vencer a “Batalha do deserto de Mauritânia”!