13 agosto, 2011

Vândalos em Londres

VÂNDALOS EM LONDRES


Vi, como toda a gente, as imagens dos distúrbios em Londres. Vi-as com um misto de horror, tristeza e nojo.

Horror perante a dimensão incontrolada da violência e destruição.
 
Tristeza perante a perda e a impotência de inocentes cidadãos que se viram empobrecidos e destituídos de forma gratuita e injustificada.

Nojo da horda de vândalos, desordeiros, arruaceiros, gangsters, que a pretexto de coisa nenhuma, deram livre curso à sua má índole, aos seus instintos criminosos, à sua má formação (??), à sua maldade e vilania.

Ignorando as explicações índole sociológica, que tudo justificam e todos desresponsabilizam quando se trata de energúmenos, sou da opinião que estas manifestações de vândalos devem ser duramente e rapidamente reprimidas à nascença, para tentar cortar o mal pela raiz. Não se pode aceitar que uma força policial tenha uma postura essencialmente passiva perante o descalabro da ordem pública.

Pelo contrário, as intervenções do Primeiro-Ministro David Cameron foram ao cerne do problema: exigiu responsabilização e severo castigo dos vândalos e firmeza à polícia. Aliás, quando o número de polícias aumentou e a sua postura mudou, os distúrbios esmoreceram no espaço de horas.

É incompreensível e indefensável um sistema judicial, uma postura policial, uma atitude social, que desculpabiliza e iliba os criminosos e pune pela indiferença e ausência de justiça as vítimas.

A cultura (de esquerda) do coitadinho do bandido e do bandido do polícia, condena-nos à insegurança e mantém-nos reféns dos vândalos e dos bandidos.

A firmeza da polícia não é confundível com a Gestapo ou o KGB. A polícia deve ter por máxima o respeito pelos cidadãos, mas tem como dever protegê-los. Tal exige, por vezes, o recurso à violência. Ela, a violência (legítima), é um monopólio do Estado e deve ser usada para manter a ordem pública e a segurança dos cidadãos cumpridores.

Se essa segurança não for garantida, rompe-se (mais) um dos compromissos sagrados do Estado perante os cidadãos e dá-se mais um passo na direcção da ruptura desse vínculo. Então, teremos regressado ao ponto de partida de Thomas Hobbes: o estado natureza, onde é vigente a lei da selva.

P.S. Sobre esta temática, ver também "Roma e os Bárbaros" em http://tempos-interessantes.blogspot.com/2010/12/roma-e-os-barbaros.html

2 comentários:

Sérgio Lira disse...

Pois é Rui, tens inteira e completa razão: pelo que se viu e ouviu, nada daquilo era um protesto legítimo, ou um protesto or causas legítimas realizado em formas ilegítimas - era mesmo pilhagem, vandalismo, roubo, etc. etc. E esse tipo de acção não pode ser premitido, sob pena de o Estado deixar de servir para o que quer que seja! Aquele tipo de actividade criminosa só merece uma resposta: "porrada", muita e legal - para não termos as populações nas ruas a fazer o que a polícia (ou o exército) não faz.

Rui Miguel Ribeiro disse...

Nem mais Sérgio! Os vândalos têm de pagar um preço elevado e imediato pelo que fazem.