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11 janeiro, 2014

Não ao Anti-Semitismo


NÃO AO ANTI-SEMITISMO



Tenho uma grande admiração por Israel. Admiro um povo perseguido, acossado, chacinado que conseguiu, num ambiente hostil, construir um país que é, no contexto do Médio Oriente, um modelo de democracia e de desenvolvimento económico, social, cultural, tecnológico e, também, de poder militar.


É evidente que Israel não é o paraíso na Terra e enferma de males passados e presentes; uns, males necessários, outros, males evitáveis. Não vejo porém, no Médio Oriente e em grande parte do mundo, quem tenha moral para lançar a primeira pedra.


Vem isto a propósito de um assunto para o qual fui alertado por um editorial do “Washington Post” (http://www.washingtonpost.com/opinions/us-scholars-are-misguided-in-boycotting-israel/2013/12/22/510654b0-67f7-11e3-8b5b-a77187b716a3_print.html) e em dois artigos de opinião no mesmo jornal. Por eles fiquei a saber que uma tal de American Studies Association que conta com 5000 académicos como membros, votou a favor de um boicote às universidades de Israel (e aos respectivos académicos), alegando que as mesmas negam os direitos humanos e académicos aos Palestinianos.


Tendo em conta que em Israel as pessoas, árabes incluídos têm mais direitos do que em qualquer estado da região e considerando que se desconhece que a famigerada organização tenha tomado posição semelhante relativamente às universidades da China, da Arábia Saudita, do Irão, da Síria, de Cuba, do Uzbequistão, do Congo, do Sudão, da Birmânia, para dar apenas alguns exemplos, parece óbvio que existem motivações inconfessáveis que flutuarão algures entre um exercício bacoco do chamado politicamente correcto e o anti-semitismo primário.


Num desses artigos, da autoria de Charles Krauthammer (http://www.washingtonpost.com/opinions/charles-krauthammer-how-to-fight-academic-bigotry/2014/01/09/64f482ee-795e-11e3-af7f-13bf0e9965f6_story.html?wpisrc=nl_opinions), conhecido colunista de direita e judeu, é fornecido o link de uma carta aberta originalmente escrita por dois académicos norte-americanos (Alan Dershowitz – Professor de Direoto em Harvard e Stephen Weinberg – Prémio Nobel da Física) em 2007 e agora reactivada.


A declaração, clara e sintética reza assim:


A Call to Academics Worldwide to Join Nobel Laureates and University Presidents to Stand in Solidarity with Israeli Academics Facing Threats of Boycott


"We are academics, scholars, researchers and professionals of differing religious and political perspectives. We all agree that singling out Israelis for an academic boycott is wrong. To show our solidarity with our Israeli academics in this matter, we, the undersigned, hereby declare ourselves to be Israeli academics for purposes of any academic boycott. We will regard ourselves as Israeli academics and decline to participate in any activity from which Israeli academics are excluded."


Acho que é uma excelente forma de marcar posição e demonstrar solidariedade. Hoje, tornei-me o 14.372º académico a subscrever a declaração.


No passado, o silêncio e a indiferença ajudaram por omissão a perseguição, o roubo e o assassínio de milhões de Judeus. Anti-semitismo não! Holocausto nunca mais!!!